Incrível como os
protestantes desconhecem a doutrina católica. Eu comprei o Novo Testamento da
Versão King James. Tem uma linguagem fácil sem ser popular como a moderninha
Versão na linguagem de Hoje. E algumas notas boas em questões de costumes da época.
Mas no que se refere a doutrina é um desastre. Na página 97 comentando o Evangelho
de Marcos 3,21, o autor dos comentários diz literalmente:
"Não há razão para concluir que os irmãos e irmãos de Jesus pudessem ser seus primos, filhos de José antes do casamento com Maria. Assim como não há base Bíblica e histórica para se aceitar a doutrina (Esta vai em letra grande para verem o absurdo) DA VIRGINDADE PERPETUA DE MARIA, mãe de Jesus, DOGMA católico instituído por Pio IX em 1854." p. 97 nota: 7
"Não há razão para concluir que os irmãos e irmãos de Jesus pudessem ser seus primos, filhos de José antes do casamento com Maria. Assim como não há base Bíblica e histórica para se aceitar a doutrina (Esta vai em letra grande para verem o absurdo) DA VIRGINDADE PERPETUA DE MARIA, mãe de Jesus, DOGMA católico instituído por Pio IX em 1854." p. 97 nota: 7
Primeiramente, Pio IX em 08 de dezembro de 1854 definiu como dogma, A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA, que consiste em afirmar que a mesma Virgem Maria foi concebida em estado de Graça no ventre de sua mãe, pelos méritos futuros da paixão de Cristo. Aliás, a mesma versão confirma que o Cheia de Graça do anjo significa. "Tu que fostes e permaneces cheia do favor divino." p. 143 n.13. Não tem nada a ver com a virgindade perpetua de Maria que há muito tempo já era aceita pelos cristãos. Origines no século III já afirmava que, segundo os que pensavam bem dela, Maria não teve nenhum outro filho a não ser Jesus. Santo Epifânio no século IV indica os irmãos de Jesus como filhos de José de um casamento anterior. Aliás, nenhum evangelho apócrifo indica os irmãos de Jesus como filhos de Maria. O Protoevangelho de Tiago que dá nome aos irmãos de Jesus, os indica como filhos de José, que já era viúvo ao casar com Maria. E há base bíblica, sim, para afirmar que Jesus era o único de Maria. 1 - Os ditos irmãos de Jesus se mostram como mais velhos do que ele, procurando prende-lo ou dar-lhe ordens ( Mc 3,21 Jo 7,5) Impensável isto numa sociedade em que o primogênito assumia o lugar da autoridade paterna quando a mãe ficava viúva. 2- Jesus indica como Filho de Maria o discípulo amado, que não era parente, dizendo "Eis aí o teu filho." Desrespeito grande num momento de dor para sua mãe, substituir todos os filhos dela, por um apóstolo dele. E isto seria ofensa aos seus irmãos e irmãs dele, que estariam presentes ao lado de Maria, na hora em que ele diz isto. Se Jesus diz "Mulher eis o teu Filho" Ele está substituindo só ele mesmo e isto porque ela não tem outros filhos para ficaram com ela.
João entendeu que Jesus recomendou
que ele cuidasse dela e por isso a levou para casa dele. Fato que tambem não
o faria, pois os filhos e filhas de Maria não admitiriam, deixar sua mãe aos
cuidados de uma pessoa que não era parente. Sei que os protestantes tentam
se sair dessa dizendo que Jesus fez isso para livrar Maria das injurias
dos irmãos dele. Nossa! Que a absurdo pensar que os próprios filhos de Maria
iriam magoar ela nesta hora? Mesmo que não acreditassem em Jesus eles não iriam
fazer sofrer a mãe deles. E se Jesus estava preocupado com a forma
como seus irmãos tratavam a mãe deles, por não crerem nele, porque não a
retirou da companhia destes após o episódio de Marcos 3,21? Porque deixou
para fazer isto na hora da morte e perto da Ressurreição, quando Tiago e os
seus irmãos iriam se converter a aceitá-lo como Messias? (AT 1,14) E só para
esclarecer, foi no concilio de Constantinopla II em que se proclamou como
verdade de fé que Maria permaneceu sempre Virgem, porque isto já era aceito por
todos e no ano de 553 e não em 1854, como diz a nota e não foi um
papa, foram vários bispos que afirmaram e anunciaram que a Maria só deu a luz a
um Filho. Usando a expressão A sempre Virgem Maria; Os protestantes na
sua insistência em fazer Maria mãe de uma filharada para diminuí-la, esquecem
que no tempo de Jesus, os irmãos de Jesus se fossem filhos dela com José,
deixariam Jesus, perante o judeus, que seguiam a Lei fora da DESCENDÊNCIA
DAVIDICA, pois o primogênito e José e outros filhos dele com Maria,
seriam do sangue de Davi e Jesus não o seria, já que as mães não
transmitiam a descendência aos filhos. Só os pais. Além disso, o anuncio de que
Maria concebera só Jesus pelo Espírito Santo colocaria dúvidas sobre a real
paternidade de Jesus e este seria indicado como filho de uma adultera ou um
bastardo ferindo a reputação dele e de Maria. Enfim, a concepção virginal iria por água abaixo se Jesus não fosse o único filho de Maria, assim como também as
suas pretensões de ser o descendente de Davi, já que seria indicado como não
sendo filho de José. Por isto a insistência em todo o Evangelho em afirmar que
Jesus é filho de José (Mt 13, 55; Lc 4,22; Jo 1,45; 6,42; 8,41) Portanto,
insistir em chamar os filhos de José como irmãos de Jesus, para os
evangelistas, era conveniente e necessário, pois desta forma
asseguravam ao mesmo, a descendência de Davídica e afastava toda
suspeita de adultério por parte dos judeus sobre Jesus, em relação mãe dele.
Só quando o Evangelho é proclamado
aos gentios e rompe com o judaísmo é que a concepção virginal de Cristo se
torna doutrina publica, porque os judeus
já haviam rejeitado Jesus como messias, daí não ser mais fundamental mostra-lo
como o Filho de Davi por meio de José,
mas como o Filho de Deus e Redentor da humanidade. Por isto, os
protestantes acham normal hoje, que
Jesus tivesse irmãos por parte de mãe, já que não são judeus e como os católicos, admitem que Jesus é descendente de Davi por
meio de Maria, pois segundo a mentalidade
ocidental, esta o fez filho de Davi, já que ela o era também. Mas
não era assim que pensavam os judeus da época. Pois admitam que só por linha masculina
se transmitia a Descendência. Eis a razão para que a mãe do messias fosse uma
Virgem casada com um descendente de Davi e que este assumisse a paternidade do
filho dela. Mas durante a vida publica de Jesus, e quando a Igreja estava
restrita aos judeus, era necessário, que Jesus fosse tido por filho de José,
tanto quando os outros filhos dele, de seu primeiro casamento.
Prof. Francisco de
Castro.
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