sábado, 12 de novembro de 2011

A JUSTIFICAÇÃO E A SALVAÇÃO

by on 15:20
Há que considerar dois aspectos em relação à nossa Salvação. O primeiro aspecto, denominada nas escrituras de justificação, significa passar do estado de pecado, para o de inocência e santidade. Também este chamado muitas vezes de salvação por Cristo e nas cartas de São Paulo. "Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado." Ev. De S. Marcos 15, 16. Hb. 9,28; 1Ts 5,9.  E o outro aspecto é da salvação das penas do inferno e participar da vida eterna. Uma vez inocentando e revestido da graça, tornar-se necessário renunciar ao mau e perseverar até o fim na pratica do bem. Este aspecto inclui o julgamento pessoal e universal ao fim dos tempos. A base para este julgamento é a pratica das obras. Obras que salvam os justificados e condenam os que não a praticam. Jesus ilustra o julgamento citando as obras de Misericórdia em são Mateus 25, 31-46. Por isto o mesmo Jesus afirma: "Quando vier o Filho do Homem retribuirá cada um segundo as suas obras." Ev. de S. Mateus 16, 27.
            Na justificação não contam as boas obras anteriores que praticamos. Todas estas obras feitas sob o pecado são nulas diante de Deus. Somo justificados unicamente pela fé, dada por Deus e pela Graça merecida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Rm 3, 21-24. Porem, uma vez justificados, libertados do reino das trevas, e levados para o reino do Filho bem amado, é nossa obrigação obedecer à fé. E esta obediência se manifesta pela pratica das boas obras, pois todo aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz este peca. São Tiago 4, 17."Aquele pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado." 
A fé por si mesma não produz as boas obras. Abre caminho para estas.  Jesus compara este dom inicial, (a fé) não merecido, com os talentos ou o  dinheiro que um rico deu aos seus servos ao partir. Na volta ele quis receber além do seu dinheiro, os juros, embora não tenha dito aos servos que fizesse o seu dinheiro render. E puniu aquele que se limitou apenas a guardar o talento para si mesmo e devolve-lo ao Senhor. Ev. de S. Mateus  25, 14-30.  Age assim todos os que dizem que foram salvos mediante só a fé em Cristo, mas se omitem em relação ao amor ao próximo, pois é pelo amor que praticamos todos os mandamentos, principalmente os que se relacionam ao bem dos outros. Romanos 13,10. São Paulo  também diz que o julgamento se fará de acordo com as obras e que tantos judeus como gregos serão julgados pelo que praticaram enquanto estavam no corpo. Rm 2, 6-11. Como sempre ensinou a Igreja, a fé é a adesão do intelecto e da vontade a uma verdade revelada. Temos no evangelho exemplo de um ato de fé na pergunta de Jesus ao cego de nascença "Sou eu que falo contigo. Crês nisto?" "Creio Senhor." Ev. de S. João 9, 35-38. E na resposta do beneficiado com o milagre. Creio Senhor.  Mas quem crer pode se omitir ou deixar que esta fé fique sem obras e desta forma ela acabe morrendo, pois a fé sem as obras é morta em si mesma. São Tiago 2,17.  Na verdade é muita mais evidente se provar a fé pelas obras do que sem estas. Embora muitos haja que sem crer em Cristo  sejam capazes de fazer algum bem. No entanto, estes literalmente, são conduzidos por Deus a fé em Cristo, como foi no caso de Cornélio Atos 10,1-8;  aqueles que sem culpa morrem ignorando a justificação pela morte de Cristo e não são batizados,  são salvos também por meio de Cristo, já que ele morreu por todos. Em resumo, estes são salvos, pela obediência à lei natural inscrita em seus corações. De modo que a lei da Graça não exclui a Graça da Lei e nem muito menos nos libera de fazer boas obras.  E também fica claro que sem obras anularíamos o julgamento de Deus, pois é da justiça dar a cada um conforme o seu comportamento. Ora se bastasse apenas a fé, Deus seria injusto para com aqueles que buscando a verdade, na sinceridade de seu coração fizeram o bem, pois não  poderiam salvar-se, se Deus não considerasse suas obras,  já que sem  culpa nunca ouviram falar de Cristo. O julgamento pelas obras alcança tantos os pagãos nascidos antes e durante a vida de Cristo, na terra, como os nascidos após esta. Por isto a doutrina correta da Igreja é esta: Somos justificados, ou inocentados do pecado, mediante a fé e  a graça (Justificação)  e  somos salvos das penas eternas no inferno  e julgados, conforme as nossas obras, feitas em estado de graça. (Terceiro Catecismo da doutrina Cristã de São Pio X..  Da Fé 860 a 864.)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

