A formação católica ineficiente e certas declarações de teólogos, alguns padres e de católicos engajados, tornam fé na ressurreição dos mortos e na vida eterna incompreendida, indiferente e negada pelos batizados. Incrível como o povo simples aceita de boa vontade que Jesus ressuscitou, mas quando se diz que nós também ressuscitaremos, e que após a morte não acabamos, estes ficam em duvida e até negam. É comum ouvir se dizer entre o povo e até mesmo entres os padres. "Morreu acabou-se. É o fim da vida. Não estranha que haja hoje tanto interesse pela doutrina espírita. Esta traz uma certeza no que se refere a outra vida. Se baseia em experiências sensíveis(Mesmo que sejam falsas) em relações pessoais com os mortos. Veja por exemplo o estrondoso sucesso dos filmes Nosso Lar e as Mães de Chico Xavier. Enquanto a doutrina católica, faz referencias vagas imprecisas no que se refere a morte. Na verdade, não a doutrina em si; mas a compreensão e o anuncio desta doutrina. Certo é que afirmamos muitas vezes no credo: Creio na Ressurreição da carne. Na vida eterna. Mas parece um formula decorada é repetida apenas porque faz parte do ritual. Não expressa uma certeza na fé; uma convicção intima e firme de que a morte, embora seja a punição do pecado, a vitória é da vida, por Cristo Senhor nosso. Aceitam como boa vontade a ressurreição de Cristo porque este era Deus. Um parente meu, disse-me neste semana: "Será que há mesmo outro mundo? Para mim morreu acabou-se. A vida é só esta. E eu então perguntei se ele acreditava que Jesus ressuscitou. Ah, disse-me ele: "Mas é Jesus." Então expliquei que se Jesus morreu de verdade como qualquer um de nós e se um morto ressuscitou , no caso Jesus, então é possível a ressurreição dos mortos. Além disso Jesus não precisava morrer, pois não tinha pecado. Se o fez foi para nos livrar da morte pela ressurreição. E lembrei que dizemos no credo: Creio na vida eterna. Só assim ele ficou na dúvida, sobre a existência de outro mundo...Infelizmente é esta a mentalidade da maioria que se diz católica. Não surpreende que muitos comecem a admitir a doutrina espírita. Esta oferece convicções, terminologia clara, sobre o Alem. Não fica ao nível das metáforas como parece acontecer entre os católicos. A ênfase antes era apenas sobre a situação dos mortos: céu e inferno. Atualmente é sobre está feliz ,está com Deus. Está ressuscitado; porem isto é entendido como metáforas, com símbolos, uma linguagem evasiva, inconsistente. Não indica uma realidade que seja acima de tudo e melhor do que esta vida. Por isso, mesmo que seja para ir ao céu, nenhum católico, por mais fervoroso que seja não deseja morrer nesta vida. Quer o céu mas duvida que ele exista de fato ou se acha tão ruim que nunca irá para lá; Claro que não devemos querer a morte em si. Mas esta é o caminho que temos que percorrer para chegar ao céu; nossa esperança deve está focada no que nos foi prometido por Cristo. A vida eterna. E não na morte. Por causa desta fé na vida eterna, milhares de mártires deram a vida. Pelo simples fato de crerem na vida eterna com Cristo no céu.
Porque a reencarnação é tão atraente pra a mentalidade moderna e a ressurreição não o é? Pelo fato de que a reencarnação indica movimento, ação, mudança, outra chance. A ressurreição coloca o homem perante um cadáver que aprodece e se decompõe. Nada de objetivo percebe-se. É por isso que pessoas ate mesmo devotas se referem ao morto com aquele que está debaixo da terra, que foi pra cidade dos pés juntos. Enquanto os espíritas se referem ao que morreu como aquele que mudou-se, desencarnou. Nem se percebe que a maior fragilidade da reencarnação é gerar um circulo ilimitado de novas mortes. Pois a personalidade morre uma vez para sempre; nunca mais o espírito encarnado como José, ou Antonia, será novamente a mesma pessoa. Terá outras infinitas personalidades. E tanto morrerá do outro mundo para este, ao Encarnar, como deste mundo para o outro, ao desencarnar milhares de vezes. Enquanto que a doutrina Católica nos dá a certeza da vitória absoluta sobre a morte. Como ressuscitados não morreremos nunca mais. E ainda nos garante a subsistência de nossa personalidade. É a pessoa que ressuscita. A mesma pessoa que neste mundo sofreu, chorou, sacrificou-se; É esta pessoa que estará na glória com Cristo e ainda mais, em união com todos os que neste mundo amaram a Deus. Uma assembleia eterna de Santos. Mas não se ficará lá na inatividade. A liturgia celeste é viva, dinâmica; os santos não estão paralisados numa contemplação inativa. Este aspecto de vitalidade não é pregado, não é afirmado. Por isso a idéia de um céu estado, de espírito, parece incompreensível, distante. Antes, quando a Igreja ensinava o céu como um "lugar" material, de luz, flores e indescritível beleza, havia mais desejo de se ir para o céu. A partir do momento em que se limitou a dizer, até quase como um dogma, "O céu não é um lugar, o céu não é um lugar, mas um estado de espírito, muitos ficaram se perguntado: Se o céu é um estado de espírito apenas, então ele pode ser aqui mesmo. Quando estou feliz, estou no céu, porque o meu eu está feliz. E desta forma vemos crescer o número de pessoas que crêem em cidades espirituais no além, onde há materialidade, onde há trabalho, ação. Por isto o sucesso do filmes como Nosso lar e outros. Somos seres materiais. Somos uma unidade de corpo e alma. Interessante que isto é afirmado por muitos teólogos. Alma e corpo inseparáveis. Mas quando se referem ao céu o corpo vai para o espaço; só aproveitam a mente. O estado de Espírito. O corpo material e glorioso evapora. Estes são os mesmos que fazem questão de frisar que a vida eterna é uma estado de espírito. Não sabem expressar a vitalidade desta vida, que por ser eterna, deve ser muito dinâmica, pois onde há ação, aí está verdadeira vida. Como ficam os corpos dos ressuscitados se não há materialidade na vida eterna? Não são estes corpos verdadeiros e materiais? São corpos humanos glorificados, porem mesmo assim, verdadeiros corpos.
Há que anunciar , crer, que o céu e a vida depois da morte é vida com maior intensidade, com mais consciência, mais plena de vitalidade do que esta. Jesus morreu e ressurgiu para ser o Senhor de vivos, mesmo que não não mais estejam neste mundo. E vivos agem, amam, conhecem. O próprio São Paulo Afirmou: "Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."Cor 3,18 E também:"Pelo que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer moremos neste corpo, quer o deixemos."1Cor 5,9. Prova clara de que o céu indica esforço pra ser mais agradável a Deus. Que este o esforço é maior conhecimento e maior glória que se vai adquirido e de desta forma maior glória ainda quando da ressurreição para os corpos, E isto num lugar espiritual e real, cheio de luz, beleza, pois não se pode ficar desligado de certa forma de materialidade, os corpos que foram materiais na terra quando houver a ressurreição.
Uma escatologia metafórica, espiritualizada, com definições vagas, só fará aumentar o numero daqueles que irão acreditar nas doutrinas espiritualistas.
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