Sem a crença na vida futura, a
Vida eterna, não há como conciliar o cristianismo como a fé de Redenção ou
salvação. Só em Cristo Jesus, em sua própria pessoa e obra, encontramos sentido
para o sofrimento e a morte. Porém, a mentalidade moderna não entende mais a morte
como punição pelo pecado. Compreendem-na como um processo natural a que estão
sujeitos todos os seres vivos. Mesmo os
que em sua consciência, abominem a morte e tudo façam para nunca lembrar
dela. Perante esta mentalidade, importa viver aproveitando tudo o que este
mundo possa oferecer: Poder, riquezas e
prazer.
Esta concepção hedonista nasceu com as
descobertas tecnológicas e o desgaste da doutrina cristã do céu e do inferno. Se
para o homem medieval valia a pena tudo
renunciar para escapar das penas eternas do inferno, para o homem moderno vale
tudo para amenizar ou esconder sofrimento e esquecer sal mortalidade.
Vale usufruir de todos os prazeres possíveis. Mas nunca o mesmo, poderá
livrar-se da fatalidade da morte. Não há dinheiro no mundo que compre a isenção
da própria morte afirma o salmo E quando
esta se manifesta na forma de uma doença incurável e terrível, um câncer, os que viverem só para este mundo,
tentam negar o fato e buscam na morte a quem sempre negaram ou não deram a mínima
importância, a solução para uma vida que segundo este não vale mais a pena.
Exemplo marcante foi apresentado na minissérie global O Canto da Sereia. A
jovem cantora, ao descobrir que estava
com câncer, obrigou um amigo a mata-la por piedade, porque não queria
que a vissem sem cabelo, magra e sofrendo numa cama. E ao final o narrador
ainda diz que tal pessoa morreu vitoriosa. Pois é esta a mentalidade moderna. Tudo
é preciso fazer para escapar de um fenômeno tão natural, como eles dizem, que é
a morte. Até mesmo morrer.
A verdade é que um ser racional e
autoconsciente, que é o homem, abomina a própria morte e nunca aceitará como um
fenômeno natural. Mesmo que materialmente esta o seja. Ninguém quer morrer porque é natural morrer.
Só deseja a morte quem não acredita mais que vale apena a viver.Perante a sua consciência
que é pensante e que entende, a morte nunca será assumida como um processo natural
porque o homem não é um planta e nem um
animal que não pensa, não elabora perguntas do tipo para que? Por quê? Se a morte pessoal, a morte total é
tão natural, porque nascer e enfrentar tantas limitações para aprender a falar,
a ler, a escrever, a entender o mundo? Como diz o Arnaldo Antunes, demora tanto para nascer, tem que mamar andar, aprender,
para de uma hora para outra morrer.” Estra é a realidade que todos apagam do
dia de sua vida. Mas nunca poderão fugir dela. Esta chegará para o rico e o miserável.
Para o sábio e o louco.
O Cristianismo não é a religião da morte.
Se os homens modernos abominam a ideia
de um inferno eterno, esquecem que o cristianismo prega a possibilidade de não
ir para o inferno. Nenhum mortal voltava do Hades na mitologia Grega. No cristianismo
qualquer mortal poderá se livrar para sempre do
Hades e qualquer outro inferno que houver. Mas também não é a religião
da fuga da morte. É a unica religião que encarou a morte de frente. Afinal, Jesus
mesmo disse que veio para dar a sua vida. Veio para um batismo ode sangue.
Jesus não camuflou a morte com prazer, com a curtição da vida. Ele chegou a escandalizar
seus discípulos dizendo que iria morrer e ansiava por isto. E seus apóstolos
não entendiam como um homem que acalmava os ventos e a tempestade não tinha o poder
para escapar da morte fosse por qual meio esta viesse. Jesus não ilude seus discípulos.
Não nega o sofrimento, as dificuldades que os homens terão todos os dias. Mas
Jesus acreditava no triunfo sobre a morte. Ele anunciava a força da vida. [Esta
vida que não é biológica, material, mas
é uma vida que não se desgasta. E só Jesus trouxe a solução para morte. Poderiam
dizer que Jesus trouxe a ilusão de um vida após morte. Mas o que mundo oferece também
não seria ilusão maior? Num leito de uma hospital em fase terminal que pensamento
terá mais conforto a um doente? Que depois de terríveis sofrimentos tudo terminará
em nada? E que desejo terá um descrente perante a morte senão morrer. Por isto insistem
tanto na eutanásia. Os que vivem tão somente para este mundo são derrotados
antes de morreram. Já estão mortos na alma a espera da morte no
corpo. Verão que os prazeres pelos quais vieram não o salvarão. Que dinheiro
pelo qual mataram, enganaram, não o acompanhará. Só resta para estes o
nada absoluto, a destruição completa. Neste aspecto o cristão recebe o conforto
da fé. Por isto houve tantos cristãos que sorveram ate a ultima gota o cálice
do sofrimento em uma doença ou na perseguição. Santos que abnegados assumiram a
doença de seus corpos mortais e foram mais fortes do que a morte. E houve ate
muitos que abriram mão de sua vida em favor da vida de um desconhecido. Temos o
exemplo gritante de São Maximiliano Kolbe que morreu para salvar um pai da família.
Quem não aceita a uma vida eterna
nunca compreenderá como Jesus pode ser dito salvador. Pois o mistério da redenção
só faz sentido a luz da vida futura ou da possibilidade de perder-se para sempre. A mentalidade
moderna abomina o inferno. Embora muitos terminem esta vida que para eles se
resume apenas a este mundo, num verdadeiro inferno. Vivem o inferno sem esperança
alguma de céu. E procuram o céu em bens materiais e prezares que nunca conseguirão levar consigo.
A modernidade simpatiza mais com um cristianismo
materialista, cuja missão seria instalar um Reino de Deus (Marxista cubano chinês) na face
Terra. Faz de Jesus um Che Guevara judeu
e outra corrente faz de Jesus uma terapia para suportar o peso da vida. Jesus é
o que livra da dor e do sofrimento. E esquecem que Jesus assumiu a cruz e nunca
enganou seus discípulos. No mundo terão perseguições e sofrimento, mas eu venci o mundo. Verdadeiramente
a mente que vence o mundo é aquela que
crer na Vida Eterna e ao mesmo tempo enfrenta o sofrimento,. Não nega a morte. Sabe que vive num mundo imperfeito e de
pecado,. Mas com Jesus e por Jesus carrega SUA CRUZ DE OLHOS FIXOS NA RESSURREIÇÃO E NA GLORIA CELESTE.
Só
há uma saída para a modernidade. Assumir o cristianismo puro, que Jesus trouxe
e pelo qual morreu e triunfou da morte. A vitória do Espírito sobre a corrupção da matéria e a realidade da vida eterna. É acreditar
que nenhum sofrimento é em vão, que nenhuma perda é sem sentido e que para nos
livrar da morte e do inferno, é que existe um Deus que nos ama, ao ponto de nos
deixar tão livres como ele mesmo. Um
Deus que não foi um carrasco condenado o filho inocente à morte, mas que se fez
um parceiro; que entrou no mundo e na historia
para experimentar o sofrimento que fez possível
para suas próprias criaturas, ao querer cria-las livres e com a possibilidade de dizer não ao seu amor. Realmente, nenhuma sociedade do mundo
seria capaz de conceber um Deus assim.
DEUS É AMOR.
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