FUNDAMENTOS DA VIDA CATÓLICA

by on 15:47
O Verdadeiro católico precisa saber primeiramente que há uma só Igreja, fundada por Cristo, desde o tempo dos 12 apóstolos até os nosso dias, e que os mesmos apóstolos deixaram legítimos sucessores, nos bispos liderados pelo Bispo de Roma, sucessor da primazia apostólica entre os apóstolos, do apóstolo São Pedro. Professa apenas um batismo, sacramento pelo qual se torna livre do pecado Original, é  feito filho de Deus por adoção mediante o  Espirito Santo, irmão de Cristo Jesus, único salvador.

Deve fundamentar a sua vida católica:
1. Na oração pessoal diária;
2.Na participação com as devidas disposições na Divina litrugia Eucarística ou santa Missa;
3.Na comunhão frequente;
4.Na confissão regular ou pelo menos uma vez a cada ano  como manda a Igreja.
5.Deve proceder na sociedade obedecendo aos dez mandamentos da lei de Deus e da Igreja; Exercendo para como os irmãos na fé os necessitados, as obras de misericórdia materias e espirituais.

Eis o que é essencial todo católico saber e praticar. Fazendo isto a cada dia pode também e até é muito útil escolher um grupo ou movimento com o qual esteja identificado para receber o apoio de outros irmãos na fé católica, já que esta, por ter muitos membros apenas de nome, deixa  muito isolado quem se determina a seguir o catolicíssimo fielmente., sempre ciente de que é primeiramente católico  e só depois beneditino, mariano, Carismático ou franciscano alem  de outros movimentos ou espiritualidades. Ser católico sincero e ciente é o bastante e  o fundamental.

domingo, 6 de novembro de 2011

O VALOR DO BATISMO

by on 16:20
FOI NESTE DIA QUE EU NASCI!

O dia de nosso batismo deveria ser recordado todos os anos. Este dia é muito mais importante do que o dia do nosso aniversário  Porque se pelo nascimento na carne herdamos o pecado, o  aniversário nos traz a morte;    pelo batismo nascemos de novo, não da carne e do sangue, mas do Espírito e nascemos para uma vida que nunca mias acaba. Pelo batismo fomos sepultados como Cristo para o pecado e nascemos para a vida da Graça. Sem o batismo, que Cristo nos trouxe por sua morte e ressurreição melhor é que nem se quer tivéssemos nascido.
Eu rendo Graças a Deus mil vezes mais pelo meu batismo do que pelo dia do meu aniversário. Foi neste dia que fui lavado na água sinal do Espírito Santo, que me lavou do pecado e me retirou do império das trevas para me conduzir ao Reino do filho muito amado no qual todos nós temos a redenção e remissão dos pecados. 
São Luis de França dizia sempre, que preferia assinar  Luis de  Poissy,  porque dignidade maior recebera na cidade em que nascera e fora batizado.. E Santa Joana d´Arc afirmou muitas vezes. "Sou boa Cristã. Fui bem batizada."
Recordar o nosso batismo é reassumir o compromisso de crer em Cristo Jesus, renunciar ao demônio e perseverar no pratica do bem. Por isso peço a todos que visitam este blog que rezem por mim neste dia,  para que eu seja sempre fiel as promessas do meu batismo. É o maior e melhor presente que receberei. Vossas orações.
A minha alma engrandece o Senhor, exulta o meu espírito em Deus, o meu salvador, pelo santo batismo que me concedeu. Gloria a ti Jesus que me lavastes em meu batismo do pecado original. Dai-me sempre estar em vossa graça e se por infelicidade eu perde-la em alguma ocasião, dai-me o dom do arrependimento e o sincero desejo da confissão para reencontra-la. Santa Mãe de Deus que és minha mãe, rogai por mim todos os dias, até o dia da minha morte. Amem.!

