Joana d´Arc nasceu em Domrémmy, aldeia francesa em 06 de janeiro de 1431. Filha de camponeses viveu no período em que a França estava ocupada por ingleses que reivindicavam o direito ao trono da França. Os ingleses tinham o apoio dos borgonheses, franceses que preferiram apoiar a causa inglesa por não aceitarem o príncipe herdeiro Carlos, chamado o Delfim, como futuro rei. Aos 13 anos de idade Joana começou a ouvir Vozes e ter visões que ela atribuiu a são Miguel Arcanjo e as santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia. Estas ordenavam que ela fosse em socorro do rei não corado da França e expulsasse os ingleses do território francês. Após uma tentativa sem sucesso, em 1428, Joana consegue ser enviado ao Delfim e tem um encontro com ele. Diz que é enviada por Deus, O Rei do Céu, para fazer que o mesmo recupere o seu Reino. Conta-lhe um segredo conhecido apenas por ele e Deus.
Aconselhado por seus auxiliares o
rei ordena que Joana seja investigada por teólogos franceses partidários do rei
para comprovar se ela é uma boa católica. Após a investigação os padres atestam
que Joana demonstra ser uma boa cristã e que o rei não deve temer receber sua
ajuda. Ela é enviada à cidade de Orleans que há mais de oito meses está sitiada
pelos ingleses e borgonheses. Joana lidera várias batalhas na cidade e consegue
libertá-la no dia 08 de maio de 1429. Sua próxima ação é conduzir o delfim para
coroação em Reims, onde conforme a tradição deviam ser coroados todos os reis
franceses. Percorrendo o território inimigo, sem derramar sangue, Joana conduz
o Rei a Coração na catedral de Reims mostrando por este ato que o mesmo é
verdadeiro rei e legitimo herdeiro da coroa da França. Tenta libertar Paris,
mas sem sucesso.
Em junho de 1430 é feita prisioneira pelos
borgonheses aliados dos ingleses e depois de certo tempo vendida aos seus
animosos ingleses. Entregue aos padres franceses partidários da causa inglesa e
julgada como herege, idolatra e apostata. Um bispo preside o julgamento. Seu
julgamento começa em fevereiro de 1431 e termina em maio do mesmo ano.
Submetida a grandes tormentos, aprisionada numa prisão inglesa e vigiada por
soldados ingleses a jovem ver em constante perigo a sua integridade virginal.
Por este motivo não admite retirar as vestes de homem com as quais foi feita
prisioneira. Ela a si mesma, se declarava
“A Virgem". Enganada pelos juízes que prometem sua transferência
para uma prisão da Igreja se ela voltar aos trajes de mulher e a ouvir missa
que não era permitido a ela. Para salvar-se das mãos dos seus inimigos, a
donzela assina forçada, pois um padre segurou sua mão (ela era analfabeta) um
papel que na verdade é uma confissão de que suas vozes não eram mandadas por
Deus e reconhecendo que estava errada em obedece-las. Joana não sabia ler e nem
escrever. Acreditou que estava apenas escapando dos ingleses e sendo amparada
pelos padres. Na verdade, fazia parte do plano desmoraliza-la, demonstrando que
ela mesma reconhecera ser instruída por maus espíritos com a finalidade de desacreditar
a coroação do Rei francês, pois neste caso, o mesmo teria conseguido ser rei
ajudado por um bruxa. Joana é obrigada a voltar para a mesma cela dos ingleses
e a vestir roupas de mulher. Sendo maltrata e ameaçada de violação, recupera a
roupa masculina que deixaram em sua prisão. Este foi o motivo maior de sua
condenação como Relapsa, o tipo de erro para o qual não havia mais perdão.
Relapso é aquele que tendo negado o erro em matéria de fé, a ele retorna.
A virgem é conduzida para morrer
queimada viva no dia 30 de maio de 1431. Ela suplica por uma cruz aos que estão
próximo. Um guerreiro inglês movido por piedade faz uma pequena cruz com dois
pedaços de paus retirados da monte de lenha da fogueira. Ela a beija diz o doce
nome de Jesus e a guarda no peito. Pede ao padre que vá buscar a cruz da
procissão na Igreja mais próxima e este atende ao seu pedido. Tendo diante dos
olhos a imagem de Jesus crucificado Joana d´Arc morre gritando várias vezes o
doce nome de Jesus. Vinte e cinco anos após sua morte, com a vitória completa
dos franceses sobre os ingleses, um novo julgamento é feito e Joana é declarada
inocente de tudo o que a acusavam. Em 1869 o bispo de Orleans introduz a causa
de sua canonização e finalmente do dia 16 de maio de 1920. Joana d´Arc é declarada
Santa (canonizada) pelo Papa Bento XV. Sua festa litúrgica é no dia 30 de maio.
30 de maio de 2012
Bibliografia: O
Processo de Joana d´Arc. Sebastião Meirelles Teixeira. Ed Rideel, 1996. Os
Grande Líderes, Joana d´Arc; Susan Banfield, Nova Cultural, 1988. Joana
d´Arc, Uma Biografia. Donald Spoto, Planeta, 2009.
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