sábado, 30 de julho de 2011

COMO EXPLICAR O SILENCIO DAS AUTORIDADES CATÓLICAS FRENTE À APOLOGIA GAY?

by on 15:15
O Problema é que com o escândalo de muitos padres pedófilos, e a grande presença de padres com trajetos e gestos efeminados no clero do Brasil, fica perigoso qualquer autoridade da Igreja atacar de frente a agenda gay. Estes não deixariam passar em branco nenhum mínimo deslize de um padre,o mais desconhecido, em referencia à sua vida sexual. Neste ponto, pastores,  como senhores casados e pais de família, estão menos acessíveis ao patrulhamento moral. Mas fiquem sabendo que entre os evangélicos, há igrejas que realizam casamentos gays como a Igreja da Comunidade Metropolitana e a Igreja Cristã Contemporânea, cujo o pastor é casado com outro.. E estes, tem a mesma Bíblia que os outros evangélicos, como única e suficiente regra de fé mas  entendendo à maneira deles, as passagens contrarias aos atos sexuais com o mesmo sexo. Nada mas coerente, já que para o protestantismo a autoridade máxima da Bíblia é o próprio crente, embora insistam em dizer que é o Espírito Santo. O que jamais seria possível, pois o Espírito Santo nunca poderia ensinar contraditoriamente, afirmando ser pecado o atos sexuais com o mesmo sexo para um igreja,  e para outra não o ser.


A maneira correta de lidar com a questão da homossexualidade e uni-la à santidade do corpo. É chamar a atenção para dois pontos essenciais: A Sacralidade e santidade do corpo, templo do Espírito Santo e  a gravidade do pecado que é a corrupção da alma que traz  como conseqüência a morte eterna.O mesmo estrago que um câncer faz num corpo físico, o pecado faz na alma, ao ponto de não mais haver  recuperação. Jesus diz que há atos e pensamentos que nos tornam impuros e entre estes cita prostituição e impurezas. Alerta que serve para gays e heteros. O nosso Corpo foi criado para a santidade diz São Paulo e não para a imoralidade. Isto os padres deveriam pregar, insistir e anuncia, sem o menor perigo de ver escancarados os escândalos de padres  que permitiram ser ordenados sem uma justa avaliação de sua vocação e sinceridade na fé.   Fazendo isto, ou seja ordenando, pessoas sem piedade verdadeira para viver na castidade criaram para si um laço que se não forem prudentes pode voltar-se contra eles, e ao mesmo tempo torna-los culpados de omissão, frente a apologia gay cada vez mais intensa.


O OBJETIVO MAIOR E UNICO NECESSÁRIO

by on 09:15
Encerrado o mês de julho, rico em festas litúrgicas, pois é o mês da memória de São Bento, da Rainha do Carmo, a Santíssima Virgem Maria, dos Santo avós do Cristo, Santa Ana e São Joaquim, de Santa Maria Madalena e de Santa Marta, alem do grande missionário e defensor da fé Santa Inácio de Loyola, cuja a memória é celebrada no dia 31 deste mês, encontrei na Regra de São Bento o ponto de unidade que uniram estas pessoas de Deus. Citando os instrumentos das boas obras em sua Regra São Bento indica que um deles é este:
"Desejar a Vida Eterna com toda a cobiça espiritual."  RB 14, 46.
Não foi a isto que se dedicaram, renunciando as glórias mundanas, a fama e  ao poder, estes que foram citados acima? Cobiçaram com pureza de espírito a Vida eterna porque para estes só importava a glória de Deus.  Muitos há que pensam que desejar salvar-se ou ir para o céu é presunção ou orgulho. De forma alguma. Seria presunção se desejássemos a salvação sem cumprir com os meios necessários para alcança-la, permanecendo numa vida pecaminosa, confiando na misericordiosa de Deus, que é sim , infinita, mais nunca injusta; quiséssemos a vida eterna usufruindo de toda a glória desta vida. Afinal não foi para isto que fomos criados? Sim, fomos criados para a Vida Eterna, para possuir a Deus, contempla-lo e compartilhar de sua glória. 
Jesus afirmou no Santo Evangelho que por ocasião de sua volta não encontraria fé sobre a terra. Porém, vivemos numa época de um despertar imenso de religiosidade. Na Igreja, fervilham movimentos, padres, leigos e escritores que anunciam a "fé," gravam musicas  destinadas a louvor a Deus; fazem shows, divulga-se a palavra de Deus na televisão, na internet. Mas será esta a verdadeira expressão da Fé? Era à esta fé que Jesus estava se referindo? Quando servir a Jesus implica em glória perante o mundo, em fama e reconhecimento, em comércio das coisas sagradas, estamos perante a religiosidade e a crendice, mas não diante da fé que Jesus descreve como a que leva a  abandonar tudo, vender tudo, para conquistar o único tesouro, expressa nas parábolas do Reino. A prova de que uma vocação é autentica é se  aquele que a seguiu perdeu alguma  vantagem perante o mundo. Na vida dos santos percebemos isto. Eles abandonaram ou foram abandonados pelas familias e amigos, incompreendidos pelos irmãos na fé; muitos renunciaram ao dinheiro e poder no mundo e assumirem uma vida de necessidades.