sábado, 5 de novembro de 2011

LIVRO SOBRE SANTA JOANA D´ARC PREFÁCIO

by on 15:31


Uma donzela de 19 anos enche da admiração a quantos apreciam a verdadeira grandeza humana. Não é nenhuma  "estrela" do cinema que, talvez sem personalidade própria, só sabe representar outras personagens. Joana d'Arc, a Donzela ou Virgem de Orléans, não representou, mas viveu seu próprio drama no qual, inabalável e invicta, foi  merecedora de glória imortal.
Três coroas cingem-lhe a fronte:
A primeira, tecida de louro, galardoa a guerreira intrépida e vitoriosa. Somente nas lendas se viu semelhante coroa  na cabeça de uma mulher.
A segunda coroa, composta de palmas, é o premio da mártir, da inocência perseguida, caluniada, maltratada e  sacrificada na horrenda fogueira.
Finalmente a terceira coroa, de intacta alvura, ostenta os lírios imortais da virgindade.
            Uma glória tão genuína da Igreja Católica não devia permanecer no esquecimento que injustamente a cobria  durante séculos. No século passado a França se lembrou de sua salvadora. Muito contribuiu para este ressurgimento a edição dos processos de condenação e reabilitação, feita em 1841-49, em 5 volumes, por J. Quicherat. Uma nova edição em 2 volumes apareceu em 1920. No mesmo ano uma lei elevou o aniversário da morte de Joana d'Arc — 30 de maio — a festa nacional.
            A cidade de Orléans e o Episcopado francês esforçaram-se por honrar, tornar conhecida e levar à honra dos altares a virgem mártir. Apareceram artigos, geralmente sobre questões litigiosas, e biografias, constituindo farta  literatura. Sua vida e sorte tão extraordinárias empolgaram também os poetas, que, com  maior ou menor  fidelidade histórica, cantaram seu louvor. Citemos: Shakespeare (em Henrique VI), Voltaire, Schiller, Shaw,  Claudel.
            No Brasil Joana d'Arc já não é uma desconhecida. Em 1920, ano da canonização, os salesianos de Niterói editaram  uma resumida Vida de Santa Joana d'Arc. Em 1935 o escritor gaúcho Érico Veríssimo contou de modo ameno a sua vida. O autor reproduz bem o ambiente histórico, confundindo e misturando, porém verdade e lenda.[...] A finalidade desta brochura é  tornar conhecida a vida extraordinária da virgem guerreira e mártir e esclarecer dividas, suscitadas pelo influxo sobrenatural, orientador de seu comportamento, e pelo processo escandaloso instruído por pessoas eclesiásticas, em parte enganadas, em parte francamente indignas. A apoteose da solene reabilitação em 1456 e a canonização em nossos dias — 1920 — esclarece a verdadeira posição e mente da Igreja Católica. Infelizmente, a propaganda anticatólica dos nossos protestantes, espíritas e maçons pretendo tirar da heroína de Orléans argumentos contra a Igreja Católica. Esta a razão por que inserimos o livrinho entre os cadernos "Vozes em Defesa da Fé".



