O Pecado mortal nos faz perder a Graça
santificante que Jesus nos mereceu. Sem a Graça perdermos a comunhão com Deus e
nos condenamos as penas ternas. É doutrina da Igreja que morrer em pecado
mortal resulta na condenação ao inferno. Porém, mesmo que um só pecado mortal
nos torne condenados, Deus justíssimo, jamais coordenara um ser humano por um
só pecado mortal, desconsiderando toda a vida desta pessoa. Sem duvida, quem
morre em pecado mortal é porque se obstinou nos pecados ou não fez sério
propósito de não pecar mais. E mais importante, não recorreu à misericórdia de
Deus para resistir às tentações. Cada pecado mortal que cometemos enfraquece
nossa vontade e escurece nossa consciência. Como afirmou Jesus, as coisas do
mundo endurecem nosso coração e o que sai de nosso interior, como a luxúria, a
avareza, os planos de assassinatos e outros maus pensamentos, nos tornam
impuros. Um abismo atrai outro abismo. E a luz que há em nós, pelo pecado, vai
se tornando trevas.
Maior do que nosso livre arbítrio é o pecado mortal. Porem maior do pecado e
também do que nosso livre arbítrio é a misericórdia de Deus. Ninguém
escolhe inferno enquanto inferno. Escolhe o que lhe parece um bem real.
Mas se submetermos nossa vontade à de Deus e se logo tendo pecado,
reconhecemos que pecamos, fizermos uma sincera contrição e arrependimento, confessando
a Deus pela a Igreja nosso pecado, seremos perdoados e teremos forças para
pedir perdão se viermos a pecar de novo. Mas sem sincero arrependimento nossa a
vontade enfraquece e nossa natureza fica insensível ao amor de
Deus. E como a arvore tomba para o lado que pende assim também uma vida de
pecados leva a uma morte no pecado.
Certa piedade mística mostra o inferno
de forma tão cruel que faz de Deus um tirano. Afirma que um só pecado de
blasfêmia de um menino de oito anos, um só pecado, levou este menino, morto aos
oito anos, ao inferno. Isto é repulsivo à justiça de
Deus que conhece as mínimas intenções para quem todas as limitações
são conhecidas. Só faz de sua vida um eterno inferno quem se obstina no mal.
Uma criança que não teve todas as oportunidades e uma vida longa não poderá ser
condenado ao inferno eterno por um só pecado mortal. Na verdade creio que
como muitas pessoas morrem crianças, estas são almas arrebatadas pela
misericórdia de Deus das garras de satanás. De um mal, Deus tiram um bem. Se
muitas delas ficassem adultas, devido à sua índole provavelmente má, se
tornariam pecadores e se condenariam. Mas ao morrer jovens, mesmo tendo
pecado, pagam as penas dos mesmos no purgatório. Deus é justo. Nenhuma brecha
ficará entre os que se condenam para questionar a justiça de Deus. A Sagrada
Escritura afirma: O que o homem plantar sito colherá. O inferno deve ser
entendido como uma corrupção do Ser humano que o faz inapto para o Reino dos
Céus. Corrupção feita pelo pecado. E nunca como uma sanção judicial declarada
por um juiz irado. Embora em algumas partes das Sagradas Escritura seja
descrito assim é apenas um recurso para que seja mais compreensível a pessoas
endurecidas que só compreendem o castigo como ato externo. Mas a realidade do
inferno e a simples constatação pelo que se condenou de que a luz é
insuportável para ele; de que o sal perdeu o sabor, a árvore não produziu os
frutos e de que os peixes que não servem para alimentação e o joio, não
são aptos para o celeiro de Deus. Deus apenas comprova. A natureza do pecador
é que o exclui da comunhão com Deus.
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