A
PANDEMIA E A NOSSA MORTALIDADE
Foi preciso uma pandemia, para que
todos tomassem consciência de sua mortalidade. Se há um fato humano mais negado
pela modernidade é que há morte. Não era assim na Idade Média. As pessoas
temiam mais perder a salvação do que a morte. Por isso havia a Preparação para
uma boa morte. E uma boa morte nunca era aquela repentina, como desejam hoje. Mas
a que desse tempo de você arrepender-se
e confessar seus pecados, receber a
unção dos enfermos e a santa comunhão. Dessa forma estava preparando para o
julgamento de Deus. Hoje as pessoas só temem a morte, porque pra elas, na
pratica, a morte é o fim de tudo e se for pra morrer, que se morra de repente,
sem nenhum sofrimento e sem a consciência de que se está morrendo. Pra afastar
a realidade da morte cemitérios viraram parques e túmulos não são mais catacumbas, mas canteiros com flores. Tudo
pra se fazer se esquecer de que somos mortais e que a morte é uma sempre presente.
A pandemia veio lembrar que se pode
morrer e morrer aos montes. Morrer sem o
conforto de uma boa confissão, sem a unção dos enfermos, sem o corpo de Cristo,
já que muitos padres atualmente, também entendem que morrer de Covid
e bem pior do que morrer sem a Graça de Deus. Por isso o poder tirano que os
governos exercem hoje sobre as pessoas é seguido com entusiasmo. Tudo é válido
pra não morrer. Até parece que não se
morria antes; que nunca morreram milhões de pessoas em pandemias. As pessoas de
nossa época se escandalizam quando nas guerras medievais, a principal preocupação eram de conceder a absolvição dos pecados os moribundos. E que Santa Joana d´Arc, chorava mais por os ingleses
haverem morrido sem confissão, do que por haverem sido mortos na guerra. Afinal,
este é o maior mal de uma guerra e de uma pandemia: Morrer sem estar preparado
pra encontrar Deus. Mas como Deus, foi
retirado da sociedade e as pessoas fizeram de Deus apenas um, nome comum,
invocado quando se tem apenas medo de morrer e não de perder a salvação, a
morte, tornou-se o maior mal que pode ocorrer a um ser humano. Antes, para um
cristão autêntico, se acreditava no que disse Jesus: “Que adianta um homem ganhar
o mundo inteiro se perder a sua alma?” E
que de nada adianta se proteger com mascara, gel, distanciamento social, por
causa de uma pandemia como se apenas esta matasse.
A morte nos espreita como um ladrão e não sabemos quando e nem como vem.
Mas foi preciso uma pandemia, pra
voltarmos a consciência de que somos mortais. Infelizmente a mesma não estar servido pra retornarmos a fé de
que
o essencial é não perder a
salvação; muito mais do que perder esta Vida.
Francisco
Silva de Castro
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