Uma donzela de 19 anos enche da admiração a quantos apreciam a verdadeira grandeza humana. Não é nenhuma  "estrela" do cinema que, talvez sem personalidade própria, só sabe representar outras personagens. Joana d'Arc, a Donzela ou Virgem de Orléans, não representou, mas viveu seu próprio drama no qual, inabalável e invicta, foi  merecedora de glória imortal.
Três coroas cingem-lhe a fronte:
A primeira, tecida de louro, galardoa a guerreira intrépida e vitoriosa. Somente nas lendas se viu semelhante coroa  na cabeça de uma mulher.
A segunda coroa, composta de palmas, é o premio da mártir, da inocência perseguida, caluniada, maltratada e  sacrificada na horrenda fogueira.
Finalmente a terceira coroa, de intacta alvura, ostenta os lírios imortais da virgindade.
            Uma glória tão genuína da Igreja Católica não devia permanecer no esquecimento que injustamente a cobria  durante séculos. No século passado a França se lembrou de sua salvadora. Muito contribuiu para este ressurgimento a edição dos processos de condenação e reabilitação, feita em 1841-49, em 5 volumes, por J. Quicherat. Uma nova edição em 2 volumes apareceu em 1920. No mesmo ano uma lei elevou o aniversário da morte de Joana d'Arc — 30 de maio — a festa nacional.
            A cidade de Orléans e o Episcopado francês esforçaram-se por honrar, tornar conhecida e levar à honra dos altares a virgem mártir. Apareceram artigos, geralmente sobre questões litigiosas, e biografias, constituindo farta  literatura. Sua vida e sorte tão extraordinárias empolgaram também os poetas, que, com  maior ou menor  fidelidade histórica, cantaram seu louvor. Citemos: Shakespeare (em Henrique VI), Voltaire, Schiller, Shaw,  Claudel.
            No Brasil Joana d'Arc já não é uma desconhecida. Em 1920, ano da canonização, os salesianos de Niterói editaram  uma resumida Vida de Santa Joana d'Arc. Em 1935 o escritor gaúcho Érico Veríssimo contou de modo ameno a sua vida. O autor reproduz bem o ambiente histórico, confundindo e misturando, porém verdade e lenda.[...] A finalidade desta brochura é  tornar conhecida a vida extraordinária da virgem guerreira e mártir e esclarecer dividas, suscitadas pelo influxo sobrenatural, orientador de seu comportamento, e pelo processo escandaloso instruído por pessoas eclesiásticas, em parte enganadas, em parte francamente indignas. A apoteose da solene reabilitação em 1456 e a canonização em nossos dias — 1920 — esclarece a verdadeira posição e mente da Igreja Católica. Infelizmente, a propaganda anticatólica dos nossos protestantes, espíritas e maçons pretendo tirar da heroína de Orléans argumentos contra a Igreja Católica. Esta a razão por que inserimos o livrinho entre os cadernos "Vozes em Defesa da Fé".

