Estamos nos aproximando da Quaresma. Tempo dedicado a meditar e rememorar o sofrimento de Cristo, Nosso Senhor, pela nossa Redenção. Hoje tão descaraterizado. Espremido pelo carnaval, que se prolonga para depois de quarta feira de cinzas. Antes, tempo de jejum abstinência, de esmolas e orações. Algumas até muito sentimentalistas; precisa-se reconhecer, que induziam a muitos a ter mais pena de Cristo e vê-lo como um pobre sofredor, do que lamentar e rejeitar seus pecados. Mas, no entanto, Jesus era o centro. Sua dor e morte cruili era respeitada. Hoje, em plena semana santa se toma porre de vinho (Perdoai-me Senhor algum tempo atrás, no tempo da minha apostasia, também eu fiz isto. Não tomei o porre, mas fiquei numa praça com carros som e bebendo vinho em plena Sexta feira Santa. Maior, porém, foi a vossa misericórdia que foi em busca de mim e me trouxe a vós. Gloria seja toda vossa, ó Senhor.) Hoje, tempo para mobilizar as pessoas para os interesses do mundo e problemas sociais. Antes, o centro era o Cristo. hoje ainda o é, mais na sexta feira santa nas nas peças, os espetáculos de Teatro. Vejam nova Jerusalem. A paixão de Cristo virou um mega espetáculo público. É bonito ver a representação de um homem crucificado. Mas no dia mesmo em que este foi pregado na cruz por causa dos pecados dos homens, a cena, tenho certeza, não foi nada bonita e duvido que alguém teria a coragem de assistir hoje, de verdade , a crucificação de uma pessoa. Mas no teatro, a crucificação de Cristo chega a ser a ser mais espetacular do que sua ressurreição. É um fato passado. Todos sabem que aconteceu há dois mil anos mais ou menos. Alguns se emocionam, outros avaliam apenas os efeitos especiais e aplaudem...
Um tempo com tão forte significado ficou distorcido, escondido. Não se prega sobre o pecado original do qual Jesus veio nos libertar sem que tivéssemos o menor merecimento. Não se prega sobre os pecados pessoais nos quais nos podemos cair e Jesus novamente nos salva, sem que tenhamos o menor merecimento, pelo arrependimento e a graça da absolvição, no sacramento da penitencia. Antes formava-se filas para o confessionário pelo menos nesta época. Hoje poucos se confessam e os que o fazem pensam nessa o com um aconselhamento com o padre, uma especie de consulta psicológica. Sentados um ao lado do outro trocando ideias. Desabafando. Não se apresentam mais como pecadores, se envergonham de ser pecadores e precisarem de perdão. Mas se mostram como oprimidos, com problemas pessoais e precisando desabafar. Confessionário tornou-se a terapia de quem não pode pagar psicologo.
Estamos já em clima de Carnaval. E a quaresma começa logo após. Os carros sons, as micaretas nem silenciaram e já estamos nas cinzas da Quarta feira. E muitos ainda na devassa do carnaval. Nas cinzas do vazio do mundo. Alguns a noite, por precito social, vão receber as cinzas na Igreja. Queira Deus, retomamos o valor deste tempo da Igreja. Tempo de reconhecermos que somos pecadores, que precisamos da Graça de Deus e de que esta nos vem unicamente por meio de Nosso senhor Jesus Cristo. Tempo de mudar o rumo de nossa vida. De pedir a Deus que a mude. Tempo de verdadeira conversão.
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