sábado, 8 de março de 2014

O Triunfo de Cristo

"EU, QUANDO FOR LEVANTADO DA TERRA, TODOS ATRAIREI A MIM..."

 

         Diante de um filho de carpinteiro e de uma simples dona de casa, no decorrer da história ocidental, se ajoelharam reis e generais, ricos e poderosos. Sua imagem dominou em riquíssimos palácios e a frente de grandes exércitos e não só nos templos cristãos. E porque homens tão ciosos de seu poder e riquezas adoram um simples carpinteiro? Creio que se voltassem no tempo e encontrasse Jesus na oficina de Nazaré, sujo de pó da madeira, suado e cansado com o trabalho, perguntariam se realmente este seria digno de tanta adoração. Pois veriam um homem comum entre tantos outros. E de uma condição social muito inferior aos poderosos da época dele.
         Mas o motivo desta adoração é que este carpinteiro de Nazaré é reconhecido como o próprio Deus entre os homens. E nada mais próximo a uma divindade do que os reis, os nobres, os que mantêm o poder. No decorrer da historia humana os reis eram considerados como filhos ou representantes dos deuses. Por isto eles não se sentem humilhados em prostrar-se perante a imagem de um  crucificado Jesus é o Deus Todo-poderoso. Sua historia entre os homens como um simples operário é quase com que acidental. Uma espécie de disfarce. De modo que sua condição social de pobre entre os pobres é como que deixada de lado e vista apenas como uma mostra de extrema humildade do mais rico dentre os homens. É por isto que para estas pessoas adorar um Deus que se fez pobre,  e ao mesmo tempo, ser indiferente à pobreza ou até mesmo despreza-la,  não há nenhuma contradição.  Eles só conseguem ver o Deus que se fez homem sempre rico e o homem que era Deus mesmo quando pobre.

         Mas é justamente por sua condição humilde e despojada que Jesus mostra todo seu triunfo. Ele supera as divisões sociais e une ao mesmo tempo, pobres e ricos perante sua pessoa. Porque por sua pobreza os pobres com ele se identificam. E por sua divindade os ricos também se identificam com ele. Porém,  para os ricos existe uma reflexão que estes se esquecem de fazer. Porque o Filho de Deus quis vir ao mundo como um pobre entre os mais pobres? Até mesmo vivendo numa cidade de má fama como Nazaré? Se Ele  poderia ter vindo ao mundo como filho de reis? E ninguém se justifique afirmando que Jesus eram descendente do Rei  Davi, porque descendentes de  Davi na época de Jesus era tão comum com ter o sobrenome Silva  nos dias de hoje,. E, além disto, havia descendentes de Davi ricos e pobres.  O motivo é  que Jesus realmente quis compartilhar do sofrimento e da dura situação dos que nada possuem. Ele quis se identificar com os mais pobres, com os desprezados, como os rejeitados pela sociedade. Mas nunca negou sua condição superior apesar de sua origem humilde Mostrando-se como de fato é, O filho de Deus entre os pobres; atraiu para si pobres e ricos e nos deu uma grande lição de humildade que os ricos ainda precisam aprender. Os pobres são Filhos de Deus e a pobreza não é razão para a indiferença e desprezo de um nenhum  ser humano por outro. O pobre é tão nobre com qualquer outro nobre de nascimento, ou até mais, porque o Filho de Deus quis se fazer pobre como um deles. E desta forma  tornou real sua  profecia. Atraiu todos a ele e fez o maior prodígio social da história. Ter pobres e ricos ajoelhados perante a imagem de um carpinteiro crucificado.

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