Hoje percebe-se o contrario. Por causa da religiosidade ou sede de Deus de muitos, proliferam bandas religiosas e cantores que adquirem fama e dinheiro. Há milhares de  lojas de artigos religiosos e autores que vendem  muitos livros, cujo a temática aborda desde espiritualidade até auto-ajuda. Parece que estamos no século da fé. De certa forma estes já  recebem neste mundo a glória, a fama, a admiração de todos. Mas o objetivo maior, o único, pelo qual  vale pena viver é um só: Cobiçar a vida Eterna espiritualmente, como bem escreveu São Bento. E ele mesmo nunca quis aparecer, mostrar-se ao mundo. Mas como sua luz, pelo amor que tinha a Deus,   era intensa, trouxe para si outros, que renunciando ao mundo, desejavam a vida eterna com toda cobiça espiritual. Para estes a fama, poder, dinheiro, até mesmo a e evangelização de massa, se os colocassem em destaque, mas do que o mesmo Evangelho   era renunciado. Foram capazes de perder tudo que de bom o mundo oferece para visar o único necessário: A vida eterna.
Creio estarmos vivendo o que Jesus anunciou. Não há mais no mundo de hoje a fé fervorosa e até aparentemente louca da Igreja dos santos e dos mártires. Há sim, uma espécie de fé de publicidade, de promoção pessoal a custa da crendice e necessidade espiritual de muitos. Mas a fé que faz tudo ser um nada, comparada com a conquista da vida eterna, a fé que deseja e almeja apenas a glória de Deus, está diminuindo e nem se  quer é mais percebida ou desejada. Desejemos com fervor, no íntimo de nosso ser, a vida Eterna, e que pela graça de Deus, este desejo cresça em nós assim como a determinação de alcança-la.





terça-feira, 26 de julho de 2011

OS AVÓS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO: SANTOS JOAQUIM E ANA

by on 09:55
Hoje, no dia dos santos avós de Cristo, os avós mais desconhecidos e mais importantes do mundo, relembro meus avós e pais adotivos. Fui para a companhia de meus avós paternos aos 3 anos de idade. E rendo graças a Deus por ter me dado avós tão religiosos, principalmente a minha avó, Vanda. Esta me ensinou as orações que deve fazer uma criança católica. Ainda lembro que toda  noite antes de dormir, me ensinava a fazer o pelo sinal (como dizia) e a recitar uma oração para o anjo da guarda que ainda lembro: "Meu anjinho da Guarda, meu fiel zelador, guardai a minha alma para Nosso Senhor." Meu avô, que  tem o nome do bem-a aventurado pai da Santíssima Virgem, Joaquim, embora não fosse dado  muito a orações ia sempre a missa e cuidava de mim com atenção e carinho. Muitas vezes me colocava para dormir e cantava músicas antigas de versos de cordel. Uma destas era sobre uma tal Marina que começa desta forma: Marina  era uma moça muito rica e educada, porem amava Alonso que não possuía nada..." Ele me chamava de Leleto. Hoje, creio que estão junto dos grandes e santos avós do Filho de Deus. Sofreram para criar sete filhos.vvieramcom sinceridade e simplicidade a fé católica. Passaram dificuldades financeiras e problemas de Familia. Minha  avó teve o martírio de ficar doze anos sem andar vitima de uma AVC e meu avô morreu quase cego; além de ter feito uma um cirurgia na próstata. Mas deixaram para mim o maior tesouro:  a fé católica. Minha avó foi a minha primeira e maior catequista. Me conduzia sempre a missa. Me conduziu ao catecismo e a crisma. Tenho certeza que sem ela não teria perseverando na fé católico.Que muitas vezes procurei deixar ou me afastei depois de adulto. Peço a Nosso Senhor Jesus, que quis ser neto de meras criaturas, para que tenha dado aos meus avós a bem aventurança eterna ao lado de seus santos avós; daqueles que educaram na lei de Moisés e trouxeram ao mundo a sua santa e imaculada mãe. Meus queridos avós,  peço que continueis a rogar por este vosso neto que está na terra e que alcance para o mesmo ser  perseverante no fé e amor a Cristo Jesus. De coração eu vos agradeço pelo carinho e amor que me deram. E que todos os netos neste dia orem por seus avós e agradeçam a Deus por Eles. São Joaquim e Santa Ana, Rogai pelos avós do mundo. Rogai pelos  netos deles. Amém

segunda-feira, 25 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

A BIBLIA OS UNE E A INTERPRETAÇÃO OS SEPARA

by on 16:59
Este é o título de um livro católico com objetivos ecumênico. na época de sua leitura eu o achei muito bom. Na verdade ele bom no sentido de explicar a doutrina da Igreja frente as acusação protestantes. Mas o título é péssimo e nada católico. A Bíblia nos une a Interpretação nos separa. Vejo que agora o título é um erro doutrina e anti-católico.E mostra um ecumenismo açucarado e ingênuo.A Bíblia não nos une a comunidade protestante nenhuma. E isto porque eles não crêem na Igreja que veio antes da Bíblia, e na Igreja em que não  há   interpretação privada da Bíblia. Há definições doutrinais sobre o que realmente a Bíblia nos ensina. Há um magistério, uma autoridade, assistida pelo Espírito Santo,  que diz o que devemos crer ou não devemos  crer em referência a certas partes da Bíblia, por meio de um magistério assistido pelo Espírito Santo. Compete a este  a legítima interpretação da Bíblia.

