sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Culto a Maria. Quem é o responsável?


Por qual motivo, nós, os católicos veneraram tanto Maria?  Não foi ela uma mulher, uma criatura de Deus tanto quanto qualquer um de nós? Mas a reverenciamos com orações, milhares de imagens, procissões, promessas, com se ela fosse uma deusa, uma criatura de outra natureza e não tanto humana como nós. Externamente seu culto é muito mais notado do que o de Jesus. Fala-se muito mais em aparições dela do que de Jesus. Seus títulos são inumeráveis e para cada titulo uma imagem diferente. Qual a razão para todo este quase endeusamento de Maria, que em sua época era conhecida apenas como uma mãe e esposa de um carpinteiro.

Sem nenhum exagero pode se dizer que o único culpado de nós, os católicos cultuarmos tanto Maria foi o próprio Deus.  Não FOI ELE QUE QUIS QUE O SEU ÚNICO FILHO AMADO FOSSE FORMADO NESTE MUNDO DE UMA MULHER? ( Gl. 4,4) O verbo de deus não quis se fazer carne sendo concebido no ventre materno de Maria? (Mt 1,16 ) E o Espírito Santo foi o que desceu sobre ela a cobriu com sua sombra para fazer por seu poder que ela concebesse o próprio Filho de Deus feito nosso irmão, homem como um de nós, com uma verdadeira mãe, assim como nós temos uma. Que outra deusa pagã em toda história humana foi elevada por outro deus a tão grande dignidade?  Na verdade, as deusas em varias situações estavam em conflitos com os deuses masculinos. Eram sensuais, vingativas, soberbas... Que criatura na face desta terra pode conceber aquele que é eterno, em seu ventre?

Sem dúvida, a compreensão de que Jesus não era apenas um grande profeta, um homem importante, mas o próprio Deus feito homem, o filho de Deus , Deus mesmo em pessoa, em nossa natureza humana, elevou Maria acima de todas as criaturas e de todas as deusas do passado, do presente e dos futuro.  Quem não reconhece a dignidade ímpar de Maria frente a todas as criaturas, mesmo diante dos anjos, só pode justificar esta rejeição  ou não crendo que Jesus é Deus, mesmo enquanto homem filho de Maria, ou que Maria não é sua verdadeira mãe e que a encarnação foi uma farsa.

O Culto católico a Maria nada mais é do que o entendimento de que ela é a mãe do filho unigênito de Deus. Mãe de forma verdadeira, mesmo sendo este preexistente, ele passou a existir como verdadeiro homem, a partir dela e nela e formado por ela, pelo poder do Espírito Santo. Foi gerado como nós fomos gerado embora sem ter origem de um homem. Maria nunca foi uma barriga de aluguel. Ela nunca foi uma mãe de faz de conta. Assim como Jesus nunca foi um homem de faz de conta.



Amamos e cultuamos Maria, a Serva do Senhor, porque reconhecemos que nela Deus realizou grandes coisas e por isto a proclamamos bem-aventurada como ela mesma profetizou. (Lc 1,48-49)

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