O EXERCICIO DA OBEDIENCIA
Dai-nos Senhor Jesus, a obediência à vontade de Deus, no cumprimento de nossos deveres profissionais. Amém.
Os protestantes deviam aceitar de uma vez por todas: MARIA É A MÃE REAL DE JESUS; TÃO MÃE QUANTO A NOSSA MÃE É VERDADEIRAMENTE NOSSA MÃE. Insistem em afirmar que Jesus morreu por eles, mas esquecem de que para morrer, ele precisou ser homem de verdade e, pra ser homem de verdade, ELE QUIS TER UMA MÃE. Entendam: ELE QUIS TER UMA MÃE.
A maioria deles só se referem a Maria para rebaixá-la. Fazer dela uma mulher qualquer. Por isso a primeira coisa que dizem é que ela deixou de ser virgem. Não há uma só passagem no Evangelho que afirme categoricamente: “Maria e os filhos dela. A mãe de Jesus e os seus filhos… Tiago, filho de Maria, mãe de Jesus…” Tem algum trecho assim? Não? Então porque insistir em que os ditos irmãos de Jesus, são filhos de Maria? Será que ao afirmar isso pensam que não irão atingir Jesus? Atingirão, sem dúvida. Muitas “igrejas” protestantes não crêem mais que Jesus nasceu de uma virgem e sabem por quê? Pelo simples fato de que se Jesus fosse o primeiro de uma filharada de Maria, como saber se ela o concebeu virgem? Embora esteja no Evangelho de Mateus e Lucas, o fato de Jesus ser o mais velho, dificultaria e muito, a crença numa concepção virginal;Jesus poderia ser filho de José, tanto quantos os outros, certo? Lembre que durante a pregação de Jesus, nem os apóstolos, nem as mulheres sabiam que Jesus não era Filho de José. Veja:Mt. 13,55; Lc 4,22;Jo 1,44; Jo 6,41-42. Todos o chamam filho de José. Agora pense: Depois Jesus ressuscita e Maria conta que Jesus não é filho de José, mas concebido pelo Espírito Santo. E conta isto junto com seus outros filhos. Você acha que seria fácil aceitar uma história destas se Jesus não fosse filho único? Só um milagre faria o povo aceitar e entender, como uma mulher que concebeu sem homem o próprio filho de Deus, resolveu depois gerar de um homem, por relação natural, uma filharada. Eles insistem nisso porque querem é mesmo diminuir Maria. Rebaixá-la à condição de uma mulher comum. Uma mera mãe de Família. Até esquecem que ela é A MÃE DE JESUS, O SEU SALVADOR. Nenhuma vez se referem a Maria com respeito. Refere-se a ela com ódio, com desprezo. E ainda dizem que adoram o FILHO DELA. Como entender estes que amam o Filho e adoram o filho, desprezem a mãe dele? A forma de se referir a Maria demonstra isso. Desprezo, raiva, indignação, como se ela fosse a maior inimiga de Cristo. Ela que nos disse: “Façam tudo o que ele vos disser.”Jo 2,5 Que Elisabete pelo ESPÍRITO SANTO, sim o mesmo Espírito, que estes afirmam ter quando lêem a Bíblia e não lhe mostrou esta passagem: “Quem sou eu para vir a ter comigo a Mãe do MEU SENHOR?" Lc 1,43. Será que o Senhor que eles adoram é o mesmo filho de Maria? Por que se ele não for o filho de Maria, a Cheia de Graça ( ou Agraciada, como erradamente entendem) ele não é Jesus, o Cristo. Eu adoro o filho de Maria e os "evangélicos?"
Maria não precisou fazer voto de virgindade.Não há biblicamente prova de que o tenha feito. A pergunta em Lucas" Como se fará isso, se não conheço um homem?"Lc 1, 34 indica que ela presente que o filho anunciado não será do esposo e pergunta pelo modo como se fará.Que Maria tenha feito voto de virgindade não é dogma, embora seja uma crença antiga e piedosa; porem vai de encontro aos costumes judaicos da época. Mas com certeza, se Jesus veio de forma inesperada, como narra Lucas, antes dela viver como uma esposa normal com o seu futuro marido, sem dúvida ,tudo mudou depois da anunciação; José passa a ser o pai de Jesus perante o povo e acobertar o mistério de Jesus; dar a descendência de Davi, já que as mulheres não transmitiam descendência. Observar como Mateus e Lucas insistem que José é da descendência de Davi. Mat 1,20; Lc 1, 27; e claro também salvar a reputação de Maria. Maria deixa de ser a simples esposa de José e passa a ser A MÃE DO MENINO como afirma Mateus varias vezes.Mt 2,13.14.19.21 Acreditar que Maria ,que guardava tudo em seu coração ,(Lc 2,19)não tenha ficado tocada com o fato de conceber sem homem o próprio Filho de Deus, seria improvável. Só se na época fosse uma coisa normal conceber virgem é que Maria não teria dado a menor importância ao fato. Não era e nem é comum nascimento de virgens.