Aliás, foi a própria Igreja que definiu que só  há quatro Evangelhos e não mais que quatro. Que o Novo testamento só tem 27 livros inspirados nem um a mais. E isto eles, os protestantes, aceitam, mesmo que não esteja em nenhuma parte da Bíblia quantos livros o Novo Testamento deveria ter e quais seriam estes.

Protestantes estudados sabem que o cânon  bíblico foi estabelecido pelas autoridades eclesiásticas, quer por bispos em suas dioceses quer por concílios regionais, ou seja de um região da Ásia e da África. Mas não admitem que tenham sido estabelecidos por Roma. Ora, Estes bispos e igrejas locais, estavam unidas a Roma. Não eram igrejas separadas do bispo de Roma e quando os concílios universais, liderados pelo papa confirmaram estas relações de livros  estes aceitaram. Onde estavam os evangélicos das mil Assembléias de Deus,  das milhares de seitas evangélicas,  na época? De que concilio fizeram parte? Bispos como Irineu, Atanásio e Agostinho não eram pastores no sentido protestante. Eram bispos e se consideravam Sucessores DOS  APÓSTOLOS DE CRISTO. Que pastor pode se dizer sucessor de um dos doze apóstolos se não aceitam a sucessão apostólica e todo fiel e crente é sacerdote, e pode ser um  líder interpretar a Bíblia  e formar a sua Igreja? Ora,  os Mórmons que aceitam a Bíblia, também consideram como sagrado, o livro dos Mórmons? O protestantismo não tem fundamento nem nas escrituras nem na história da Igreja antiga. É a síntese de todas as heresias e e tem em si as heresias piores, pois muitos hereges da Igreja antiga,  acreditavam na intercessão dos santos, nos sacramentos e na sucessão dos apóstolos e em muitas outras doutrinas mantidas pela Igreja Católica  e nem isto estes acreditam mais; E o pior. a Bíblia os une. Todos de Bíblia na mão investem contra os católicos com fome de leão. Mas também com a mesma Bíblia investem uns contra os outros. De certo a Bíblia os une, mas a interpretação, que saiu da cabeça de cada fundador de sua "igreja," os separa.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CONSAGRAÇÃO TOTAL À JESUS CRISTO MEDIANTE MARIA, MÃE DO SENHOR.

by on 09:15
Hoje em  alguns grupos,  principalmente comunidades da Renovação Carismáticas e tradicionalistas, ouve-se falar muito da consagração à Nossa Senhora.  Esta consagração é indicada segundo o método ou formula de São Luís de Monfort. 

O que vem a ser uma consagração? Consagração é uma entrega de toda a vida a Deus. É como um holocausto. Uma oferta de um ser vivo  para mostrar que só Deus é o autor da  vida. É uma a manifestação do culto de Adoração. Por isso, a consagração só pode ser feita a Deus e a nenhuma outra criatura. Desta forma fica incompleto e inconveniente referir-se simplesmente consagração à Maria, como se estivéssemos ofertando a ela, um holocausto. Mesmo sendo a Virgem Santíssima a mais santa e perfeita dentre os  redimidos ela continua sendo  uma criatura. E não pode receber a  oferta de nossa vida para ela mesma. Ou seja, ela não pode a destinatária final de nossa consagração. Toda consagração deve feita unicamente a Deus ou a Cristo. E São Luís Monfiort deixa isto bem claro na formula de consagração que criou.   Primeiro a pessoa se dirige à Sabedoria encarnada, Jesus Cristo. Depois se consagra-se  a esta mesma sabedoria renovando-se  as promessas do batismo. 

Mas reconhecendo a sua condição de criatura pecadora e consciente da divindade  e perfeição absoluta de Cristo, recorre-se  à Santíssima Virgem para ser como que  a madrinha desta consagração. Para que por sua intercessão possamos viver com total dedicação a Cristo como ela também viveu. A  Virgem não é a meta final  de nossa consagração. Não é o fim ultimo da mesma, como dão entender quando se referem a ela dizendo simplesmente:"Consagração à nossa Senhora". A consagração é a Jesus Cristo, CONFIANDO-SE À INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA.
Vejam os principais itens da fórmula de consagração de São Luís Maria de Montfort.

1. Oração à Sabedoria Encarnada:

Ó Sabedoria Eterna e Encarnada! Ó amabilíssimo e adorável Jesus, verdadeiro Deus e  verdadeiro homem, unigênito Filho do Eterno Pai e da sempre Virgem Maria, adoro-vos  profundamente no seio e nos esplendores do vosso Pai, durante a eternidade, e no seio virginal  de Maria, vossa Mãe digníssima, no tempo de vossa Encarnação.

2. Consagração à Sabedoria Eterna e Encarnada:
 
Eu, N(nome), infiel pecador, renovo e ratifico hoje, em vossas mãos, os votos do Batismo.
Renuncio para sempre a Satanás, suas pompas e suas obras, e dou-me inteiramente a Jesus  Cristo, Sabedoria Encarnada, para segui-lo levando minha cruz, em todos os dias de minha vida.
E, a fim de lhe ser mais fiel do que até agora tenho sido, escolho-vos neste dia, ó Maria  Santíssima, em presença de toda a corte celeste, para minha Mãe e minha Senhora.


