quinta-feira, 2 de julho de 2020

A PANDEMIA E A NOSSA MORTALIDADE


A PANDEMIA E A NOSSA MORTALIDADE
Foi preciso uma pandemia, para que todos tomassem consciência de sua mortalidade. Se há um fato humano mais negado pela modernidade é que há morte. Não era assim na Idade Média. As pessoas temiam mais perder a salvação do que a morte. Por isso havia a Preparação para uma boa morte. E uma boa morte nunca era aquela repentina, como desejam hoje. Mas a que desse tempo de você arrepender-se e confessar seus pecados,  receber a unção dos enfermos e a santa comunhão. Dessa forma estava preparando para o julgamento de Deus. Hoje as pessoas só temem a morte, porque pra elas, na pratica, a morte é o fim de tudo e se for pra morrer, que se morra de repente, sem nenhum sofrimento e sem a consciência de que se está morrendo. Pra afastar a realidade da morte cemitérios viraram parques e  túmulos não são  mais catacumbas, mas canteiros com flores. Tudo pra se fazer se esquecer de que somos mortais e que a morte é uma sempre presente.
A pandemia veio lembrar que se pode morrer e morrer aos montes.  Morrer sem o conforto de uma boa confissão, sem a unção dos enfermos, sem o corpo de Cristo, já que muitos  padres  atualmente, também entendem que morrer de Covid e bem pior do que morrer sem a Graça de Deus. Por isso o poder tirano que os governos exercem hoje sobre as pessoas é seguido com entusiasmo. Tudo é válido pra não morrer.  Até parece que não se morria antes; que nunca morreram milhões de pessoas em pandemias. As pessoas de nossa época se escandalizam quando nas guerras medievais,  a principal preocupação eram de conceder a  absolvição dos pecados os moribundos.  E que Santa Joana d´Arc, chorava mais por os ingleses haverem morrido sem confissão, do que por haverem sido mortos na guerra. Afinal, este é o maior mal de uma guerra e de uma pandemia: Morrer sem estar preparado pra encontrar Deus.  Mas como Deus, foi retirado da sociedade e as pessoas fizeram de Deus apenas um, nome comum, invocado quando se tem apenas medo de morrer e não de perder a salvação, a morte, tornou-se o maior mal que pode ocorrer a um ser humano. Antes, para um cristão autêntico, se acreditava no que disse Jesus: “Que adianta um homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?”  E que de nada adianta se proteger com mascara, gel, distanciamento social, por causa de uma pandemia  como se apenas  esta matasse.  A morte nos espreita como um ladrão e não sabemos quando e nem como vem. Mas foi preciso uma pandemia,  pra voltarmos a consciência de   que somos mortais. Infelizmente  a mesma não estar servido pra retornarmos  a fé  de  que  o essencial é  não perder a salvação; muito mais do que perder esta  Vida.
Francisco Silva de Castro

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