PRIMEIRO TIPO
O mais conhecido e praticado é o catolicismo popular e o social. O primeiro consiste em praticar algumas devoções. Rezar novenas e possuir imagens de vários santos. Fazer e pagar promessas. Os que praticam este aspecto do catolicismo não se sentem membros de uma Igreja. Apenas frequentadores. Pouco sabem da doutrina desta. E ao mesmo tempo participam de encontros espíritas ou de manifestações da Umbanda e do Candomblé. É o catolicismo predominante na Bahia. O segundo tipo de catolicismo é o de ocasião. Leva os filhos para o batismo, para a primeira Eucaristia, raras vezes chegam a crisma. Mas quando é dia do município ou inauguração de uma loja chamam um padre. Quando morre uma pessoa também mandam celebrar uma missa; procuram a Igreja para casar por causa da beleza da cerimonia e não porque consideram o casamento um sacramento. Pouco sabem da doutrina da Igreja Católica, mas entendem a Igreja como restrita apenas aos padres e as freiras. As pessoas deste grupo servem-se do catolicismo sem sentirem-se católicas. E muitas vezes, discordam da moral e doutrina católica. Já que eventos sociais não mudam ou interferem na vida de ninguém.
SEGUNDO TIPO
O segundo tipo é o catolicismo moderno. Progressista. Para os que seguem este, toda religião é boa. Jesus pregou a paz, o amor a misericórdia. Tanto faz ser budista, hinduísta, só importa fazer o bem. Religião não salva ninguém. E nem defender a divindade de Cristo tem importância. Também a este pertencem dois grupos: Os emocionais e sentimentalistas, que confundem fé com bem estar pessoal. Rezo para me sentir bem, feliz e ter prosperidade. Deus se manifesta no extraordinário. É o catolicismo dos movimentos ecumênicos, pacifistas e pentecostais. O outro tipo deste grupo é o católico marxista. Para este o que importa é a mensagem de Jesus. Uma terra sem pobres e miséria. Como Deus não acabou com a miséria no mundo até agora, estes dizem, que a principal missão da Igreja é fazer isto. Lutar com os pobres contra os Ricos. E na ausência de um poder para obrigar os ricos a repartirem, só há um meio. O Estado deve faze-lo. Mas o Estado nas mãos dos trabalhadores. É o catolicismo das comunidades eclesiais de base, que não se importa com doutrina. E sim com ação. O culto é para conscientizar que sou explorado e marginalizado. E que o patrão é o meu inimigo e deve ser derrubado. É o catolicismo ideológico. Este usa a Igreja até quando for útil aos seus objetivos. Depois de alcançados estes e esta Igreja quiser incomoda-los, irão persegui-la também.
TERCEIRO TIPO
No segundo aspecto do catolicismo há os que se interessam em conhecer a doutrina da Igreja. Tem uma vida oração continua e litúrgica. São assíduos na leitura de obras espirituais. Vivem na pratica os sacamentos. Comungam e se confessam regularmente. Procuram assumir como se fossem suas, as determinações da Igreja, em questões morais e éticas. Estão em comunhão com o sucessor de Pedro, o papa que está no momento atual, conduzindo a Igreja. São conservadores no que diz respeito a doutrina e ao culto. Pois entendem que a Igreja, não pode ensinar hoje o que condenou no passado e sempre afirmou ser errado. Mesmo que bispos ou teólogos ensinem algo diferente, ficam como a doutrina de sempre. Alguns são mais radicais, outros mais abertos, sem no entanto mudarem em questões de dogma e moral. Não desejam a volta da inquisição com pena de morte aos hereges, mas não negam que haja heresias e que os hereges devam ser punidos e para o bem da Igreja e afastados da comunhão eclesial. Aceitam que a Igreja em seus magistério também interfira nas questões politicas e econômicas, para que governo justo favoreça, a eliminação da grande diferença entre pobres e ricos. Mas dão prioridade a santificação pessoal e coletiva. Creem que Jesus deixou no mundo apenas uma Igreja. Reconhecem que pertencem a esta Igreja. Procuram ama-la conhece-la e defende-la. Estes são os católicos fiéis e praticantes; sabem que se homens da Igreja são capazes de falhar e pecar, também sabem que a Igreja, Corpo de Cristo, jamais falhará ou será vencida. Pois é assistida pelo Espirito Santo. São estes católicos que mostram a verdadeira e única face possível do Catolicismo. A menos conhecida. A que menos se manifesta. Mas é nestes que temos o catolicismo em toda a sua pureza e e em sua verdadeira essência.
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