3. Confiança na Intercessão de Maria Santíssima:

Ó Mãe admirável, apresentai-me a vosso amado Filho, na qualidade de escravo perpétuo,  para que, tendo-me remido por Vós, por Vós também me receba favoravelmente.  Ó Mãe de misericórdia, concedei-me a graça de obter a verdadeira Sabedoria de Deus, e de  colocar-me, para este fim, no número daqueles a quem amais, ensinais, guiais, sustentais e  protegeis como a filhos e escravos vossos. Ó Virgem fiel, tornai-me em todos os pontos um tão perfeito discípulo, imitador e escravo  da Sabedora Encarnada, Jesus Cristo, vosso Filho, que eu chegue um dia, por vossa intercessão e  a vosso exemplo à plenitude de sua idade na terra e de sua glória nos céus. Assim seja.


Infelizmente, se reduz esta bela forma de entrega absoluta a Jesus, que consiste basicamente na renovação de nossa principal consagração, a do batismo, a uma entrega de si mesmo unicamente à nossa Senhora, como fim ultimo da consagração. Isto nunca passou pelo pensamento de São Luís de Monfort. Ele sempre entendeu Maria unida a Jesus e vivendo em Jesus e Jesus nela. Um inseparável do outro. De modo que nossa entrega a Maria é apenas um meio de renovar a nossa absoluta entrega a Jesus no dia de nosso batismo. E Nossa Senhora é a madrinha , escolhida por nós,  para que nos ajude, mediante suas preces,  a vivermos nossas promessas batismais. Se entendida apresentada  de maneira correta, ou seja, mencionando da forma clara, como Consagração de Si mesmo à Sabedoria Eterna e encarnada,  Jesus Cristo, mediante a proteção da Santíssima Virgem,  a consagração é licita e possível. Porem, se formulada como um ato de oferta absoluta e final para a virgem, pode sim, ser entendida ou  tornar-se como que uma espécie de culto de adoração, o que não é permitido pois nós veneramos e reverenciamos a Santíssima Virgem, mas não  adoramos. Com ela adoramos a Cristo,o seu Filho e nosso Salvador.

terça-feira, 19 de julho de 2011

SANTOS SÃO IDOLOS?

by on 10:02
SAGRADO: retirado do uso comum e colocado para o serviço a Deus ou o culto a Deus.    Há objetos sagrados e pessoas que indicam a presença de Deus ou ação de Deus por meio destes objetos  ou  de determinadas pessoas. Por esta relação com Deus são Sagradas.
OBJETOS E PESSOAS SAGRADAS DO ANTIGO TESTAMENTO
A ARCA DA ALIANÇA:         EX 25, 10-21.
Era conduzida nos ombros em procissão:
E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor. 1 Crônicas 15:15
Só os levitas podiam conduzi-la:
Então disse Davi: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os elegeu para levarem a arca de Deus, e para o servirem para sempre. 1 Crônicas 15:2
Diante dela se faziam sacrifícios:
E o rei Salomão, e toda a congregação de Israel, que se ajuntara diante dele, estavam diante da arca, imolando ovelhas e bois, os quais não se podiam contar nem numerar, pela sua multidão. 1 Reis 8:5.    Prostravam-se perante ela :   Sl 132, 7;  Sl  99,5;   Josué 7,6
O TEMPLO:    1Rs 6, 1-14;  Se prostravam diante do monte em que estava o templo  Sl 99, 9  Salmos 5, 7 e 138,2  Inclinam-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra.   OS Pães da preposição:  2Cr. 4,19
PESSOA SAGRADAS
Os profetas:   1Rs.  13, 6 (Exemplo de intercessão)    2Rs 1,13  (Joelhos diante de Elias por ser profeta, home de Deus)      O sumo sacerdote:   Ex.  28, 1-3. 36-38
 O rei ungido do Senhor:    1Cr 29, 20 Prostrar-se  diante de Deus e do Rei. Está claro que ajoelhar-se diante do Rei não é adora-lo,  mas reconhece-lo como o servo do Senhor.
 O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.  1 Samuel 24:6
ÍDOLOS: Deuses de outras nações. Nenhuma relação com o Deus de Israel.
SANTOS: Servos de Deus. Os que obedeceram à vontade de Deus. Santos do A.T. Ler Hebreus o capitulo  11 completo.
SANTOS DO NOVO TESTAMENTO: Ler Atos o Martírio de Estevão capitulo 7  todo e a Conversão de Paulo  e sua atividade missionária: At  9, 1-31; e os capítulos  do 13 ao 28
ESTEVÃO: representa todos santos mártires.
PAULO: Também mártir, mas representa todo santo confessor da fé e Evangelizador.    Todos os santos canonizados da Igreja Católica ou foram mártires como Estevão ou Evangelizadores e confessores da fé, como o foi Paulo. Portanto não são ídolos e suas imagens não representam ídolos, mas os representam;  de modo que não é  a imagem em si que tem valor, mas a pessoa representada pela imagem.. No caso estas representam servidores  de Deus. E por isso, por esta relação com Deus são sagradas e dignas de honra como era a Arca da Aliança, os profetas e os reis do Antigo Testamento.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

SANTA JOANA: 17 DE JULHO DE 1429. COROAÇÃO DO REI

by on 13:35



"Vá em frente com coragem. Sem temer  nada. Se você for para a frente como um homem, você deve ter o seu reino inteiro."

