Santa Joana d´Arc não escreveu nada
sobre a realeza social de Jesus. Foi através de sua missão e pelo
testemunho de sua vida que ela anunciou que Deus é o Senhor da História e a Ele
pertencem todas as nações da Terra. Porque tudo o Pai entregou ao Filho sujeitando
a Ele todos os povos e não apenas os indivíduos.
Para Santa Joana d´Arc, o rei francês
dever reinar sobre todo o Reino da França porque Deus assim o decidiu. É isto o
que ela diz a ele quando o encontrou: "Meu Senhor (Deus) é o
verdadeiro Rei da França. Mas ele quer que vos, gentil Delfim, sejas Sagrado
rei e se torne lugar tenente do Rei dos céus no Reino da
França." O Rei recebe o poder de reinar primeiramente, não por ser
descendente de reis; os ingleses por este aspecto também tinham direito ao
reino da França, já que o pequeno Henrique VI, era neto do pai de Carlos VII,
filho de uma irmã dele. Mas porque o Rei do Céu assim o determinara. Diz a
Sagrada escritura: "Todo o poder vem de Deus e não há autoridade que não
tenha sido constituída por Deus." E o próprio Jesus confirma a Pilatos em
seu julgamento: "Nenhum poder terias sobre mim se do Alto não te fosse
dado.”.
A Realeza Social de Jesus, verdadeiro e
único rei por direito e conquista, não implica numa mistura do poder temporal
com o espiritual. Não significa que padres sejam governantes, como o foi o
Padre Diogo Antônio Feijó, Regente no Brasil durante a menoridade do imperador
D. Pedro II, ou os cardeais Richelieu na França. E muito menos que os
governantes exerçam poder eclesiástico, aprovando encíclicas papais,
indicando bispos, criando dioceses, executando hereges. De forma alguma. Num
Estado subordinado à Cristo a esfera política é amplamente autônoma em relação às
atividades administrativas como segurança, economia, infraestrutura... E a
Igreja plenamente livre em relação ao apostolado e à instrução na
fé católica. Mas, no que se refere a leis, o Estado deve seguir primeiramente e
acima de Tudo a lei de Deus, expressa nos dez mandamentos e o código ético de
Jesus resumido no Sermão da Montanha, capítulos 5 a 7 do Evangelho de São
Mateus. Favorecer a difusão da verdadeira Igreja; facilitar e guarda do
domingo e dos dias santos; coibir à promiscuidade sexual, a impiedade, a
ganância e a corrupção, que impede a muitos de viverem em conformidade
com a dignidade de filhos de Deus.
A Igreja tem a missão de acompanhar
ensinando o Evangelho de Jesus, intensificando a honestidade, a partilha entre
os irmãos da fé e acima de tudo, render glória a Deus através do único
culto público aceitável por Deus. O Santo sacrifício da missa. Pois todas as
outras manifestações religiosas, como procissões, missões e congressos de
Evangelização ou catequese, estão de certa forma vinculada ao mistério da
Redenção vivido na Santa missa e dela retiram seu valor e divindade.
Por isto, Santa Joana d´Arc logo após a
vitória que livrou Orleans (cidade ocupada) pelos ingleses, insistiu que
o Rei fosse sagrado na catedral por um bispo da Igreja. Este ritual significava
aprovação publica por Deus do verdadeiro rei dos franceses. Ela não pensou
politicamente nesta hora e nem militarmente. Qualquer outro governante teria
deixado a sagração só para depois de expulsar todos invasores da
França. Mas Santa Joana sabia que o espiritual tinha precedência e mais
importância do que o material. Nesta ocasião ela pediu ao Rei que entregasse ao
Rei dos Céus, todo o Reino da França, para depois adquiri-lo e administra-lo
como um servo colocado por Deus a serviço dos outros. Foi também por respeito a
esta autonomia, entre o político e o religioso, que a mesma santa nunca contou
a padres ou exigiu aprovação eclesiástica para no que dizia
respeito à suas visões. Não deveria envolver a Igreja de Cristo em disputas políticas
entre dois reinos cristãos. No que dizia respeito à sua fé, aos artigos do
credo, a obediência ao papa, ela com sempre afirmou, ser uma boa crista e
que amava a Igreja com todas as suas forças. Mas no que se referia à sua ação
política em favor da França, ela submetia-se apenas a Deus, porque só ele
a mandou agir e era a Ele que Ela devia prestar contas de sua ação militar. No caso,
seria dever da Igreja esforçar-se pela união entre os dois reinos. O da França
e o da Inglaterra e não tomarem partido, dividindo dois reinos cristãos e se
aproveitarem materialmente disto. A própria Joana, agiu pela paz quando
ordenava aos ingleses que voltassem para Inglaterra, porque esta era ordem de
Deus. Se os clérigos franceses, partidários do invasor, tivessem ficado ao seu
lado e os da Inglaterra também, não teria havido tanta guerra e muito sangue
teria sido poupado.
