Jesus
na noite em que foi preso ainda teve preocupação em intuir os apóstolos que
estavam cansados e querendo dormir.
Jesus disse-lhes. “Orai e vigiai para não caírdes em tentação, pois a carne é
fraca.” Mt 26, 41. Se ele, cordeiro imaculado e separado
dos pecadores, sentiu todo o peso da fraqueza da carne, ante a angustia que
sentiu em sua alma em vista de sua paixão próxima, imagine nós marcados pelo
pecado e enfraquecidos por tantos pecados pessoais. Se não rezarmos constantemente
e acima de tudo, se não vigiarmos evitando as ocasiões em que podemos cair,
certamente cairemos. Quem pode por fogo em seu peito e não queimar suas vestes? Diz o livro dos provérbios. 6, 27.
Há
muitos que ficam escandalizados quando pessoas religiosas,que vivem rezando cometem pecados que estes que não se sabe nem dos descrentes. Mas esquecem
de que não basta apenas rezar. Não entendem que para muitos a oração em si pode ser também mero formalismo ou
repetição formulas. A autentica oração deve ir do coração e ser uma transbordação
da intimidade com Deus. Não é um devocionismo. Até mesmo na oração devemos ter
a intenção correta. Jesus disse que os fariseus não rezavam certo porque seu
objetivo era ser visto pelos homens e
não para agradar a Deus. Mt 23,5
Santa Joana d´Arc ensinou aos seus guerreiros que se eles quisessem a vitória deviam
se certificar se estavam agindo de forma correta perante Deus. E mostrou em que
consistia agir de forma correta. Proibiu as prostitutas nos campos de guerra,
os jogos de azar, as blasfêmias e só permitiu se aproximar das orações, que se
faziam antes das batalhas, os soldados que se confessassem. A muito custo evitou pilhagens e a execução
dos prisioneiros que não eram nobres, devido a brutalidade daqueles homens de
guerra. Em relação também à nossa piedade religiosa, devemos nos perguntar se estamos
agindo corretamente perante Deus. O que buscamos? Por que rezamos? Temos em vista a Glória de
Deus e a salvação das almas ou apenas o costume de repetir tantas devoções? Cremos
que a força da oração estar em nossa confiança no amor de Deus ou na força ou quantidade
de palavras, com se estas fossem mágicas?
E não
basta rezar. Deve-se fugir das ocasiões de pecado. Não devemos tentar a Deus nos
expondo ao perigo. Somos marcados pela concupiscência. Temos a carne fraca. Se
Jesus nos ensinou a pedir na oração do Pai Nosso, que Deus não nos deixe cair na
tentação, é porque sabia que a tentação é tão forte que só Deus pode nos livrar
dela. Façamos como Jesus; oremos com intensidade e acima de tudo vigiemos,
evitando as ocasiões de pecado para não cairmos pela fraqueza da carne.
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