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também não há que se falar em salvação pelas obras no Catolicismo." A salvação no sentido de ir para o céu, depende
sim, das nossas obras. Em São Tiago cap. 4, 17, está escrito aquele que sabe o bem
que deve fazer o bem e o não o faz comete pecado. Nenhum
pecador poderá entrar no céu. Só os puros e sem mancha vão para céu. O
Apocalipse que os maus ficarão fora da Jerusalém celeste (.Ap 22,15) Então se
ver claramente que a salvação pessoal, ou ir para o céu ou para inferno,
depende de nossas obras, pois Deus dará a cada um conforme a suas obras (Ap
20,13; Mt 16,27; Mat 25,34-46) A justificação, ou seja, o direito de pelas
obras salvar-se, é que não é merecido
por nós. E esta não é um processo. É recebida
de uma vez logo após o batismo, que apaga tanto o pecado original como
os pecados pessoais. Como, em estado de pecado, todas as nossas boas obras são
mortas então não é por estas obras que somos justificados. Daí a necessidade de
anunciar Jesus aos pagãos, mesmo sendo estes capazes de fazerem o bem. Só que
porque estão sob a lei do pecado estas obras são mortas. A santificação ou a
saída da condenação do pecado é obtida pela graça e a fé em Cristo. Mas o juízo para os que foram
justificados é feito sobre as obras que praticamos ou omitimos. Jesus não nos
julgará perguntando creste ou não crestes? Mas afirmando, o que deixastes de
fazer a um destes irmãos mais pequeninos, e também o que fizestes a estes, foi a mim que deixastes de fazer ou a
mim o fizestes. A Igreja sempre afirmou que as boas obras são absolutamente
necessárias à nossa Salvação pessoal.
347) Somos obrigados
a observar os Mandamentos?
"Sim, todos
somos obrigados a observar os Mandamentos, porque todos devem viver segundo a
vontade de Deus que nos criou; e basta transgredir gravemente um só deles para
merecermos o Inferno."
348) Podemos observar
os Mandamentos?
"Podemos, sem
dúvida, observar os Mandamentos da Lei de Deus, porque Deus não nos manda
nenhuma coisa impossível, e dá a graça para observá-los a quem ti pede
devidamente." (Catecismo de São Pio X) Dizer que a recompensa é prometida
por Cristo, seja como que o resultado natural da justificação, é aceitar a doutrina
de Lutero, para quem o homem é incapaz de fazer o bem e perante de Deus jamais
deixaria de ser um pecador, mesmo que não matasse, não roubasse, e não
transgredisse nenhum dos mandamentos. A justificação é o recebimento do bilhete
para participar da corrida (Salvação) e este bilhete, quem o mereceu para nós
foi unicamente Cristo, por sua obediência perfeita a Deus Pai; mas a corrida quem deve
fazer somos nós, claro, sustentados por sua graça e confiantes em sua misericórdia.
Prof. Francisco Castro, 21/04/012.
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