Jesus de Nazaré é Verdadeiro homem, manifestado como o Filho único de Deus, por haver encarnado nele, desde a concepção, o Verbo Eterno, a Sabedoria Divina, criadora de todas as coisas visíveis e invisíveis; o Filho único gerado, que estava e está no seio do Pai; Jesus a dignidade humana,a um nível jamais comparável a qualquer poder ou cargo, que exista sobre a Terra. Pois o Filho nos concedeu a adoção filial. A todos que crêem nele ,lhes dar o poder de se tornarem filhos verdadeiros de Deus.
Por isso, a caridade em relação aos irmãos na fé, deve visar primeiramente esta dignidade e não apenas a necessidade. É um escândalo que entre batizados, membros da Igreja,irmãos uns dos outros, por terem recebido a mesma graça e um só batismo, possa conviver lado a lado,um miserável carente de todos os bens necessários, Até mesmo do mínimo possível para a sobrevivência. E outro farto de todos os bens. Os pobres não estão no mundo para serem objetos de eventual solidariedade, a fim de que os ricos,possam uma vez ou outra, lhes dar esmolas do que lhes sobra. A miséria é fruto do pecado original e do egoísmo pessoal, que não abre coração para ver no irmão que sofre necessidade, o próprio Filho de Deus que quis fazer-se pobre; nasceu entre os pobres e serviu neste mundo, principalmente aos pobres e humildes. Se o fundamento de nossa fé está na Redenção de nossas pessoas, das penas do inferno, o sinal da autenticidade desta fé, são nossas atos para diminuir as grandes desigualdades materiais entre os irmãos batizados na mesma graça. Entre os que professam a mesma fé no Filho de Deus feito homem. Pois como escreveu São João, o Evangelista ,devemos amar não só com palavras, mas sim, com atitudes concretas. Por isto, a luta em favor de uma maior justiça social, em favor dos irmãos que tal como nós, foram redimidos pelo sangue de Cristo, terá em vista que, no homem e pelo homem, Deus mesmo quis elevar nossa natureza a uma eterna glória, ao assumir o homem perfeito, Nosso Senhor Jesus Cristo e fazendo-o assentar-se à sua direita, determinando-o como Rei, Sacerdote e Juiz supremo; sim, porque tudo o que foi conferido a Jesus em relação a nós, os humanos, o foi concedido em virtude da encarnação e de sua natureza humana. Só o homem Jesus poderia ser constituindo Juiz Supremo, Rei de todo o mundo e sacerdote eterno. (1Cor .15,21; At 2,36; At 10,42; 1Tm 2,5)E é pelo homem Jesus, que nós temos participação nesta mesma dignidade de herdeiros do reino;porque nele fomos feitos co-herdeiros da glória, que ele mesmo alcançou para nós. O verdadeiro e sadio humanismo está alicerçado na encarnação de Deus. Este Deus que não se envergonhou de nos chamar de irmãos. Contemplando Jesus Cristo, o Salvador, Santo, filho de Deus ,nos damos contas de que nele e por ele nossa natureza humana foi elevada. Então qualquer injustiça, opressão, exclusão injusta, feita a um irmão na fé, a um cristão, é feita ao próprio homem Jesus. Eis aí a razão para que na primeira comunidade cristã houvesse a comunhão de bens.(At.2,44) Eles não eram religiosos. Alguns eram até casados. Mas colocavam seus bens aos pés dos apóstolos, não porque fossem obrigados a isso. Porém, porque sabiam, que entre os irmãos na mesma fé no Cristo morto e ressuscitado, para os salvar, não deveria haver nenhum necessitado.
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