Como os católicos afirmam adorar
apenas a Deus, se tudo o que eles fazem para um santo, ou uma de suas imagens
externamente é a mesma coisa que fazem para Deus? Ajoelham-se diante do
Santíssimo Sacramento em adoração e também diante de uma imagem de São
Francisco ou outro santo. Conduzem em procissão imagens de Jesus, mas também da
Virgem Maria e de outros santos. Fazem orações dirigidas diretamente a
Deus e da mesma forma, aos santos. Afinal, o que eles fazem em relação ao
culto, que só é feito para Deus e para nenhum outro santo, nem mesmo a Virgem
Maria?
A maioria dos católicos
desconhece que duas ações litúrgicas ou de culto são prestados apenas a
Deus e a nenhum outro Santo. A primeira delas é a SANTA MISSA que é
OFERECIDA unicamente A DEUS PAI e a nenhum outro santo. Não é
verdade, podem dizer, porque há missas de São Francisco de Assis, de
Nossa Senhora de Fátima. Estas missas não são para Nossa Senhora de
Fátima e nem para São Francisco. Leia todas as orações da missa e verá
que estes santos são apenas mencionados e mostrados como exemplos de fé para
nós. Recorremos à sua intercessão ,mas a missa não é para eles. Nem mesmo para
Cristo Jesus homem, já que é o próprio Cristo enquanto homem, que se oferece na
missa, a Deus Pai por nós.
Veja o que diz o Catecismo ode
São Pio X sobre a missa:
660) A quem se oferece o Santo
Sacrifício da Missa?
O Santo Sacrifício da Missa oferece-se só a Deus.
661) Se a santa Missa se oferece só a Deus, por que se celebram tantas Missas em honra da Santíssima Virgem e dos Santos?
A missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos, para louvar a Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior abundância, as graças de que necessitamos.
O Santo Sacrifício da Missa oferece-se só a Deus.
661) Se a santa Missa se oferece só a Deus, por que se celebram tantas Missas em honra da Santíssima Virgem e dos Santos?
A missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos, para louvar a Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior abundância, as graças de que necessitamos.
Outra ação de culto que é feita
só a Deus é a Dedicação ou consagração de um templo, que chamamos de igreja.
Esta é oferecida também só a Deus, no caso à Santíssima Trindade. Como, se há igrejas
de São Pedro, de Nossa Senhora de Fátima, de São Bento e outros santos?
Simples. Assim como o nome de um prédio público ou praças, não indicam
que os proprietários dos prédios são aqueles a quem foi dado o
nome, mas pertence ao governo, também as igrejas católicas recebem
títulos, que são nomes de santos para honrar a memória deles, mas a dedicação
do templo é feita a Deus. Procure a liturgia da dedicação de uma igreja e verá
que como na missa, todas as orações são dirigidas a Deus. Veja como explica
este texto o que é uma dedicação de uma Igreja. Ele cita Santo Agostinho que
esclarece que as igrejas ou templos não dedicadas aos mártires. O ideal seria
que nos referíssemos as igrejas templos, como Igreja São Francisco de Assis e
não Igreja DE São Francisco de Assis. Igreja Nossa Senhora da Conceição e não
Igreja DE nossa Senhora da Conceição, pois o templo é dedicado a Deus,
mesmo que Ele não precise de templo feito por homens, como diz são Paulo,(Atos 17,24) porem
os homens precisam de lugares específicos para adorarem e celebrarem a Deus. Os
protestantes não fazem seus cultos em suas casas e os nomes de seus
templos são o mesmo nome que dão as suas igrejas.
Eis o texto sobre a
dedicação de uma Igreja:
“Nós não erigimos altares aos
mártires para oferecer-lhes sacrifícios, mas ao Deus único, Deus dos mártires e
nosso. São nesse sacrifício, nomeado em seu lugar e em sua ordem como homens de
Deus que venceram o mundo, confessando seu nada. O sacerdote que oferece o
sacrifício não os invoca, porque oferece a Deus e não a eles, embora ofereça em
suas memórias. E sacerdote de Deus, não dos mártires.” Santo Agostinho, A
Cidade de Deus, livro XXII, 10. No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar”
significa “proclamar solenemente”. A palavra “dedicação”, na sua origem, não tinha
um sentido especificamente cristão. Estava presente na vida social e religiosa.