Pano de fundo histórico e litúrgico:
O exército francês finalmente chegou a Reims em 16 de julho, tendo viajado mais de 150 milhas em 17 dias através do território inimigo sem qualquer perda de vida. Este feito milagroso seria registrado na história como A Marcha sem sangue. Quando Charles chegou antes das paredes de Reims temia resistência, não tendo deixado de artilharia para um cerco da cidade. Joana respondeu com as palavras acima de encorajamento. Ela novamente foi provada correta, tal como naquela noite a cidade de Reims jurou obediência plena e inteira para Charles. Ele fez sua entrada na cidade em meio a gritos de "Noel!" com Joana ao seu lado. Sua coroação foi marcada para o dia seguinte.

Devocional: O prazer de Deus.
A coroação do rei Charles foi talvez o dia mais gratificante da vida jovem Joana. Um presente cronista para a unção deu uma descrição de Joan ajoelhado diante do rei "e abraçando-o em volta das pernas, dizendo-lhe ao mesmo tempo derramando lágrimas copiosas: 'Rei Gentil, agora é feito o prazer de Deus, que quis que eu levantasse o cerco de Orleans e que eu lhe trazer a esta cidade de Reims para receber a un ção com os santos oleos e a cororoação. Mostrando que você é verdadeiro rei e aquele a quem o reino de Deus deveria pertencer. E causando grande emoção para aqueles que a viram (Pernoud, Joana d'Arc por ela mesma e seu Testemunhas de 125).  Deste dia em diante, o Rei Charles seria reconhecido como o legítimo herdeiro do trono da França, pois era a unção que fez o rei. Para o desespero dos seus inimigos inglçeses que reinvidicavam o reino  da França.Os direitos de Charles  como herdeiro do Reino da França foram reconhecidos imediatamente. Você pode colocar-se no lugar de Joana? Imagine a sua satisfação, sabendo que ela tinha cumprido a tarefa confiada a  dela, para coroar seu rei. Talvez pensou que este ato por si só acabaria com a guerra e o derramamento de sangue.

Oração:
Posso experimentar o contentamento de coração que vem de haver realizado  a Tua vontade ó Deus.

domingo, 17 de julho de 2011

CONFRARIAS CATÓLICAS

by on 16:10
O Que é uma Confraria?
Uma confraria é uma associação voluntária de fiéis estabelecida e criada pela autoridade eclesiástica competente para a promoção de obras especiais de caridade cristã ou piedade.
O nome é às vezes aplicado às pias uniões, mas estas diferem das confrarias pelo fato de não necessitarem ser canonicamente eregidas e por buscar sobretudo o bem do próximo ao invés da santificação pessoal dos membros. Existem as confrarias propriamente ditas e aquelas às quais o nome foi extendido.
Ambas são eregidas pela autoridade canônica, mas a primeira tem uma organização mais precisa, com direitos e deveres regulados por lei eclesiástica e seus membros frequentemente vestem certas vestes e recitam o Ofício Divino em comum.
Quando uma confraria recebe autoridade para se agregar a uniões de oração (sodalícios) eregidos em outras localidades e comunicar seus benefícios espirituais a elas, é então chamada arquiconfraria.
Associações pias de leigos existiram em tempos muito antigos em Constantinopla e Alexandria. Na França, nos séculos VIII e IX as leis carolíngias mencionam confrarias e guildas. Mas a primeira confraria no sentido próprio e moderno da palavra diz-se ter sido fundada em Paris pelo bispo Odo, que morreu em 1208. Era sob a invocação da Santíssima Virgem Maria.
Várias outras congregações, como a de Gonfalon, da Santíssima Trindade, do Escapulário etc. foram fundadas entre os séculos XIII e XVI. Do último século em diante, estas pias associações multiplicaram-se grandemente.
Indulgências são comunicadas às confrarias seja diretamente pelo Papa ou por meio dos bispos, a menos que uma associação seja agregada a uma arquiconfraria (não pode ser agregada a mais que uma), podendo assim paricipar nos privilégios da última. Se a agregação não for feita de acordo com a fórmula prescrita, as indulgências não são comunicadas. Os diretores de confrarias são apontados e aprovados pelo bispo, ou em igrejas regulares, pelo superior da ordem. Somente após tal designação, o diretor pode aplicar as indulgências a objetos que ele abençoa e não pode delegar este poder sem faculdade especial a ele concedida.
A recepção de membros deve ser feita pela pessoa apontada. A observância das regras não obriga em consciência (isto é, não obriga sob pena de pecado) e a negligência não priva a pessoa da pertença à confraria, embora neste último caso, as indulgências não seria obtidas.
A lei canônica governando estas associações é encontrada na Constituição de Clemente VIII (07/12/1604) com algumas modificações feitas posteriormente pela Sagrada Congregação das Indulgências.
***
As Confrarias do SS. Sacramento
Tem por fim adorar Nosso Senhor Jesus Cristo na sagrada Eucaristia.
Em nossos dias tem tomado um grande desenvolvimento a associação perpétua, cujos membros se comprometem a fazer todos os meses uma hora de adoração diante do Santíssimo Sacramento (1). É digno e justo que haja uma adoração perpétua em honra do Divino Salvador sempre presente no SS. Sacramento; do mesmo modo que não há momento algum do dia ou da noite em que se não esteja celebrando algures o santo Sacrifício da Missa, do mesmo modo que no céu os anjos e os santos cantam sem interrupção o Deus três vezes santo, assim também é altamente conveniente que em toda a Terra retumbe incessantemente este grito de reconhecimento: “Louvado e adorado seja a cada momento o santíssimo e diviníssimo Sacramento!” (Bispo de Ratisbonna, 1894). Esta associação tem entre outras a vantagem de promover a comunhão frequente. “Do mesmo modo que a sombra segue o corpo, assim a comunhão frequente segue a adoração perpétua.” (Euc.) Esta associação foi fundada pelo piedoso padre Eymard, de Paris (†1868) que estabeleceu também a congregação Eucarística, para a adoração do SS. Sacramento, em que cada um dos membros faz durante cada 8 horas um hora de adoração. Fundou também a Associação dos Padres Adoradores, que se obrigam cada semana a passar uma hora em adoração diante do SS. Sacramento. Além destas confrarias de adoração, honra da adorável Eucaristia, por exemplo a adoração noturna; as associações para os paramentos da Igreja, cujos membros fazem uma hora de adoração cada mês, tanto quanto possível na igreja, e dão esmola para a compra dos paramentos necessários às igrejas pobres, ou até eles próprios os confeccionam.
http://catholicatraditio.wordpress.com/confrarias/