SERMÃO NA FESTA DE CRISTO REI DE 2011 DO PE ARDERSON

by on 11:29

No Santo Evangelho, Pilatos pergunta a Nosso Senhor: Tu és Rei? Esta é a pergunta que muitos ainda fazem e nós devemos agora anunciar publicamente: nós acreditamos no reinado de Cristo. Como é óbvio, acreditamos que este reinado não pertence só às almas individualmente tomadas, mas a todo o conjunto das almas e à sociedade inteira. A Nosso Senhor vimos também aqui pedir a paz. Se queremos a paz no mundo, devemos recorrer ao Príncipe da Paz. É a ele que deve ser pedida a paz, em seu nome está a paz, no sangue derramado na Cruz está a paz: a verdadeira e única paz. Para que os povos do mundo encontrem a paz, necessitam encontrar Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, também proclamamos que para que o mundo veja a paz, o mundo necessita converter-se a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é rei, e como rei tem direito de reinar nas almas individualmente tomadas. O seu reino, obviamente, é um reino espiritual. Não é um reino deste mundo, mas não significa que não deva reinar neste mundo. É um reino espiritual porque sua origem não vem desta terra. Seu poder e o direito de reinar vêm do Padre Eterno. Ele deve reinar nas almas, quando as almas convertidas (…) a Ele encontram-se com a Verdadeira doutrina – A Verdadeira Doutrina – e são batizadas. Quando as almas recebem a graça do Santo Batismo, passam a pertencer ao reino da paz, passam a pertencer ao Rei de Paz. Diariamente o Senhor e Rei da Paz é imolado incruentamente nos altares do mundo. Por isso, amamos também a Santa Missa. Para estender o reinado da paz, o reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, a missa – esta Missa que está sendo celebrada – deve estender-se cada vez mais aos altares do mundo inteiro, aos antigos altares de tantas e belas igrejas que se tornaram porta-flores e guarda-pó. Estes altares, para que o mundo tenha paz, devem ser ressuscitados e restaurados. Ali o Senhor deve novamente ser imolado. E em todas as outras igrejas no mundo esta missa deve ser estendida. Aos pés do Cristo Redentor, imploramos do Senhor que esta missa – A Missa, A Missa… – se estenda cada vez mais nos altares do Brasil e do mundo. Que os sacerdotes queiram celebrá-la. Que os fiéis a amem, implorando, se for necessário, que os sacerdotes a celebrem. Nosso Senhor quer reinar na alma, nas almas, e reina quando uma alma pecadora ajoelhada implora o perdão ao sacerdote, e ali, pela voz e pelas mãos do sacerdote, que diz + Ego te absolvo, volta a reinar a paz na alma. Não pode haver paz longe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não pode haver paz no pecado. Por isso, o anúncio da paz, e a petição da paz, deve ser o anúncio da conversão. “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Nosso Senhor quer reinar nas almas, mas não tomadas somente individualmente. Ele quer reinar nas famílias. As famílias necessitam de Nosso Senhor… as famílias necessitam de Nosso Senhor para educar seus filhos na Fé; para manterem-se fiéis os esposos; para não cederem facilmente à tentação do adultério e do divórcio, esta praga que destruindo os lares, também vai destruindo (…) muitos dos nossos adolescentes e jovens. Mas Nosso Senhor, como é rei, deve reinar também nos estados, na sociedade inteira. O Papa Pio XI, quando proclamou a festa de Cristo Rei com a sua encíclica Quas Primas… Ah, encíclica Quas Primas… como deveria ser ela novamente lida, meditada, retomada, ensinada e acreditada nos dias de hoje. Nosso Senhor deve reinar também na sociedade. As leis das nações devem obedecer a Nosso Senhor Jesus Cristo. Outrora, 80 anos atrás, católicos fiéis, acreditando no reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo também na sociedade, ergueram este magnífico monumento, que é uma proclamação de Fé para o mundo inteiro de que Jesus Cristo é rei e deve reinar. Hoje, querem tirar os crucifixos dos ambientes públicos… hoje, querem arrancar qualquer vestígio da presença e do reinado de Nosso Senhor na sociedade. Os parlamentos das nações, como diz o Salmo 2º, orquestram coisas contra Deus e o Seu Cristo. As leis que destroem as famílias, as leis que destroem a juventude, embebida de um liberalismo, de uma naturalismo tal que infectou as fileiras católicas. O liberalismo, que coloca a liberdade individual acima da verdade; o naturalismo que esquece a graça de Deus e a luta que o inferno trava contra o céu para arrancar as almas, e os discursos, mesmo daqueles que deveriam guiar as almas, é sempre, ou quase sempre, um discurso liberal e naturalista. Não se fala do pecado, não se fala da graça, não se fala do reinado de Cristo nas almas; se fala de pluralismo, de sociedade plural, de liberdade… de liberdade religiosa. Nós aqui professamos a Fé em Cristo Rei, que deve reinar na sociedade. É possível e é real. Enquanto muitos trabalham contra a descristianização da sociedade, cada um dos que estamos aqui, professando a Fé em Deus e em Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos trabalhar pela re-cristianização da sociedade, como dizia o Papa São Pio X – o grande São Pio X – em sua encíclica Notre Charge Apostolique, quando condenando o movimento Sillon, que havia sido primeiramente aprovado pela Igreja e havia feito inicialmente um bem aparente pela Igreja, demonstrou que ia por caminhos opostos ao reinado social. Queria uma paz quimérica na sociedade, uma paz no mundo onde fosse possível, acreditava e acreditam muitos hoje, conviver a cidade de Deus e a cidade dos homens, como se existisse uma cidade neutral. Não há possibilidade de neutralidade: ou a cidade, entenda-se a sociedade, a civilização, é cristã, ou a sociedade pertence a Deus, ou pertencerá ao demônio. Ele reinará na sociedade, como já está fazendo nas almas. São Pio X dizia que não há de se buscar uma nova civilização, uma nova cultura do pluralismo, não. A cidade que Deus quis já existiu e existe: é a civilização cristã, é a cidade Católica. A nossa missão é reconstruí-la das ruínas que se encontra nos dias de hoje. Reconstruí-la, reedificá-la com Deus, em Deus e para Deus.  