quarta-feira, 2 de novembro de 2011

REZAR PELOS MORTOS




REZAR PELOS QUE MORRERAM
            Hoje não se reza mais pelos mortos. Homenageiam-se os mortos. Se pensa sobre o que estes fizeram na terra, mas não o que  ainda podemos fazer por eles depois da morte. A Crença católica desde os tempos mais primitivos foi de que nós, os vivos poderiam ajudar os mortos com nossas orações, para que o mais depressa possível, pudessem livrar-se de seu sofrimento espiritual, devido as penas adquiridas com seus pecados. Pois São Paulo mesmo disse: “O que o homem semear, isto também colherá.” ( Gálatas 6, 7) referindo-se as consequências de nossos atos.
            A maioria dos cristãos e de todos os seres humanos não são puros o bastante para ir ao céu e nem tão maus o suficiente para ir para o inferno logo após a morte. E Deus que é suma misericórdia, também é suma justiça. Perdoa a todos, mas não permitiria que os que causaram tanto prejuízo e sofrimentos aos outros ficassem sem reparar, de alguma forma o mal que fizeram. Eis a necessidade da existência da “prisão” da qual não sairá até pagar o ultimo centavo, como disse Jesus e como também afirma o apóstolo Paulo.  Se as obras dele se queimarem, ou seja, se não foram consistentes o bastante, se uma pessoa assentou suas obras na palha, o que significa que ela  ao fazer o bem procurou mais  ser vista, elogiada, do que  servir a Deus; porém de qualquer forma não  cometeu um pecado de morte;  esta pessoa salvar-se- á mas como que passando pelo fogo. 1Cor 3, 13-15. Ora, sabemos que o fogo do inferno não salva, mas pune e castiga. Então este fogo salvador é de purificação e não de condenação. E a Igreja sabiamente iluminada e guiada pelo Espírito Santo, chama este fogo de purgatório. Purgação  que significa precisamente isto: Purificação.
            Porém muitos padres se tornaram neste aspecto, protestantes. Não falam mais do purgatório. Falam de retorno à casa do Pai. Nem gostam de quem ainda se refere ao purgatório. As missas pelos mortos já celebram a ressurreição final do morto. '“Missa pela ressurreição de Fulano de tal.” Até já ouvi anúncio deste tipo. A pessoa pode ter sido o maior egoísta do mundo, o mais mundano, porém morreu e voltou à casa do Pai. Isto é mera metáfora. É o mesmo que dizer, passou desta para melhor. E como se ao morrer não houvesse mais nada. Ou todos estivessem direto no céu com a mesma glória de um São Francisco de Assis ou de outro grande santo já canonizado.
            Mas a Igreja não revogou o purgatório. (Catecismo da Igreja Católica números: 1030-1031/1052-1054) Teólogos e alguns bispos e padres podem até tê-lo revogado. Mas o purgatório existe e como é necessária a sua existência. Deus é justíssimo. Se não fosse o purgatório todos estaríamos perdidos, pois muitos deixam este mundo cheios de dividas como dizíamos no Pai –Nosso: "Perdoai nossa dívidas." Dividas contraídas com nossos pecados atuais. Mas Deus e Jesus deixaram esta prisão, (1Pd 3,19; Lc. 12, 58-59) que antes estava ocupada com os rebeldes do tempo de Noé e hoje é o estado espiritual dos que morreram não estão livres o suficiente, para a contemplação direta de Deus. E nós podemos ajuda-los da mesma forma como os santos, no céu podem orar por nós. Se na Igreja primitiva se podia até batizar pelos mortos, (1COR 15,29) porque não seria  possível REZAR por eles? Para as almas do purgatório, nos somos os santos da Terra a interceder por elas. Então. O dia finados, não é só para homenagear o passado de um morto. De quem não existe mais na Terra ou nem noutro mundo.  É para nos fazer lembrar o presente de quem morreu. De pedir misericórdia para ele. De REZAR sim, pelos mortos.
Prof. Francisco Silva de Castro
02/11/2011

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