“Dedicar” quer dizer destinar, atribuir, oferecer, inaugurar. Na Sagrada
Escritura, a palavra “hanukka” (Nm 7,11; 2Cr 7, 5; Esd 6,16) foi traduzida para
o grego como “encênia”, que significa inauguração. Designa a festa da dedicação
do templo. No paganismo era comum a dedicação de um templo, de cidades, de
teatros. Ainda hoje, é comum haver lançamento de livros e discos com a devida
“dedicatória”. As raízes bíblicas dos ritos de dedicação aparecem em Gn 28, 18
(dedicação de coluna de pedra); Nm 7, 10-11.84.88 (dedicação de altar); Dt 20,
5 (dedicação de casas), e sobretudo as diversas dedicações do templo, por
Salomão (lRs 8, 1-66), por Esdras (Esd 6, 15-18) e a purificação do templo por
Judas Macabeu (lMc 4, 36-59), renovada anualmente na festa da hanukká. A
dedicação de igrejas é um rito muito antigo, caracterizado pelo seu aspecto
festivo e popular. Quando, em dezembro do ano 164 a.C., Judas Macabeu purificou
o templo de Jerusalém e erigiu o altar, a festa de dedicação prolongou-se por
oito dias (lMc 4,36-59). No tempo de Esdras, por ocasião da construção do
segundo templo, a festa da dedicação durou sete dias e foram sacrificados cem
touros, duzentos carneiros e quatrocentos cordeiros (Esd 6,15-18). O Vaticano
II apresenta a Igreja como o Povo de Deus reunido pela unidade do Pai, do Filho
e do Espírito Santo (LG 4). É muito importante notar que ao fazer a reflexão
sobre a Igreja, o Concílio não se limitou àquilo que é visível como, por
exemplo, a sua organização, mas foi até o mistério, isto é, à fonte de onde
jorra a Igreja: a comunhão da Santíssima Trindade. O novo Ritual recupera a
riqueza do rito da dedicação, inserindo-o dentro da celebração eucarística, que
na igreja primitiva era em si, a própria dedicação. Na celebração da dedicação,
o povo dá graças à Santíssima Trindade, porque neste lugar reside à glória do
Senhor, é lugar de oração e súplica, de culto e adoração, de graça e
santificação. É o lugar onde o povo cristão busca o Deus vivo e verdadeiro. A
oração de dedicação tem justamente o objetivo de indicar que a igreja é
dedicada a Deus. A igreja catedral é o lugar privilegiado de encontro com Deus,
onde se recebe o tesouro da fé, partindo do batismo.
Fonte: http://www.santuariopiedade.com.br/index.php/pagina-inicial/item/405-o-que-%C3%A9-a-dedica%C3%A7%C3%A3o-de-uma-igreja?.html
Ao saber deste aspecto
desconhecido e não explicando por muitos catequistas e até mesmo padres, fica
realmente difícil um católico convencer um protestante que não adora santos e
imagens, já que nada é exclusivo só de Deus aos seus olhos, no que se refere ao
culto externo. Sabemos que interiormente adorar é AMAR mais que a própria vida.
Amar acima de tudo com diz o primeiro mandamento. Mas como este amor se
manifesta em atos, um amor exclusivo, exige atos exclusivos, para quem se adora.
E na Igreja temos estes atos de adoração externa que exclusivas só Deus: A santa Missa, oferecida a Deus Pai e a dedicação de uma Igreja, que são
ritos que fazemos unicamente para Deus; embora as igrejas católicas,
recebam nomes de um santo ou santa, para que sejam identificadas e
também para recordar ao povo, a fidelidade daquele santo, a Deus a quem este amou e
adorou, durante sua vida na Terra.
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