Hoje há uma corrente na Igreja que tem
verdadeiro horror a união entre a fé e o Estado. Religião é coisa para se viver
entre as quadros paredes de dois prédios: A casa e a Igreja. Se for além disto
é teocracia medieval tirânica segundo estes. E o Estado deve ser neutro em
questões religiões, mesmo as de caráter moral e ético. Embora formado por
governantes que se dizem católicos, enquanto políticos não podem obedecer ou
adorar deus nenhum ou adorar a todos, o que da no mesmo. Só em nossa
época um Governante católico e fiel seria obrigado a fazer como o
Rei da Bélgica. “Ter que renunciar por um dia o trono para ser fiel à sua
fé e à sua consciência e não sancionar a lei que implantava o aborto
naquele país; também o príncipe de Liechtenstein ter que arriscar a
perder o trono por vetar uma lei que permitia o aborto.” Em setembro de 2011,
antes de uma votação nacional sobre a descriminalizarão do aborto, o Príncipe Alois anunciou que, se os eleitores aprovassem a
medida, ele usaria de sua autoridade para vetá-la." (fonte: Frates in Unum) Enquanto a antiga e cristã
Espanha, sancionou o aborto pelas mãos
de um rei que ainda se diz católico. Não se pode servir a dois senhores que
estejam em contradição sobre uma questão ou visão de mundo. Podemos sim, servir
a um Senhor que reconheça a soberania dele de outro Senhor. E É isto que
significa a subordinação do Estado a Deus e a Cristo Rei. Pois para sito
Jesus foi constituído Senhor dos Senhores, porque houve e deve haver senhores
neste mundo subordinados a Cristo. Que ajam com católicos em casa, no gabinete,
nas praças em todo lugar. Fo esta a mensagem que Santa Joana d´Arc deixou por
sua vida e missão, para nós. Cristo é Rei não só das pessoas. E seu Reino
não é deste mundo, porque ele não o recebeu de pessoas deste mundo por
hereditariedade, mas o é para este mundo e para os homens deste mundo. Se assim
não fosse ele não teria nos ensinado a pedir "Venha a nós o vosso
reinado" mas sim "levai-nos para o vosso Reino."
Na Igreja há uma vertente que defende
enuncia o Reino de Deus. Chamam também projeto de Deus. Mas esta tem
pavor de que neste reino haja um REI. Rei eterno, rei para todos os séculos e
que Reine sobre papas, bispos, padres e chefes de Estado e governos.
Verdadeiro Senhor das nações, Para este grupo o Reino de Deus tem algo comum
que riqueza para todos, liberdade absoluta para todos, crença igual para todos,
porque todas as religiões são verdadeiras ou afinal de contas não levam a nada
mesmo e servem apenas para nos consolar neste mundo de dores e que o homem seja
o fim ultimo o absoluto de todas as suas ações. Conhecedores por si mesmo
do bem e do mal. Na verdade, querem o Reino do homem sobre o homem e livre da
lei de Deus. Distorcem as palavras de Jesus, que pregou o amor ENTRE OS
CRISTÃOS e entendem que este amor é para os que desobedecem a lei de Deus, para
os abortistas, para os que querem o fim da família pelo sexo livre, pelo
divorcio, pela promiscuidade sexual. Que ao final de contas todos os deuses são
bons e bem-vindos. Este não é o reino de Deus e nunca foi isto que o
Espírito disse às Igrejas. Na verdade o Espírito diz sempre à Igreja: "Vem
Senhor Jesus." É este o brado da Igreja, esposa de Cristo que como
Santa Joana d´Arc ,tem a missão de anunciar e conduzir os povos a Cristo reis
dos Reis.
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