quinta-feira, 28 de abril de 2011

O GRANDE MAL É O PECADO

Celebramos a memória da morte de Jesus. Espetáculos foram encenados em muitas cidades. A paixão e morte de Cristo comove as pessoas. No entanto, a mentalidade moderna já não aceita, o que era aceitado com facilidade na Idade Média. Um Deus que abandona o Filho à crueldade de suas criaturas, para que satisfizesse sua pessoa ofendida pelo pecado dos homens; recusam com horror esta doutrina  os espíritas, os agnósticos, modernistas e ateus. Vêem nisto o escanda-lo do cristianismo e entendem  Deus Pai com uma divindade cruel e sedenta de sangue.  Não compreendem que  o mistério do sacrifício de Jesus é uma grande prova do amor de Deus. E por que assim o fazem? Porque se recusam a admitir a existência do pecado. Ou entendem pecado como deixar de fazer uma coisa agradável e que nos da prazer, porque Deus o proíbe.
Mas o que é o pecado, senão, uma opção pelo que nos destrói? Que nos faz impuro? Que nos faz malditos, em vez de Benditos do Pai?  Sim, o pecado, originado por todos os atos, em que consciente, renunciamos, ao supremo bem, que é Deus, transforma nossa natureza. O Pecado original, mas do pecado um pecado pessoal, foi uma escolha. A escolha de não querer Deus; ou melhor de querer ser como deuses, determinando o que é mal um bem e o verdadeiro bem como um mal.
Anunciar uma condenação eterna e as penas do  inferno para a mentalidade de hoje é um escandâ-lo. Deus é Amor infinito, como poderia suportar que seus filhos sofressem uma eternidade sem a mínima possibilidade de recuperação? Sim. Entendido desta forma, como uma sanção jurídica de autoridade divina, a condenação eterna repugna à razão e traz dúvidas sobre  o amor de Deus. Que Pai na terra, por mais que o seu filho fosse o maior criminoso, permitira para este um sofrimento eterno? Certamente que jamais admitiria tal coisa, embora concordasse que este deveria pagar até certo tempo pelos erros que cometeu. Mas,  e se este mesmo pai, não reconhecesse mais no filho o filho do seu amor? Se este mesmo filho fosse uma grande ameaça não só a este Pai mas todos os seus irmãos? E é isto que faz conosco o pecado; como disse Jesus, arruina a nós mesmos. Faz-nos perder o sal de nossa participação na natureza divina; transforma a luz que há em nós em verdadeira trevas; e o que causa esta tremenda transformação é o pecado. Então não é Deus, por uma vontade pessoal ávida de punição, quem condena ao pecado. Quando Jesus diz "Ide Malditos, para o fogo eterno" ele está apenas declarando um fato. Não são mais filhos de Deus a quem ele se dirige. São malditos e tornaram-se malditos pelo pecado. Pela escolha  fizeram do verdadeiro mal. Só conhecendo a grade maldade do pecado, é que podemos perceber o quanto é terrível   o mesmo, pois para nos libertar do pecado, o próprio Deus veio experimentar o peso da natureza humana e a suprema humildade da obediencia até à morte na cruz. Só um amor infinito faria tal ação por suas meras criaturas. 
Só na perspectiva do pecado, como realidade que consiste na escolha das trevas e repudio da Luz é que se torna compreensível a condenação eterna. Respeito absoluto de Deus para com o nosso livre arbítrio, esta arma poderosa que muitas vezes não sabemos usar; porem não esqueçamos. Para nos conduzir ao caminho bom,  Deus enviou profetas, sábios, santos e acima de Tudo o próprio Filho. Nos dá a graça suficiente para rejeitarmos o mal; irá considerar todos os motivos, nossa fraqueza e limitações. Porem se formos rejeitados e lançados longe de sua presença é porque devido o pecado que escolhemos, jamais poderíamos suportar a luz. Não somos mais o os Benditos do Pai...e perante uma esta realidade só restará a separação eterna da fonte de todo bem, que é Deus.

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