A sociedade deve voltar a Deus. Mas muitos, também na Igreja, nos últimos cinqüenta anos especialmente, acreditam ser possível construir uma cidade, dizem, vitalmente cristã, sem que seja oficialmente cristã. Dizem que não é mais necessário que a sociedade seja confessional, que publicamente a civilização dê culto a Deus; basta que as almas sejam cristãs e a sociedade será cristã. É bonito, mas utópico. Como podemos esperar que uma sociedade seja vitalmente cristã se nossas crianças, adolescentes e jovens, já são metidos numa sociedade brutalmente anti-cristã na escola, em casa, com os programas de televisão, etc, etc…? Como é possível acreditar numa sociedade vitalmente cristã, onde os símbolos religiosos serão arrancados da sociedade? Já sabiam disso os revolucionários franceses quando criaram a escola pública, a escola laica. Diziam eles: criemos uma escola onde as crianças entrem aqui e passem o dia inteiro, o tempo todo, aprendendo tudo o que é importante para a vida: a língua, matemática, ciências, geografia, história, cultura… mas que nunca se fale de Deus e que eles nunca vejam símbolos religiosos. E não necessitaremos mais fazer discursos ateus, anti e contra de Deus, porque eles verão que tudo é importante, menos Deus. Esta é a sociedade em que estamos vivendo. Por isso, nós devemos levantar bem alto a Cruz de Nosso Senhor para plantá-la como os primeiros evangelizadores nesta terra aqui fizeram. Como os católicos que ergueram este magnífico monumento, que não será destruído por graça de Deus, para manifestar ao Brasil e ao mundo que o Brasil pertence a Deus e que nós somos de Deus. Lutam, se digladiam duas posturas: o laicismo visceral e maçônico, que quer arrancar Deus completamente da sociedade, e a resposta que pretende-se dar ao laicismo é a chamada laicidade. Eles só reclamam da violência contra a religião, mas acreditam que pode haver na sociedade um pluralismo tal que não seja anti-religioso e que convivamos todos muito bem e todos juntos… algo utópico que não conseguiu nem nos países mais católicos, vide Itália, Espanha e Portugal, proibir o aborto, por exemplo. Nós aqui manifestamos nossa Fé em Cristo Rei e por isso afirmamos: nem laicismo, nem laicidade. Acreditamos no reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo nas almas e na sociedade. A sociedade também deve prostrar-se diante de Cristo Rei. O Brasil como um todo deve reconhecer que Cristo é Rei do Brasil. O Brasil foi batizado católico, seu nome para o céu será sempre a Terra de Santa Cruz. Nesta Terra de Santa Cruz manifestamos com ardor nosso amor a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Nossa Senhora Rainha do Brasil. Ela também quis ser a padroeira, protetora e soberana desta nação, quando quis ser encontrada naquela primeira imagem no fundo do Rio Paraíba. Que Ela reine em nossas almas também, nas nossas famílias e na nossa nação. Que a partir de hoje o grito de “Viva Cristo Rei”, que fez muitos mártires, volte a estar nos lábios dos católicos brasileiros. Que nós lutemos, rezemos e trabalhemos pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo nas almas e na sociedade por inteiro, cada um na vocação a que foi chamado, lutando, sem descansar, para que Cristo reine. Mesmo que víssemos diante de nós o Anti-Cristo surgir com seu reino diante do mundo inteiro, nós não dobraríamos nosso joelho diante dele e proclamaríamos até o fim que Cristo é rei e deve reinar, ainda que sucumbam pastores, ainda que sucumbam aqueles que devem governar e ensinar ao povo o caminho correto, nós todos não sucumbiremos se formos fiéis e implorarmos a Deus esta graça. Que esta peregrinação não seja a única, mas a primeira de muitas, para proclamar ao Brasil e ao mundo que Nosso Senhor é Rei. Que do alto desta colina do Corcovado o Brasil inteiro volte a redescobrir sua missão. O Brasil nasceu católico, é católico e só fielmente será aquilo que Deus quer que ele seja para o mundo inteiro se permanecer fiel à sua vocação batismal e ser de Deus e para Deus. Que a Virgem Santíssima, Nossa Senhora  da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, proteja cada um de nós contra os ataques infernais que não querem que Nosso Senhor reine e que querem confundir as almas com tantas doutrinas novas e sedutoras como o canto da sereia. Mas nós queremos ficar com a doutrina tradicional de Cristo Rei, com a Missa Tradicional, o Sacrifício do Senhor. Amém
Sermão do PE.  Anderson Batista da Silva.
Festa de Cristo-Rei Calendário litúrgico Antigo
30/10/011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