Nós cremos que Maria permaneceu Virgem POR CAUSA DE JESUS. Foi Jesus que selou a virgindade de Maria,sua mãe. Então para nós é motivo de glória para Jesus, este ser o único homem do mundo, que pode dizer que é filho de uma virgem. Esta glória os protestantes não querem dar a Jesus. Eles rebaixam Jesus a condição de um filho mais velho. E ainda dizem que o amam e o adoram. Negam que ele seja nosso irmão porque não admitem que ele tenha uma mãe agora. Para eles a relação mãe e filho terminou quando Jesus se batizou no Jordão. Mc .1,9. Esquecem que Maria é dita mãe de Jesus,mesmo depois da Ressurreição do Filho. At .1,14. Negam a ele a honra de ser chamado FILHO DA VIRGEM MARIA. Pois para estes, Jesus é o filho da ex-virgem Maria.
Dai-nos Senhor verdadeiro afeto filial àquela que nos destes por mãe e que por suas preces possamos ouvir a palavra do Pai e coloca-la em pratica. Amem.
Hoje gostaria de falar sobre Joana D´Arc, uma jovem santa do final do período medieval, que morreu aos 19 anos, em 1431. Esta santa francesa citada muitas vezes no Catecismo da Igreja Católica, está particularmente ligada a Santa Catarina de Sena, patrona da Itália e da Europa, da qual falei recentemente em um das minhas recentes catequeses.
De fato, são duas jovens mulheres do povo, leigas e consagradas na virgindade; duas misticas comprometidas, não na clausura, mas em meio as realidades mais dramáticas da Igreja e do mundo no tempo delas. Elas são talvez as figuras mais características entre aquelas mulheres fortes que, no fim da era medieval levaram sem medo a grande luz do Evangelho para as complexas situações da história. Poderemos colocá-las ao lado das santas mulheres que permaneceram no Calvário aos pés de Jesus crucificado e Maria sua mãe, enquanto que os apóstolos tinham fugido e até Pedro o havia traído três vezes.
A igreja naquele período vivia a profunda crise do grande cisma do Ocidente que durou quase 40 anos. Quando Catarina de Sena morre, em 1380, existia um papa e um antipapa; quando Joana nasce, em 1412, existia um papa e dois antipapas. Junto a esta dilaceração no interior da Igreja, aconteciam continuas guerras fratricidas entre os povos cristãos da Europa, entre as quais a mais dramática foi a interminável “Guerra dos cem anos”, entre França e Inglaterra.
Joana D’Arc não sabia nem ler e nem escrever, mas ficou conhecida no mais profundo da sua alma graças a duas fontes de excepcional valor histórico: os dois Processos relacionados a ela. O primeiro, o processo da Condenação (PCON) contém a transcrição dos longos e numerosos interrogatórios de Joana durante os últimos meses da sua vida (fevereiro a maio de 1431) e contém ainda as próprias palavras da santa. O segundo é o processo da nulidade da condenação ou da “reabilitação” (PNUL) que contém o depoimento de cerca de 120 pessoas que foram testemunhas oculares de todos os períodos da vida dela. (cfr Procês de Condamnation de Jeanne d’Arc, 3 vol. E Procês em Nullité de la Condamnation de Jeanne dÁrc, 5 vol., ed klincksieck, Paris 1960-1989)
Joana nasce em Domremy, uma pequena vila situada na fronteira entre França e Lorena. Os seus pais eram dois agricultores que eram conhecidos de todos como ótimos cristãos. Joana recebeu deles uma boa educação religiosa, com uma notável base da espiritualidade do nome de Jesus, ensinada por são Bernardino de Sena e difundida na Europa pelos franciscanos.
