domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pecado e Condenação

     
        O Pecado mortal nos faz perder a Graça santificante que Jesus nos mereceu. Sem a Graça perdermos a comunhão com Deus e nos condenamos as penas ternas. É doutrina da Igreja que morrer em pecado mortal resulta na condenação ao inferno. Porém, mesmo que um só pecado mortal nos torne condenados, Deus justíssimo, jamais coordenara um ser humano por um só pecado mortal, desconsiderando toda a vida desta pessoa. Sem duvida, quem morre em pecado mortal é porque se obstinou  nos pecados ou não fez sério propósito de não pecar mais. E mais importante, não recorreu à misericórdia de Deus para resistir às tentações. Cada pecado mortal que cometemos enfraquece nossa vontade e escurece nossa consciência. Como afirmou Jesus, as coisas do mundo endurecem nosso coração e o que sai de nosso interior, como a luxúria, a avareza, os planos de assassinatos e outros maus pensamentos, nos tornam impuros. Um abismo atrai outro abismo. E a luz que há em nós, pelo pecado, vai se tornando trevas. 
        Maior do que nosso livre arbítrio é o pecado mortal. Porem maior do pecado e também do que nosso livre arbítrio é a misericórdia de Deus. Ninguém escolhe  inferno enquanto inferno. Escolhe o que lhe parece um bem real. Mas se  submetermos nossa vontade à de Deus e se logo tendo pecado, reconhecemos que pecamos, fizermos uma sincera contrição e arrependimento, confessando a Deus pela a Igreja nosso pecado, seremos perdoados e teremos forças para pedir perdão se viermos a pecar de novo. Mas sem sincero arrependimento nossa a vontade enfraquece e  nossa natureza fica insensível ao amor de  Deus. E como a arvore tomba para o lado que pende assim também uma vida de pecados leva a uma morte no pecado.
        Certa piedade mística mostra o inferno de forma tão cruel que faz de Deus um tirano. Afirma que um só  pecado de blasfêmia de um menino de oito anos, um só pecado, levou este menino, morto aos oito anos, ao  inferno.   Isto é repulsivo à justiça de Deus  que conhece as mínimas intenções para quem  todas as limitações são conhecidas. Só faz de sua vida um eterno inferno quem se obstina no mal. Uma criança que não teve todas as oportunidades e uma vida longa não poderá ser condenado ao inferno eterno por  um só pecado mortal. Na verdade creio que como muitas pessoas morrem crianças, estas são almas arrebatadas pela misericórdia de Deus das garras de satanás. De um mal, Deus tiram um bem. Se muitas delas ficassem adultas, devido à sua índole provavelmente má,  se tornariam pecadores e se condenariam. Mas ao morrer jovens, mesmo  tendo pecado, pagam as penas dos mesmos no purgatório. Deus é justo. Nenhuma brecha ficará entre os que se condenam para questionar a justiça de Deus. A Sagrada Escritura afirma: O que o homem plantar sito colherá. O inferno deve ser entendido como uma corrupção do Ser humano que o faz inapto para o Reino dos Céus. Corrupção feita pelo pecado. E nunca como uma sanção judicial declarada por um juiz irado. Embora em algumas partes das Sagradas Escritura seja descrito assim é apenas um recurso para que seja mais compreensível a pessoas endurecidas que só compreendem o castigo como ato externo. Mas a realidade do inferno e a simples constatação pelo que se condenou de que a luz é insuportável para ele; de que o sal perdeu o sabor, a árvore não produziu os frutos  e de que os peixes que não servem para alimentação e o joio, não são aptos para o celeiro de Deus. Deus apenas comprova. A natureza do pecador é  que o exclui da comunhão com Deus.

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