Hoje, 22 de agosto, celebramos Maria como Rainha dos Anjos e Santos. Desde os primeiros tempos do cristianismo, o culto religioso de reverência à Virgem mãe do Cristo,aumentou e difundiu-se em todo mundo cristão. Fundamentado nas Sagradas Escrituras, nos Evangelhos de Mateus e Lucas, principalmente, quanto mais se compreendia que o Cristo não era apenas um profeta, um enviado de Deus, um mestre, mas o próprio Deus em natureza humana, mas se entendeu a dignidade da mulher que o havia gerado. O próprio João Batista, o maior profeta dentre todos os nascidos de mulheres, afirmou que não era digno de desatar as sandálias dos pés de Jesus. Quão grande não seria então a dignidade de quem o gerou e o alimentou com o amor de mãe. Se Cristo em sua vida pública, desconsidera este aspecto maternal em relação à sua pessoa. ,não é porque não seja verdade, que a mãe dele é bem aventurada por have-lo dado à luz. Mas é para evitar que as pessoas de sua época o vissem como os olhos meramente humanos e se limitassem a considerar privilégios humanos vindos por laços de parentesco, como mais importantes do que os vínculos da fé; alem de limitar a se exaltar a mãe dele por ações comuns a todas as mães. Estes desconheciam o mistério da encarnação e a verdadeira origem dele. Eles viam a Jesus como um grande homem, um profeta, mas não como Filho de Deus. E Jesus corrige o louvor ao nível humano elevando-o ao nível da fé. "Bem aventurados, isto sim, os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." Lc. 11,27. Porem, depois que se revelou que a Palavra se fizera carne, revelou-se que Maria não só ouvira Palavra, mas que também a havia guardado literalmente em seu seio, ao conceber esta Palavra eterna, que estava no seio do Pai. Jo 1, 18
O Culto à Virgem teve opositores desde os princípios do cristianismo. O medo de conceder para a mãe o lugar devido ao filho era um dos alegados motivos. Por certo, que sendo este culto útil à santidade e em conformidade com a vontade Deus, pois este mesmo inspirou a Virgem, a profetizar: "Eis que me proclamarão bem aventurada todas as gerações." Lc 1, 45, o demônio sempre quis falsifica-lo e torna-lo impuro, e até mesmo prejudicial as almas, criando certas devoções ou desviando muitas de seu original e verdadeiro sentido. Este aspecto é reconhecido até por um grande Santo. São Luis Maria de Montfort, ao citar as falsas devoções a santa virgem Maria.( O Amor da Sabedoria Eterna p.190, item 216 ) Só se falsifica o que possui um grande valor e não moedas falsas. A devoção verdadeira para com a virgem nos aproxima de Jesus. Nos torna mais voltados para ele e nos faz adora-lo com mais fervor, porque a alegria de uma mãe, é o amor que dedicamos ao filho dela. Mas as falsas, se manifestam apenas nos pedidos materiais, nos apegos a certas praticas e a imagens milagrosas. Não se pede a perseverança no bem, o ódio ao pecado e o amor ao próximo.
Como exemplo, temos o patente desvirtuamento da mensagem de Maria na cidade de Fátima em Portugal. A Virgem nos manda rezar pelos pecadores, porque há muitos que se perdem por não haver quem rezem por eles e o que fazem no geral, é conduzir imagens ou pequenos oratórios para as casas representando a aparição, recitando mecanicamente o terço; a Virgem nos manda ter devoção para com ela ao dizer "Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu imaculado coração" isto é, devoção a ela mesma, à sua pessoa e não a uma aparição particular, ou a uma invocação ou título. O coração indica a pessoa inteira. Suas disposições internas. A de Maria sempre foi a de servir a Deus. Devoção a uma imagem que represente a sua aparição. Nossa Senhora nunca pediu, ao que saiba, que fizessem imagens dela conforme suas aparições. Nos deixou uma apenas. A chamada de Guadalupe, mas como sinal de que realmente fora ela que Aparecera ao índio Juan Diego, no México. Porem, o que se ver, são as pessoas vestidas de brancos todo o dia 13 de maio, para pagar promessas nas missas celebradas as 12 horas, que ficam cheias de "católicos" que só vão a estas missas, e não vão aos domingos. Missa uma vez por mês. E finalmente o mais importante, a Virgem disse: 'Não ofendam mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido" Porem, a falsa devoção, fica restrita a rezar tantos terços como corrente de palavras mágicas, a coroar certo números de imagens e nem lembram que a ofensa a Deus é o amor ao pecado que nos destrói. Renunciar ao pecado é o que nos pede Maria, Mas isto é esquecido ou de menor importância, porque ações ou devoções mais fáceis, do que mudar a vida, ocupam o primeiro lugar. As falsas devoções não conduzem a uma mudança de vida. Não levam os devotos a renunciar um estado de pecado e nem a se empenhar na pratica das virtudes. Toda devoção que não nos faça mais conforme à imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos torne mais semelhante ao coração de Maria, que guardava todas as palavras dele, refletindo em sue coração,(Lc 2,51) é uma falsa devoção, que põe em risco o nosso caminho para Cristo.
Que a mais santa dentre todos os redimidos, nos faça ter para com ela, a verdadeira devoção, que consiste em ama-la como a mãe de Jesus e nossa mãe, na pratica, ao fazer o que ela mesma ordenou: "Façam tudo o que ele, meu filho, vos mandar.
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