Ao nome de Jesus vem sempre unido o nome de Maria e assim embasada na religiosidade popular, a espiritualidade de Joana era profundamente cristocêntrica e mariana. Desde a infância, ela demonstrava uma grande caridade e compaixão em relação aos pobres, aos doentes, e todos aqueles que sofriam no contexto dramático da Guerra.
Através das próprias palavras de Joana, sabemos que a vida religiosa dela era madura como experiência mística a partir da idade dos 13 anos (PCON, i, p. 47-48). Através da “voz” o Arcanjo São Miguel, Joana se sente chamada pelo Senhor a intensificar a sua vida cristã e também a empenhar-se ela própria na libertação do seu povo.
A sua imediata resposta, o seu “sim” foi por meio do voto de virgindade, com um novo empenho na vida sacramental e na oração: participação diária da Missa, confissão e comunhão frequentes, além de longos momentos de oração silenciosa diante do Crucifixo ou de Nossa Senhora.
A compreensão e o compromisso da jovem camponesa francesa diante o sofrimento do seu povo se tornaram mais intensos a partir do seu relacionamento profundo com Deus. Um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem é justamente o da ligação entre experiencia mistica e missão politica. Depois dos anos de vida escondida e de maturidade interior, seguem os dois anos breves, mas intensos da sua vida publica: Um ano de ação e um ano de paixão.
No início de 1429, Joana inicia a sua obra de libertação. Os numerosos testemunhos nos mostram uma jovem mulher de 17 anos como uma pessoa muito forte e decidida, capaz de convencer homens inseguros e desencorajados. Superando todos os obstáculos, encontra Delfino da França, o futuro Rei Carlos VII que em Poitiers a submete a um exame que havia sido solicitado por alguns teólogos da Universidade. A constatação deles foi positiva: Nela não viam nada de mal, mas somente traços de uma boa cristã.
Em 22 de março de 1429, Joana escreve uma importante carta ao rei da Inglaterra e aos homens que investem contra a cidade de Orléans (ibid, p. 221-222). A sua solicitação é uma proposta de verdadeira paz entre os dois povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e de Maria, mas a proposta foi rejeitada e Joana começa comprometer-se na luta para a libertação da sua cidade, que acontece em 8 de maio. Outro momento culminante da sua ação politica é a coroação do Rei Carlos VII em Reims, em 17 de julho de 1429. Durante todo o anos, Joana vive com os seus soldados, executando no meio deles, uma verdadeira missão de evangelização.
Numerosos eram os testemunhos deles em relação a sua bondade, a sua coragem e a sua extraordinária pureza. Ela era chamada por todos e ela mesma se autodenominava “a menininha”, isto é, a virgem.
A paixão de Joana inicia-se no dia 23 de maio e de 1430, quando se tornou prisioneira nas mãos dos seus inimigos. Em 23 de dezembro foi conduzida a cidade de Rouen. Ali ela desenvolve o longo e dramático processo de Condenação que se inicia em fevereiro de 1431 e termina em 30 de maio com a pena.
Foi um grande e solene processo presidido por dois juizes eclesiásticos, o bispo Pierre Cauchon e o inquisitor Jean le Maistre, mas na realidade tudo foi inteiramente conduzido por um forte grupo de teólogos da célebre Universidade de Paris, que participaram do processo como assessores. São os eclesiásticos franceses que tendo feito a escolha politica oposta áquela de Joana, tiveram como prioridade o juízo negativo sobre a pessoa de Joana e sua missão.
Este processo é uma página envolvente da história e da santidade e também uma pagina iluminadora sobre o mistério da Igreja, que segundo as palavras do Concílio Vaticano II, é ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificação. (LG,8) E o encontro dramático entre esta santa e os seus juizes, pelos quais Joana foi acusada e julgada até ser condenada como herege e condenada a terrível morte amarrada a um tronco e logo depois queimada.
Diferente dos santos teólogos que haviam iluminado a Universidade de Paris, como são Boaventura, Santo Tomas de Aquino e o beato Duns Scoto, dos quais falei em algumas catequeses, este juizes foram teólogos aos quais faltou a caridade e a humildade de ver nesta jovem, a ação de Deus.
Vêm à mente as palavras de Jesus, segundo as quais os mistério de Deus são revelados a quem tem o coração dos pequeninos, enquanto permanecem escondidos aos inteligentes e sábios (cfr Lc, 10, 21). Assim, os juízes de Joana são radicalmente incapazes de compreendê-la, de ver a beleza da sua alma: não sabiam que estavam condenando uma Santa.