sábado, 16 de julho de 2011

AS VESTES DA SALVAÇÃO. O CARMELO E O ESCAPULÁRIO

by on 08:59
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias." Is 61,10

"...e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem." Lc 2,7"

Deus, que concedestes a Jesus, o carinho e a proteção de uma mãe, que o envolveu com faixas ao nascer , concede-nos que a intercessão maternal de Maria nos vista com a mesma salvação com a qual a revestistes, para que subamos ao cimo do Carmelo, o monte  que é a imagem do Cristo. Pelo Cristo Senhor nosso, amém.

sábado, 9 de julho de 2011

A MULHER A INIMIZADE ENTRE ESTA E A SERPENTE, E A SEMENTE DA MULHER QUE ESMAGOU A CABEÇA DA SERPENTE.

by on 10:27


"Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua SEMENTE e a sua SEMENTE; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Gn. 3,15


A semente da mulher é o novo Adão,  Jesus Cristo. Este é a semente da mulher porque gerado de mulher e não da semente de homem (Gl. 4,4) Mas não foi gerado de qualquer mulher. Não de uma das filhas de Eva, aquela que pecou. Mas gerada da Mulher que Deus fez inimiga da serpente. Inimizade completa sem possibilidade de acordo ou união. Assim como quem nasce de uma escrava, já nasce escravo, o nascido da Mulher,  inimiga da serpente, já nasceu também inimigo da serpente.  E a mulher foi feita inimiga da serpente porque  esta era a árvore, que iria trazer  a semente  que esmagaria esta mesma serpente. Esta semente é o Cristo Jesus, nascido da Mulher; o que venceu a serpente eterna inimiga da mulher e de toda a sua descendência. Esta é a batalha que acontece no mundo. A guerra entre a luz e as trevas. Entre os filhos da serpente e os filhos da mulher.  Jesus é a semente da Mulher e esta mulher é sim, Maria, a que desde sempre foi a Favorecida, a  recebedora da Graça divina, porque sendo inimiga da serpente jamais poderia ser escrava de seu poder. Por isso Deus,  quando diz, porei inimizade entre tu e a Mulher, não se referia a Eva;  não teria sentido por inimizade entre uma mulher que já fora aliada da serpente. A mulher da qual veio a semente que esmagou a cabeça da serpente,  é a Virgem Maria. Eis porque que o autor do quarto Evangelho e do Apocalipse faz Jesus referir-se à sua mãe como a Mulher. Não porque não se reconhecia filho dela. Mas sim, porque ele é a semente da Mulher. A nova Mulher, Nova Eva, que triunfa junto com o novo Adão, o Cristo Jesus.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CRIADOS PARA A RESSUREIÇÃO

by on 17:00

Não fomos criados para virarmos almas imortais. Deus nos criou pessoa composta de corpo e alma. Nem o nosso corpo foi criado para a morte, mas para a imortalidade. Foi o pecado que desfez esta unidade de corpo e alma e foi pela morte de Cristo que a mesma foi refeita. Jesus pela sua ressurreição corporal, como pessoa, nos trouxe a Ressurreição. Por isso não dizemos no Credo. Creio na imortalidade da alma, mas dizemos: Creio na Ressurreição dos mortos. A alma sobrevive à morte porque a pessoa é destinada à ressurreição e para que o corpo ressuscitado seja substancialmente idêntico ao corpo humano sepultado. A alma não morre junto com o corpo, já que por ela, que é forma do corpo, nosso corpo ressuscitado é verdadeiramente um corpo material;  é idêntico ao que tivemos antes da morte mas glorioso e imortal.

Santo Tomás More

by on 16:57

São Thomas Morus.

