sábado, 5 de novembro de 2011

LIVRO SOBRE SANTA JOANA D´ARC PREFÁCIO



Uma donzela de 19 anos enche da admiração a quantos apreciam a verdadeira grandeza humana. Não é nenhuma  "estrela" do cinema que, talvez sem personalidade própria, só sabe representar outras personagens. Joana d'Arc, a Donzela ou Virgem de Orléans, não representou, mas viveu seu próprio drama no qual, inabalável e invicta, foi  merecedora de glória imortal.
Três coroas cingem-lhe a fronte:
A primeira, tecida de louro, galardoa a guerreira intrépida e vitoriosa. Somente nas lendas se viu semelhante coroa  na cabeça de uma mulher.
A segunda coroa, composta de palmas, é o premio da mártir, da inocência perseguida, caluniada, maltratada e  sacrificada na horrenda fogueira.
Finalmente a terceira coroa, de intacta alvura, ostenta os lírios imortais da virgindade.
            Uma glória tão genuína da Igreja Católica não devia permanecer no esquecimento que injustamente a cobria  durante séculos. No século passado a França se lembrou de sua salvadora. Muito contribuiu para este ressurgimento a edição dos processos de condenação e reabilitação, feita em 1841-49, em 5 volumes, por J. Quicherat. Uma nova edição em 2 volumes apareceu em 1920. No mesmo ano uma lei elevou o aniversário da morte de Joana d'Arc — 30 de maio — a festa nacional.
            A cidade de Orléans e o Episcopado francês esforçaram-se por honrar, tornar conhecida e levar à honra dos altares a virgem mártir. Apareceram artigos, geralmente sobre questões litigiosas, e biografias, constituindo farta  literatura. Sua vida e sorte tão extraordinárias empolgaram também os poetas, que, com  maior ou menor  fidelidade histórica, cantaram seu louvor. Citemos: Shakespeare (em Henrique VI), Voltaire, Schiller, Shaw,  Claudel.
            No Brasil Joana d'Arc já não é uma desconhecida. Em 1920, ano da canonização, os salesianos de Niterói editaram  uma resumida Vida de Santa Joana d'Arc. Em 1935 o escritor gaúcho Érico Veríssimo contou de modo ameno a sua vida. O autor reproduz bem o ambiente histórico, confundindo e misturando, porém verdade e lenda.[...] A finalidade desta brochura é  tornar conhecida a vida extraordinária da virgem guerreira e mártir e esclarecer dividas, suscitadas pelo influxo sobrenatural, orientador de seu comportamento, e pelo processo escandaloso instruído por pessoas eclesiásticas, em parte enganadas, em parte francamente indignas. A apoteose da solene reabilitação em 1456 e a canonização em nossos dias — 1920 — esclarece a verdadeira posição e mente da Igreja Católica. Infelizmente, a propaganda anticatólica dos nossos protestantes, espíritas e maçons pretendo tirar da heroína de Orléans argumentos contra a Igreja Católica. Esta a razão por que inserimos o livrinho entre os cadernos "Vozes em Defesa da Fé".



Uma donzela de 19 anos enche da admiração a quantos apreciam a verdadeira grandeza humana. Não é nenhuma  "estrela" do cinema que, talvez sem personalidade própria, só sabe representar outras personagens. Joana d'Arc, a Donzela ou Virgem de Orléans, não representou, mas viveu seu próprio drama no qual, inabalável e invicta, foi  merecedora de glória imortal.
Três coroas cingem-lhe a fronte:
A primeira, tecida de louro, galardoa a guerreira intrépida e vitoriosa. Somente nas lendas se viu semelhante coroa  na cabeça de uma mulher.
A segunda coroa, composta de palmas, é o premio da mártir, da inocência perseguida, caluniada, maltratada e  sacrificada na horrenda fogueira.
Finalmente a terceira coroa, de intacta alvura, ostenta os lírios imortais da virgindade.
            Uma glória tão genuína da Igreja Católica não devia permanecer no esquecimento que injustamente a cobria  durante séculos. No século passado a França se lembrou de sua salvadora. Muito contribuiu para este ressurgimento a edição dos processos de condenação e reabilitação, feita em 1841-49, em 5 volumes, por J. Quicherat. Uma nova edição em 2 volumes apareceu em 1920. No mesmo ano uma lei elevou o aniversário da morte de Joana d'Arc — 30 de maio — a festa nacional.
            A cidade de Orléans e o Episcopado francês esforçaram-se por honrar, tornar conhecida e levar à honra dos altares a virgem mártir. Apareceram artigos, geralmente sobre questões litigiosas, e biografias, constituindo farta  literatura. Sua vida e sorte tão extraordinárias empolgaram também os poetas, que, com  maior ou menor  fidelidade histórica, cantaram seu louvor. Citemos: Shakespeare (em Henrique VI), Voltaire, Schiller, Shaw,  Claudel.
            No Brasil Joana d'Arc já não é uma desconhecida. Em 1920, ano da canonização, os salesianos de Niterói editaram  uma resumida Vida de Santa Joana d'Arc. Em 1935 o escritor gaúcho Érico Veríssimo contou de modo ameno a sua vida. O autor reproduz bem o ambiente histórico, confundindo e misturando, porém verdade e lenda.[...] A finalidade desta brochura é  tornar conhecida a vida extraordinária da virgem guerreira e mártir e esclarecer dividas, suscitadas pelo influxo sobrenatural, orientador de seu comportamento, e pelo processo escandaloso instruído por pessoas eclesiásticas, em parte enganadas, em parte francamente indignas. A apoteose da solene reabilitação em 1456 e a canonização em nossos dias — 1920 — esclarece a verdadeira posição e mente da Igreja Católica. Infelizmente, a propaganda anticatólica dos nossos protestantes, espíritas e maçons pretendo tirar da heroína de Orléans argumentos contra a Igreja Católica. Esta a razão por que inserimos o livrinho entre os cadernos "Vozes em Defesa da Fé".

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