O apelo de Joana ao juízo do papa, em 24 de maio foi rejeitado pelo tribunal. Na manhã de 30 de maio, ela recebeu pela última vez a santa Comunhão na prisão e, logo depois, foi conduzida ao suplício na praça do velho mercado.
Ela pediu a um dos seus sacerdotes para segurar diante dela uma cruz de procissão. Assim ela morreu olhando Jesus crucificado e pronunciando muitas vezes e em alta voz o nome de Jesus (PNUL,I P. 457; cfr Catecismo da Igreja Católica, 435) Cerca de 25 anos depois, o processo de nulidade, aberto sob a autoridade do Papa Calixto III, se concluiu com a solene sentença que declarou nula a condenação (7 de julhos de 1456; Pnul, II, p 604-610). Este longo processo que recolheu o depoimento de testemunhas e juízes de muitos teólogos, todos favoráveis a Joana, trouxe à luz a inocência da santa e a sua perfeita fidelidade à Igreja.
Joana D’Arc depois foi canonizada por Bento XV, em 1920.
Caros irmãos e irmãs, o nome de Jesus, invocado pela nossa santa até os últimos instantes da sua vida terrena, era como um contínuo respiro da sua alma, como a batida do seu coração, o centro de toda a sua vida.
O mistério da caridade de Joana D´Arc que tanto fascinou o o poeta Charles Péguy, é este total amor de Jesus e ao próximo, em Jesus por Jesus.
Esta santa compreendeu que o amor abraça toda a realidade de Deus e do homem, do céu e da terra, da Igreja e do mundo. Jesus esteve sempre em primeiro lugar na sua vida, segundo a sua bela expressão: Nosso Senhor deve ser servido primeiro (Pcon, I, p.288;cfr Catecismo da Igreja Católica, 223). Amá-lo significa obedecer sempre a sua vontade. Ela afirma com total confiança e abandono: Confio em Deus criador, o amo com todo meu coração (ibid, p.337) Com o voto de virgindade, Joana consagrada em modo exclusivo a sua pessoa ao único amor de Jesus: é “a sua promessa feita a nosso Senhor de guardar bem a sua virgindade de corpo e de alma (ibid, p. 149-150). A virgindade da alma foi a graça, valor supremo, para ela mais preciosa da vida: é um dom de Deus que foi recebido e guardado com humildade e confiança.
Um dos textos mais conhecidos do primeiro processo se refere a isto: “Interrogada, ela se diz estar na graça de Deus e responde: Se não estou, Deus me queira colocar, se estou, Deus me queira guardar nesta (ibid, p. 62; cfr Catecismo da Igreja Catolica, 2005).
A nossa santa vive a oração na forma de um diálogo contínuo com o Senhor, que ilumina o seu diálogo com os juizes, o que dá a ela paz e segurança. Ela pede com confiança: “Doce Jesus, em honra da vossa santa paixão, vos peço, se vós me amais, revela-me como devo responder a estes homens da Igreja. (ibidm p, 252).
Jesus foi contemplado por Joana como o “Rei do céu e da terra”. Assim, sobre o seu estandarte, Joana fez com que pintassem a imagem de Nosso Senhor que segura o mundo. (ibid, p. 172), este, ícone da sua missão politica. A libertação do seu povo é uma obra de justiça humana, que Joana cumpre na caridade, por amor a Jesus. A sua vida é um belo exemplo de santidade para os leigos comprometidos na vida politica, sobretudo, nas situações mais difíceis.
A fé é a luz que guia cada escolha, como testemunhará um século depois, um outro grande santo, o inglês Thomas More. Em Jesus, Joana contempla também toda a realidade da Igreja, a Igreja triunfante do céu, como a Igreja militante, da terra.
Segundo as suas palavras é uma única coisa Jesus e a Igreja (ibid, p. 166). Esta afirmação citada no catecismo da Igreja Católica (n. 795), tem um caráter verdadeiramente heróico no contexto do processo de condenação diante aos seus juízes homens da Igreja, que a perseguiram e a condenaram. No amor de Jesus, Joana encontra força de amar a Igreja até o fim, também no momento da condenação.
Eu gosto de recordar como santa Joana D’Arc teve uma profunda influência sobre uma jovem santa da época moderna: Santa Terezinha do menino Jesus. Em uma vida completamente diversa, que se desenvolveu na clausura, a carmelitana, de Lisieux, se sentia muito próxima a Joana, vivendo no coração da Igreja e participando dos sofrimentos de Cristo pela salvação do mundo. A Igreja as reuniu pronunciando o nome de Jesus (Manuscritto B, 3r) e era animada pelo mesmo grande amor a Jesus e ao próximo, vivido na virgindade consagrada.
