segunda-feira, 1 de agosto de 2011

AS FESTAS LITURGICAS DO MÊS DE AGOSTO

Além das festas dos santos, temos no mês de agosto duas memórias litúrgicas de grande importância: Uma se refere a Nosso Senhor Jesus Cristo e a outra a Bem-aventurada e Bendita Virgem Mãe Maria, a mãe do Senhor. A primeira tem fundamento explicito na Sagrada Escritura e está narrada em todos os Evangelhos (Mt 17,1-13; Mc 9, 2-8; Lc 9, 28-36).A transfiguração do Senhor celebrada em 06 de agosto. A segundo não é referida nos santos Evangelhos mas também não está em contradição alguma com estes. A assunção da Virgem Maria, celebrada em 15 de agosto.
Para mostrar a glória de sua divindade, oculta sob a sua natureza real e humana, Nosso Senhor transfigurou-se perante Pedro, Tiago e João; e isto antes, de haver recebido pela ressurreição o corpo glorioso. Como estava próximo de sua morte Cristo quis mostrar para seus apóstolos mais íntimos, que na verdade era bem  mais do que um profeta e do que a Lei. Por isto aparecem conversando com ele o Moisés, representando a Lei antiga e Elias, representando todos os profetas, e comentam sobre o maior acontecimento  não só para a historia do povo de Israel, como também para o mundo: A sua próxima morte em Jerusalém. 
Tendo recebido o corpo e alma humana no ventre da bendita Virgem Maria é  neste corpo, formado do sangue de Maria, em que resplandece a glória da divindade. E desta forma chegamos a segunda festa do mês: A Assunção da Bendita Virgem. Por que o Senhor levou para si, como pessoa, e não apenas a alma de sua santa mãe, para a glória eterna? Primeiramente porque tinha o poder para faze-lo. Sendo Filho de Deus e ao mesmo tempo Filho do homem. E era filho do homem por meio de Maria, de quem recebeu a natureza humana. E assim como o Senhor antes de sua morte, manifestou sua glória aos apóstolos, mais que justo que mostrasse à sua glória tal como a mostrou a Pedro,  Tiago e João à sua mãe; isto, em pessoa, pois estes ainda estavam no corpo quando viram a glória de Cristo; também  àquela que o contemplou aflita na cruz. Ela o viu crucificado em corpo e alma. Esteve junto a cruz e viu toda a aniquilação do próprio Filho Jesus. Sem dúvida justo e digno, seria que o Senhor a honrasse, como Filho que a amava mais que tudo na terra, abaixo do Pai, lhe mostrasse  a sua glória junto ao Pai, em corpo e alma. E assim o  Senhor cumpriu com perfeição o 4º mandamento que ordena honrar pai e mãe. E o outro motivo é que o Senhor não poderia negar à sua mãe aquilo que irá conceder a outros. Pela  primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses,  sabemos que os vivos por ocasião da vinda de Cristo, não irão experimentar a corrupção da carne, porque tão logo morrerem  serão ressuscitados. E irão ao encontro do Senhor nos céus.(1 Ts 4, 17; Hb 11,5) Como poderia o Senhor Jesus consentir que o corpo puríssimo que o gerou, o ventre bendito, se corrompesse na terra , fosse consumido por vermes, quando tal não acontecerá com os que forem arrebatados por ocasião da vinda do Cristo, no final dos tempos? Por certo que jamais consentiria nesta injustiça. Por isso, cremos que Jesus, sobre quem repousava a glória de Deus, mesmo antes da morte em seu corpo humano, glorificou o  corpo de sua amada mãe evitando que este se corrompesse e a levando em pessoa-corpo e alma- para contemplar a glória daquele a quem ela gerou segundo a carne, pois não há  maior alegria e felicidade para uma  mãe do que ver o triunfo de seu filho e gozar de sua companhia. A assunção da Virgem é dogma, com fundamento na Escritura e na tradição apostólica, e nenhum católico poderá recusar a crer nesta  e permanecer católico; que ao final de sua vida na terra, a Mãe do Senhor foi logo arrebatada  aos céus, para que como o melhor dos filhos  ele render a ela a honra que um bom filho deve. Glória a Jesus perfeito cumpridor da lei e resplandecente de glória. Na alegria, com a Virgem Maria, glorifiquemos àquele, em resplandeceu no monte e  manifestou  a luz da glória divina e tendo todo poder elevou aos céus, em corpo e alma, a gloriosa Virgem Maria, mãe do Senhor e também nossa mãe.

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