O termo “agraciada” referindo-se à saudação do anjo
Gabriel a virgem Maria, das Bíblias
protestantes, esta longe do verdadeiro sentido da palavra grega em relação à Mãe
de Jesus. Para os protestantes Maria é agraciada como uma pessoa que recebeu um
favor dentre tantas outras. Uma recebedora da graça e não a que esteve sempre com
a Graça de Deus. A tal tradução na Linguagem de Hoje ainda é muito pior, pois traduz
“Alegre-se Maria; você recebeu um grande favor.” E eles entendem que o favor foi apenas conceber Jesus e depois tornar-se
a mulher e a mãe dos filhos de José sem nada mais a ver com Jesus a não ser
como uma crente comum. Não é este o sentido do termo kecharitomene que indica uma ação começada no
passado com continuidade no presente e no futuro e que não pode ser traduzido
em português por uma única palavra. Teria que ser numa frase. “Tu que fostes,
és e continuas a ser a Favorecida.” Só com o vocativo, “Ó agraciada,” é que esta palavra se aproxima um pouquinho do
sentido original, pois indica o novo
nome de Maria e não uma ação momentânea
para com a Virgem Maria, de modo que seria menos mal se houvesse o vocativo
antes da palavra agraciada.
Prof. Francisco Silva de
Castro
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