Por G. K. Chesterton
St. Thomas More, capítulo retirado do livro The Well and the Shallows (1935)
A maioria das pessoas não entenderia a expressão de que a mente de Morus era como um diamante que um tirano atirou a um fosso porque não podia quebrá-lo. Não é senão uma metáfora; mas há vezes em que acontece de a metáfora ter muitas faces, como o diamante. O que moveu o tirano a ter tal horror àquela mente era a clareza dela. Era ela o extremo oposto de um cristal turvo, repleto somente de sonhos opalescentes ou de fantasmas do passado.
O rei e seu ilustre chanceler foram companheiros tanto quanto contemporâneos. Sob muitos aspectos, ambos eram homens renascentistas; mas sob alguns aspectos, aquele que era o homem mais católico era também o menos medieval, ou seja, havia talvez mais no Tudor daquele mero resto antiquado de medievalismo decadente que os verdadeiros reformadores da Renascença notaram ser a corrupção do tempo. Na mente de Morus não havia senão clareza; na de Henrique – embora ele não fosse nenhum tolo e certamente nenhum protestante – havia um quê de confuso conservadorismo. Como todo bom homem que calha de ser anglo-católico, este tem um toque de antiquado. Thomas Morus era mais racional, motivo pelo qual não havia nada em sua religião que fosse meramente local, ou, nesse sentido, meramente leal.
A mente de Morus era tal qual um diamante também por seu poder de cortar vidro, de penetrar coisas que, conquanto pareçam transparentes, são ao mesmo tempo menos sólidas e menos multifacetadas. Pois, na verdade, as heresias verdadeiramente consistentes geralmente parecem muito claras, como naquela época o calvinismo e agora o comunismo. Algumas vezes elas até parecem muito verdadeiras. Algumas vezes elas até são muito verdadeiras, no sentido limitado de uma verdade que é inferior à Verdade. Elas são, a um só tempo, mais tênues e mais quebradiças do que o diamante, pois é comum que uma heresia não seja uma simples mentira. Como o próprio Thomas Morus disse, “nunca houve um herege que só falasse falsidades”. Uma heresia é uma verdade que esconde todas as outras verdades. Uma mente como a de Morus estava cheia de luz, como uma casa feita de janelas; mas as janelas olham para fora, para todos os lados, em todas as direções. Nós poderíamos dizer que assim como a jóia tem muitas facetas, também o homem tem muitas faces. Nenhuma delas, contudo, é máscara.
Ora, essa grandiosa história tem tantos aspectos que a dificuldade de tratar dela num artigo tem que ver com a seleção, mas ainda mais com a proporção. Eu poderia tentar e falhar em fazer justiça a seu aspecto mais elevado, àquela santidade que agora está além até mesmo da Beatitude. Eu poderia igualmente preencher todo o espaço com a mais despretensiosa das brincadeiras com que o ilustre humorista se deleita na vida diária: talvez a maior brincadeira de todas seja o livro chamado “Utopia”. Os utopistas do séc. XIX imitaram o livro sem enxergar a brincadeira. Mas dentre uma perturbadora complexidade de aspectos ou ângulos tão diferentes, eu decidi tratar apenas de dois pontos. Embora a importância deles seja muito grande, não o faço porque sejam as mais importantes verdades sobre Thomas Morus, mas porque são duas das mais importantes verdades sobre o mundo no presente momento. Uma mostra-se mais claramente na morte dele, a outra em sua vida – ou talvez fosse preferível dizer que uma tem que ver com sua vida pública e a outra com sua vida privada. Uma está muito além de qualquer admiração conveniente, e a outra pode parecer, em comparação com aquela, um anticlímax quase cômico. Mas uma acerta em cheio nossa atual discussão sobre o Estado, e a outra a sobre a família.
Thomas Morus morreu a morte de um traidor por afrontar a monarquia absoluta, no sentido estrito de tratar a monarquia como um absoluto. Ele desejava e até ansiava por considerá-la algo relativo, mas não algo absoluto. A heresia que havia subido às cabeças no tempo dele era a heresia chamada Direito Divino dos Reis. Sob essa forma, ela é hoje considerada uma antiga superstição, mas já reapareceu como uma novíssima superstição sob a forma do Direito Divino dos Ditadores. Entretanto, a maioria das pessoas ainda pensa que ela é antiga. E quase todas elas pensam que ela é muito mais velha do que é. Uma das principais dificuldades de hoje é explicar às pessoas que essa ideia não era inerente à época medieval ou a tempos mais antigos.
As pessoas sabem que o controle constitucional sobre os reis foi crescendo por um século ou dois. Elas não percebem que qualquer outro tipo de controle jamais poderia ter funcionado. E, mudado o contexto, aqueles outros controles são difíceis de descrever ou de imaginar. Mas o homem medieval sem dúvida pensava no rei como governando sub deo et lege – traduzindo literalmente, “sob Deus e a lei”, mas envolvendo também algo atmosférico que, mais indefinidamente, poderíamos chamar de “sob a moralidade subentendida em todas as nossas instituições”. Os reis eram excomungados, eram depostos, eram assassinados, eram objeto de toda sorte de tratamentos, defensáveis e indefensáveis, mas ninguém pensava que a comunidade inteira sentia com o rei, ou que ele sozinho tinha autoridade suprema. O Estado não possuía os homens tão completamente, nem mesmo quando podia mandar empalá-los, como agora o possui nos lugares em que pode mandá-los para a escola primária. Havia uma ideia de refúgio que geralmente era uma ideia de santuário. Em suma, de mil estranhas e sutis maneiras, como deveríamos pensá-las, havia uma espécie de escape. Havia limites para César; e havia liberdade em Deus.