REZAR PELOS MORTOS

by on 16:57



REZAR PELOS QUE MORRERAM
            Hoje não se reza mais pelos mortos. Homenageiam-se os mortos. Se pensa sobre o que estes fizeram na terra, mas não o que  ainda podemos fazer por eles depois da morte. A Crença católica desde os tempos mais primitivos foi de que nós, os vivos poderiam ajudar os mortos com nossas orações, para que o mais depressa possível, pudessem livrar-se de seu sofrimento espiritual, devido as penas adquiridas com seus pecados. Pois São Paulo mesmo disse: “O que o homem semear, isto também colherá.” ( Gálatas 6, 7) referindo-se as consequências de nossos atos.
            A maioria dos cristãos e de todos os seres humanos não são puros o bastante para ir ao céu e nem tão maus o suficiente para ir para o inferno logo após a morte. E Deus que é suma misericórdia, também é suma justiça. Perdoa a todos, mas não permitiria que os que causaram tanto prejuízo e sofrimentos aos outros ficassem sem reparar, de alguma forma o mal que fizeram. Eis a necessidade da existência da “prisão” da qual não sairá até pagar o ultimo centavo, como disse Jesus e como também afirma o apóstolo Paulo.  Se as obras dele se queimarem, ou seja, se não foram consistentes o bastante, se uma pessoa assentou suas obras na palha, o que significa que ela  ao fazer o bem procurou mais  ser vista, elogiada, do que  servir a Deus; porém de qualquer forma não  cometeu um pecado de morte;  esta pessoa salvar-se- á mas como que passando pelo fogo. 1Cor 3, 13-15. Ora, sabemos que o fogo do inferno não salva, mas pune e castiga. Então este fogo salvador é de purificação e não de condenação. E a Igreja sabiamente iluminada e guiada pelo Espírito Santo, chama este fogo de purgatório. Purgação  que significa precisamente isto: Purificação.
            Porém muitos padres se tornaram neste aspecto, protestantes. Não falam mais do purgatório. Falam de retorno à casa do Pai. Nem gostam de quem ainda se refere ao purgatório. As missas pelos mortos já celebram a ressurreição final do morto. '“Missa pela ressurreição de Fulano de tal.” Até já ouvi anúncio deste tipo. A pessoa pode ter sido o maior egoísta do mundo, o mais mundano, porém morreu e voltou à casa do Pai. Isto é mera metáfora. É o mesmo que dizer, passou desta para melhor. E como se ao morrer não houvesse mais nada. Ou todos estivessem direto no céu com a mesma glória de um São Francisco de Assis ou de outro grande santo já canonizado.
            Mas a Igreja não revogou o purgatório. (Catecismo da Igreja Católica números: 1030-1031/1052-1054) Teólogos e alguns bispos e padres podem até tê-lo revogado. Mas o purgatório existe e como é necessária a sua existência. Deus é justíssimo. Se não fosse o purgatório todos estaríamos perdidos, pois muitos deixam este mundo cheios de dividas como dizíamos no Pai –Nosso: "Perdoai nossa dívidas." Dividas contraídas com nossos pecados atuais. Mas Deus e Jesus deixaram esta prisão, (1Pd 3,19; Lc. 12, 58-59) que antes estava ocupada com os rebeldes do tempo de Noé e hoje é o estado espiritual dos que morreram não estão livres o suficiente, para a contemplação direta de Deus. E nós podemos ajuda-los da mesma forma como os santos, no céu podem orar por nós. Se na Igreja primitiva se podia até batizar pelos mortos, (1COR 15,29) porque não seria  possível REZAR por eles? Para as almas do purgatório, nos somos os santos da Terra a interceder por elas. Então. O dia finados, não é só para homenagear o passado de um morto. De quem não existe mais na Terra ou nem noutro mundo.  É para nos fazer lembrar o presente de quem morreu. De pedir misericórdia para ele. De REZAR sim, pelos mortos.
Prof. Francisco Silva de Castro
02/11/2011

