Diante de um filho de carpinteiro e de
uma simples dona de casa, no decorrer da história ocidental, se ajoelharam reis
e generais, ricos e poderosos. Sua imagem dominou em riquíssimos palácios e a
frente de grandes exércitos e não só nos templos cristãos. E porque homens tão ciosos
de seu poder e riquezas adoram um simples carpinteiro? Creio que se voltassem
no tempo e encontrasse Jesus na oficina de Nazaré, sujo de pó da madeira, suado
e cansado com o trabalho, perguntariam se realmente este seria digno de tanta
adoração. Pois veriam um homem comum entre tantos outros. E de uma condição
social muito inferior aos poderosos da época dele.
Mas o motivo desta adoração é que este
carpinteiro de Nazaré é reconhecido como o próprio Deus entre os homens. E nada
mais próximo a uma divindade do que os reis, os nobres, os que mantêm o poder.
No decorrer da historia humana os reis eram considerados como filhos ou representantes
dos deuses. Por isto eles não se sentem humilhados em prostrar-se perante a
imagem de um crucificado Jesus é o Deus
Todo-poderoso. Sua historia entre os homens como um simples operário é quase
com que acidental. Uma espécie de disfarce. De modo que sua condição social de
pobre entre os pobres é como que deixada de lado e vista apenas como uma mostra
de extrema humildade do mais rico dentre os homens. É por isto que para estas
pessoas adorar um Deus que se fez pobre, e ao mesmo tempo, ser indiferente à pobreza ou
até mesmo despreza-la, não há nenhuma
contradição. Eles só conseguem ver o Deus
que se fez homem sempre rico e o homem que era Deus mesmo quando pobre.
Mas é justamente por sua condição
humilde e despojada que Jesus mostra todo seu triunfo. Ele supera as divisões
sociais e une ao mesmo tempo, pobres e ricos perante sua pessoa. Porque por sua
pobreza os pobres com ele se identificam. E por sua divindade os ricos também
se identificam com ele. Porém, para os
ricos existe uma reflexão que estes se esquecem de fazer. Porque o Filho de Deus
quis vir ao mundo como um pobre entre os mais pobres? Até mesmo vivendo numa
cidade de má fama como Nazaré? Se Ele poderia
ter vindo ao mundo como filho de reis? E ninguém se justifique afirmando que
Jesus eram descendente do Rei Davi,
porque descendentes de Davi na época de
Jesus era tão comum com ter o sobrenome Silva nos dias de hoje,. E, além disto, havia
descendentes de Davi ricos e pobres. O
motivo é que Jesus realmente quis compartilhar
do sofrimento e da dura situação dos que nada possuem. Ele quis se identificar
com os mais pobres, com os desprezados, como os rejeitados pela sociedade. Mas
nunca negou sua condição superior apesar de sua origem humilde Mostrando-se
como de fato é, O filho de Deus entre os pobres; atraiu para si pobres e ricos
e nos deu uma grande lição de humildade que os ricos ainda precisam aprender.
Os pobres são Filhos de Deus e a pobreza não é razão para a indiferença e
desprezo de um nenhum ser humano por
outro. O pobre é tão nobre com qualquer outro nobre de nascimento, ou até mais,
porque o Filho de Deus quis se fazer pobre como um deles. E desta forma tornou real sua profecia. Atraiu todos a ele e fez o maior prodígio
social da história. Ter pobres e ricos ajoelhados perante a imagem de um carpinteiro
crucificado.
Olá,
ResponderExcluirtenho um blog sobre a historicidade de Jesus:
http://quem-escreveu-torto.blogspot.pt
Obrigado