A mais alta voz da Igreja declarou que este herói era, no sentido verdadeiro e tradicional, santo e mártir. E é apropriado lembrar que, por uma razão muito especial, ele de fato está posto junto daqueles primeiros mártires cujo sangue foi a semente da Igreja nas primeiríssimas perseguições feitas pelos pagãos. Pois a maior parte deles morreu, como ele também, por se recusar a converter uma lealdade civil em idolatria religiosa. A maior parte deles não morreu por se recusar a adorar Mercúrio ou Vênus, ou figuras lendárias que se podia supor que não existissem, ou outras como Moloch ou Priapo, que era razoável esperar que não existissem. A maior parte deles morreu por se recusar a adorar alguém que realmente existiu e mesmo alguém a quem estavam de todo prontos a obedecer, mas não a adorar. O típico martírio geralmente ataca a prática de queimar incenso ante a estátua do Divino Augusto, a sacra imagem do imperador.
Ele não era necessariamente um demônio a ser destruído, mas simplesmente um déspota que não deve ser transformado em divindade. E é aí que o caso dos mártires chega assim tão perto do problema prático de Thomas Morus e assim tão perto do problema prático do atual culto ao Estado. E é típico de todo pensamento católico que os homens morram em tormentos, não porque seus inimigos “só falassem falsidades”, mas simplesmente porque eles não poderiam prestar uma reverência imoderada quando estavam perfeitamente prontos a prestar um respeito moderado. Para nós, o problema do progresso é sempre um problema de proporção: aperfeiçoamento é chegar a uma justa proporção e não meramente avançar numa direção. E nossas dúvidas a respeito da maioria dos incrementos modernos – a respeito dos socialistas na última geração, ou dos fascistas nesta geração – não procede de termos quaisquer dúvidas sobre a necessidade de justiça econômica ou de ordem nacional mais do que Thomas Morus deu-se ao trabalho de objetar uma monarquia hereditária. Ele objetou o Direito Divino dos Reis.
No sentido mais profundo, ele é então o paladino da liberdade em sua vida pública e em sua ainda mais pública morte. Em sua vida privada, ele é o tipo de verdade menos compreendida atualmente: a verdade de que a verdadeira morada da liberdade é a casa. Novelas modernas, jornais e teatros de tese (problem plays)[1] foram-se amontoando numa enorme pilha de lixo para esconder esse simples fato; um fato que pode ser provado de modo bastante simples. A vida pública deve ser quiçá mais regulada do que a vida privada, assim como um homem não pode perambular pelo trânsito de Picadilly exatamente da mesma forma que poderia perambular por seu próprio jardim. Onde há trânsito, deve haver um regulamento de trânsito. E isso também vale – ou vale ainda mais – quando há o que poderíamos chamar de trânsito ilícito, quando os governos mais modernos organizam esterilizações hoje e é possível que amanhã organizem infanticídios.
Aqueles que sustentam a superstição moderna de que o Estado não é capaz de fazer nada de errado serão obrigados a aceitar tal coisa como verdade. Se indivíduos têm qualquer esperança de proteger suas liberdades, eles precisam proteger sua vida familiar. No pior dos casos, haverá mais adaptação pessoal num lar do que num campo de concentração; no melhor dos casos, haverá menos rotina numa família do que numa fábrica. Em qualquer lar minimamente saudável, as regras são afetadas pelo menos parcialmente por coisas que não podem de modo algum afetar as leis estabelecidas, como ocorre, por exemplo, com aquilo que chamamos de senso de humor.
É por isso que Morus é vivamente importante como o humorista, como representante dessa fase especial do humanista. Por trás de sua vida pública, tão grandiosa quanto uma tragédia, havia uma vida privada que era uma perpétua comédia. Ele era, como o Sr. Christopher Hollis diz em seu excelente estudo, “um incorrigível pregador de peças”[2]. Todos sabem, é claro, que comédia e tragédia encontraram-se – como se encontram em Shakespeare – naquele alto palco de madeira em que o drama de Morus terminou. Naquele terrível momento, ele percebeu e apreciou a grande anedota do corpo humano, como de um tipo de amável madeira serrada; discutiu gravemente se sua barba havia cometido traição; e, subindo as escadas, disse: “Veja como estou seguro cá em cima! Descer, posso fazê-lo sozinho.”
Mas Thomas Morus nunca desceu aquela escada. Ele havia terminado com todas as descidas e movimentos descendentes; e desapareceu aos olhos dos homens quase à maneira de seu Mestre, que, ao ser erguido, puxou todos os homens consigo. E encerrou-se a escuridão ao seu redor, e as nuvens se interpuseram, até que, muito tempo depois, a sabedoria capaz de ler tais segredos viu-o fixado muito acima de nossas cabeças, como uma estrela em regresso; e firmou seu lugar nos céus.
[1] A expressão “problem plays” faz referência a uma espécie de teatro realista do século XIX, que tem como traço característico o debate de problemas sociais que envolvem os personagens em complicados dilemas. Os mais famosos escritores de peças desse tipo foram Alexandre Dumas e Henrik Ibsen.
[2] “Leg-puller”seria, mais literalmente, aquele que, por brincadeira, “passa a perna” em outros. Do site Frates in Unum
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