IMORTALIDADE E RESSURREIÇÃO

by on 09:37
Se os mortos não ressuscitam, Cristo não  Ressuscitou." 1Cor 15,16



            Que Cristo tenha ressuscitado ninguém duvida. Principalmente os mais simples. Afinal Cristo era Deus e puro, sem pecado; Cristo podia ressuscitar. Mas quando dizemos que todos nós iremos ressuscitar,  muitos não acreditam. Pessoas católicas, afirmam com convicção: "Morreu acabou-se." E não é um acabou-se para este mundo. E um acabou-se mesmo. Morte de verdade, pois os mortos deixam de existir. No dia de finados muitos lembram os mortos. Mas a maioria não crer que os mortos estejam conscientes, no céu, nos infernos ou no purgatório. Homenageiam o ser humano que existiu.  A doutrina da Igreja é clara. Logo após a morte teremos um juízo individual e seremos destinados ao estado que nos é Próprio:  Céu, Inferno ou purgatório. Hb.  9 ,27; 2Cor.  5,10.
            Outros acreditam só na mortalidade da alma. Não aceitam que o nosso corpo haverá de ressurgir. Nossa Senhora foi para o céu em corpo e alma, mas era Nossa Senhora, a Imaculada, a mãe de Deus. Um pobre pecador não merece ressuscitar e nem vai para o céu de corpo e alma. Talvez seja por isso que os católicos tenham tanto interesse em aproveitar o máximo esta vida. Eis a crença comum  entre padres e católicos engajados em atividades pastorais.. Em relação à vida futura católicos tem menos convicção do que os espiritas. Estes creem em várias mortes, por causa das inúmeras reencarnações, mas tem uma convicção maior de que a morte não acaba com toda a pessoa. Tanto é que até desejam nega-la chamando a morte de desencarne.
            Eu creio como ensina a Igreja que com a morte sobrevive o essencial componente  da pessoa humana. Aquela parte da pessoa que chamamos de alma. Mas creio que a alma mesmo sendo espiritual não é imortal por ela mesma, como defende Santo Tomás de Aquino. A alma tendo sido criada para um corpo e unida a ele para formar um só ser, pelo pecado original,  também mereceu perecer junto com o corpo. Mas em vista da ressurreição, primeiro de Cristo e depois, por ele e nele, da nossa, a alma sobrevive a morte corporal, para que possa dar ao futuro corpo ressuscitado a forma humana, que ele perde com a morte. Para que esta não seja uma recriação da pessoa falecida, porém verdadeira ressurreição. Para que o novo corpo  ressuscitado por Deus, seja substancialmente idêntico ao corpo destruído pela morte. Sim. A alma é imortalizada no hora da morte. Por isso o apostolo conforme a frase acima diz: “Se os mortos não RESSUSCITAM..,” e não se os  mortos não ressuscitarem.

Ele se referia a primeira ressurreição, que é a da alma. Ap 20, 5-6 antes da segunda ressurreição, que é da pessoa humana. A glória que teremos após a segunda ressurreição é maior do que a da primeira. Porque estaremos completos.  Contemplaremos a Deus como éramos na Terra, em corpo e alma. Seremos iguais a Jesus, o primeiro dentre os homens a ser ressuscitado por Deus. Sim, os mortos logo após a saída deste mundo, recebem uma antecipação da glória futura: os bons no céu e os maus  a punição no inferno  e os marcados pelas penas dos pecados, no purgatório. Como disse São Justino, seria uma grande vantagem para os maus e uma injustiça para os bons  se estes só recebessem  alegria da vida eterna após o juízo final.
            A alma está destinada ao corpo glorioso ressuscitado, E por isto ela não morre com o corpo. Mas é preservada da morte por causa da ressurreição no final dos tempos. O juízo final será uma manifestação pública e completa  pela ressureição material dos corpos,  dos justos e  dos condenados. A alma não é imortal por sua própria natureza, mas por graça de Deus. Mesmo que sem o corpo tenha mais conhecimento de Deus e de sua situação do que quando estava na Terra unida ao corpo. Mas sem duvida sua gloria será bem maior com a ressurreição no ultimo dia, com a ressureição da carne.
            É preciso recuperar a fé em nosso destino final.  A ressurreição e a imortalidade. E com confiança pedir para que nossos parentes e conhecidos, estejam conosco, à  direita do Cristo no grande dia do prazer de Deus. O dia de nossa libertação. O dia da volta gloriosa do Cristo. Amém.

Francisco Silva de Castro
02/11/011
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