quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os Católicos cultuam os santos da mesma forma que cultuam a Deus?

Como os católicos afirmam adorar apenas a Deus, se tudo o que eles fazem para um santo, ou uma de suas imagens externamente é a mesma coisa que fazem para Deus? Ajoelham-se diante do Santíssimo Sacramento em adoração e também diante de uma imagem de São Francisco ou outro santo. Conduzem em procissão imagens de Jesus, mas também da Virgem Maria  e de outros santos. Fazem orações dirigidas diretamente a Deus e da mesma forma, aos santos. Afinal, o que eles fazem em relação ao culto, que só é feito para Deus e para nenhum outro santo, nem mesmo a Virgem Maria?
A maioria dos católicos desconhece que duas ações litúrgicas ou de culto  são prestados apenas a Deus e a nenhum outro Santo. A primeira delas é a SANTA MISSA que é OFERECIDA  unicamente  A  DEUS PAI e a nenhum outro santo. Não é verdade,  podem dizer, porque há missas de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora de Fátima. Estas missas não  são para Nossa Senhora de Fátima e nem para São Francisco. Leia  todas as orações da missa e verá que estes santos são apenas mencionados e mostrados como exemplos de fé para nós. Recorremos à sua intercessão ,mas a missa não é para eles. Nem mesmo para Cristo Jesus homem, já que é o próprio Cristo enquanto homem, que se oferece na missa, a Deus Pai por nós.
Veja o que diz o Catecismo ode São Pio X sobre a missa:

660) A quem se oferece o Santo Sacrifício da Missa?
O Santo Sacrifício da Missa oferece-se só a Deus.
661) Se a santa Missa se oferece só a Deus, por que se celebram tantas Missas em honra da Santíssima Virgem e dos Santos?
A missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos, para louvar a Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior abundância, as graças de que necessitamos.

Outra ação de culto que é feita só a Deus é a Dedicação ou consagração de um templo, que chamamos de igreja. Esta é oferecida também só a Deus, no caso à Santíssima Trindade. Como, se há igrejas de São Pedro, de Nossa Senhora de Fátima, de São Bento e outros santos? Simples. Assim como  o nome de um prédio público ou praças, não indicam que os proprietários dos prédios são  aqueles  a quem foi dado o nome, mas pertence ao governo,  também as igrejas católicas recebem títulos, que são nomes de santos para honrar a memória deles, mas a dedicação do templo é feita a Deus. Procure a liturgia da dedicação de uma igreja e verá que como na missa, todas as orações são dirigidas a Deus. Veja como explica este texto o que é uma dedicação de uma Igreja. Ele cita Santo Agostinho que esclarece que as igrejas ou templos não dedicadas aos mártires. O ideal seria que nos referíssemos as igrejas templos, como Igreja São Francisco de Assis e não Igreja DE São Francisco de Assis. Igreja Nossa Senhora da Conceição e não Igreja DE nossa Senhora da Conceição, pois o  templo é dedicado a Deus, mesmo que Ele não precise de templo feito por homens, como diz são Paulo,(Atos 17,24) porem os homens precisam de lugares específicos para adorarem e celebrarem a Deus. Os protestantes não fazem  seus cultos em suas  casas e os nomes de seus templos são o mesmo nome que dão as suas igrejas.
 Eis o texto sobre a dedicação de uma Igreja:

“Nós não erigimos altares aos mártires para oferecer-lhes sacrifícios, mas ao Deus único, Deus dos mártires e nosso. São nesse sacrifício, nomeado em seu lugar e em sua ordem como homens de Deus que venceram o mundo, confessando seu nada. O sacerdote que oferece o sacrifício não os invoca, porque oferece a Deus e não a eles, embora ofereça em suas memórias. E sacerdote de Deus, não dos mártires.” Santo Agostinho, A Cidade de Deus, livro XXII, 10. No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar” significa “proclamar solenemente”. A palavra “dedicação”, na sua origem, não tinha um sentido especificamente cristão. Estava presente na vida social e religiosa. “Dedicar” quer dizer destinar, atribuir, oferecer, inaugurar. Na Sagrada Escritura, a palavra “hanukka” (Nm 7,11; 2Cr 7, 5; Esd 6,16) foi traduzida para o grego como “encênia”, que significa inauguração. Designa a festa da dedicação do templo. No paganismo era comum a dedicação de um templo, de cidades, de teatros. Ainda hoje, é comum haver lançamento de livros e discos com a devida “dedicatória”. As raízes bíblicas dos ritos de dedicação aparecem em Gn 28, 18 (dedicação de coluna de pedra); Nm 7, 10-11.84.88 (dedicação de altar); Dt 20, 5 (dedicação de casas), e sobretudo as diversas dedicações do templo, por Salomão (lRs 8, 1-66), por Esdras (Esd 6, 15-18) e a purificação do templo por Judas Macabeu (lMc 4, 36-59), renovada anualmente na festa da hanukká. A dedicação de igrejas é um rito muito antigo, caracterizado pelo seu aspecto festivo e popular. Quando, em dezembro do ano 164 a.C., Judas Macabeu purificou o templo de Jerusalém e erigiu o altar, a festa de dedicação prolongou-se por oito dias (lMc 4,36-59). No tempo de Esdras, por ocasião da construção do segundo templo, a festa da dedicação durou sete dias e foram sacrificados cem touros, duzentos carneiros e quatrocentos cordeiros (Esd 6,15-18). O Vaticano II apresenta a Igreja como o Povo de Deus reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo (LG 4). É muito importante notar que ao fazer a reflexão sobre a Igreja, o Concílio não se limitou àquilo que é visível como, por exemplo, a sua organização, mas foi até o mistério, isto é, à fonte de onde jorra a Igreja: a comunhão da Santíssima Trindade. O novo Ritual recupera a riqueza do rito da dedicação, inserindo-o dentro da celebração eucarística, que na igreja primitiva era em si, a própria dedicação. Na celebração da dedicação, o povo dá graças à Santíssima Trindade, porque neste lugar reside à glória do Senhor, é lugar de oração e súplica, de culto e adoração, de graça e santificação. É o lugar onde o povo cristão busca o Deus vivo e verdadeiro. A oração de dedicação tem justamente o objetivo de indicar que a igreja é dedicada a Deus. A igreja catedral é o lugar privilegiado de encontro com Deus, onde se recebe o tesouro da fé, partindo do batismo.
Fonte: http://www.santuariopiedade.com.br/index.php/pagina-inicial/item/405-o-que-%C3%A9-a-dedica%C3%A7%C3%A3o-de-uma-igreja?.html

Ao saber deste aspecto desconhecido e não explicando por muitos catequistas e até mesmo padres, fica realmente difícil um católico convencer um protestante que não adora santos e imagens, já que nada é exclusivo só de Deus aos seus olhos, no que se refere ao culto externo. Sabemos que interiormente adorar é AMAR mais que a própria vida. Amar acima de tudo com diz o primeiro mandamento. Mas como este amor se manifesta em atos, um amor exclusivo, exige atos exclusivos, para quem se adora. E na Igreja temos estes atos  de adoração externa que exclusivas só  Deus: A santa Missa, oferecida a Deus Pai e a dedicação de uma Igreja, que são ritos que fazemos  unicamente  para Deus; embora as igrejas católicas, recebam   nomes de um santo ou santa, para que sejam identificadas e também para recordar ao povo, a fidelidade daquele santo, a Deus a quem este amou e adorou, durante  sua vida na Terra.

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