REZAR PELOS QUE MORRERAM
Hoje não se
reza mais pelos mortos. Homenageiam-se os mortos. Se pensa sobre o que estes
fizeram na terra, mas não o que ainda
podemos fazer por eles depois da morte. A Crença católica desde os tempos mais
primitivos foi de que nós, os vivos poderiam ajudar os mortos com nossas
orações, para que o mais depressa possível, pudessem livrar-se de seu
sofrimento espiritual, devido as penas adquiridas com seus pecados. Pois São
Paulo mesmo disse: “O que o homem semear, isto também colherá.” ( Gálatas 6, 7)
referindo-se as consequências de nossos atos.
A maioria
dos cristãos e de todos os seres humanos não são puros o bastante para ir ao
céu e nem tão maus o suficiente para ir para o inferno logo após a morte. E
Deus que é suma misericórdia, também é suma justiça. Perdoa a todos, mas não
permitiria que os que causaram tanto prejuízo e sofrimentos aos outros ficassem
sem reparar, de alguma forma o mal que fizeram. Eis a necessidade da existência
da “prisão” da qual não sairá até pagar o ultimo centavo, como disse Jesus e
como também afirma o apóstolo Paulo. Se
as obras dele se queimarem, ou seja, se não foram consistentes o bastante, se
uma pessoa assentou suas obras na palha, o que significa que ela ao fazer o bem procurou mais ser vista, elogiada, do que servir a Deus; porém de qualquer forma não cometeu um pecado de morte; esta pessoa salvar-se- á mas como que passando
pelo fogo. 1Cor 3, 13-15. Ora, sabemos que o fogo do inferno não salva, mas pune
e castiga. Então este fogo salvador é de purificação e não de condenação. E a
Igreja sabiamente iluminada e guiada pelo Espírito Santo, chama este fogo de
purgatório. Purgação que significa
precisamente isto: Purificação.
Porém muitos
padres se tornaram neste aspecto, protestantes. Não falam mais do purgatório. Falam
de retorno à casa do Pai. Nem gostam de quem ainda se refere ao purgatório. As
missas pelos mortos já celebram a ressurreição final do morto. '“Missa pela
ressurreição de Fulano de tal.” Até já ouvi anúncio deste tipo. A pessoa pode
ter sido o maior egoísta do mundo, o mais mundano, porém morreu e voltou à casa
do Pai. Isto é mera metáfora. É o mesmo que dizer, passou desta para melhor. E
como se ao morrer não houvesse mais nada. Ou todos estivessem direto no céu com
a mesma glória de um São Francisco de Assis ou de outro grande santo já
canonizado.
Mas a Igreja
não revogou o purgatório. (Catecismo da Igreja Católica números:
1030-1031/1052-1054) Teólogos e alguns bispos e padres podem até tê-lo
revogado. Mas o purgatório existe e como é necessária a sua existência. Deus é
justíssimo. Se não fosse o purgatório todos estaríamos perdidos, pois muitos
deixam este mundo cheios de dividas como dizíamos no Pai –Nosso: "Perdoai
nossa dívidas." Dividas contraídas com nossos pecados atuais. Mas Deus e
Jesus deixaram esta prisão, (1Pd 3,19; Lc. 12, 58-59) que antes estava ocupada
com os rebeldes do tempo de Noé e hoje é o estado espiritual dos que morreram
não estão livres o suficiente, para a contemplação direta de Deus. E nós
podemos ajuda-los da mesma forma como os santos, no céu podem orar por nós. Se
na Igreja primitiva se podia até batizar pelos mortos, (1COR 15,29) porque não
seria possível REZAR por eles? Para as
almas do purgatório, nos somos os santos da Terra a interceder por elas. Então.
O dia finados, não é só para homenagear o passado de um morto. De quem não
existe mais na Terra ou nem noutro mundo.
É para nos fazer lembrar o presente de quem morreu. De pedir
misericórdia para ele. De REZAR sim, pelos mortos.
Prof. Francisco Silva de Castro
02/11/2011
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