Caros irmãos e irmãs, com o seu iluminado testemunho, santa Joana D’ Arc nos convida a uma medida alta da vida cristã: Fazer da oração o fio condutor dos nossos dias, ter plena confiança ao cumprir a vontade de Deus, qualquer que seja ela; viver a caridade sem favoritismos e sem limites e atingindo, como ela, no amor de jesus, um profundo amor pela Igreja.
Ao dedicar a Catequese desta quarta-feira, 26, a Joana D’Arc, o Papa Bento XVI destacou seu “belo exemplo de santidade para os leigos empenhados na vida política, sobretudo nas situações de maior dificuldade”.
Catarina de Siena, patrona da Europa, e Joana D’Arc são as figuras mais características daquelas “mulheres fortes” que, no fim da Idade Média, levaram sem medo a grande luz do Evangelho nos momentos complexos da história. Salientando a força das mulheres, o Santo Padre recordou também o exemplo da Virgem Maria e Maria Madalena. “Podemos escutar as santas mulheres que permaneceram no Calvário, próximas a Jesus crucificado e a Maria, Sua mãe, enquanto os apóstolos fugiram e o próprio Pedro negou Jesus três vezes.
Joana D’Arc nasce num período conturbado na Igreja e na França, em 1412, quando existia um Papa e dois anti-papa. Junto com este cisma na Igreja, contínuas guerras aconteciam entre as nações cristãs da Europa. A mais dramática foi a “Guerra dos Cem Anos”, entre França e Inglaterra. “A compaixão e o empenho da jovem camponesa francesa diante do sofrimento do seu povo tornou mais intenso o seu relacionamento místico com Deus”, explica Bento XVI.
O Pontífice recorda que um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem é justamente esta ligação entre a experiência mística e a missão política. “Depois dos anos de vida oculta e crescimento interior, seguem dois anos, curtos, mas intensos, de sua vida pública: um ano de ação e um ano de paixão”, conta.
Depois de Joana D’Arc passar por alguns exames realizados por teólogos, o futuro Rei da França, Carlos VII, se rende aos seus conselhos. A sua proposta é de verdadeira paz com justiça entre os povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e Maria, mas esta proposta foi rejeitada e Joana se engaja na luta pela libertação da cidade em 8 de maio 1429.
“Joana vive com os soldados, levando a eles uma verdadeira missão de evangelização. Muitos testemunham sua bondade, sua coragem e sua extraordinária pureza. É chamado por todos, como ela mesma se definia, ‘la pulzella’, a virgem”, conta o Papa.
Mas em 1430, ela é presa por seus inimigos, que a levaram a um processo eclesial. Ela é acusada e julgada até ser condenada como herege e levada à morte na fogueira. Segundo o Papa, este juízes são teólogos sem caridade e humildade que não viram nesta jovem a ação de Deus. “Os juízes de Joana radicalmente incapazes de compreender, de ver a beleza de sua alma, não sabiam que condenavam uma santa”.
Na manhã do dia 30 de maio, recebe pela última vez a Comunhão na prisão e, em seguida, é conduzida à praça do velho mercado. Pede a um dos sacerdotes de ter diante de si uma cruz de procissão e, assim, morre “olhando Jesus Crucificado e pronuncia mais vezes e em alta voz o Nome de Jesus”.
Cerca de 25 anos depois, o Processo de Nulidade, sob a autoridade do Papa Calisto III, é concluido com uma solene sentença que declara nula a condenação. Bento XVI recorda que este longo processo recolheu testemunhos que colocaram em luz a inocência e a perfeita fidelidade de Joana D’Arc, que depois foi canonizada pelo Papa Bento XV, em 1920.
“O Nome de Jesus, invocado por essa santa até os últimos momentos de sua vida terrena, era como o contínuo respiro da sua alma, como um hábito do seu coração, o centro da sua vida”, ressalta o Santo Padre.
Para o Pontífice, o “mistério da caridade de Joana D’Arc é aquele total amor de Jesus que está sempre em primeiro lugar na sua vida. “Amá-lo significa obedecer sempre a sua vontade. Ela afirmava com total confiança e abandono: ‘Confio-me a Deus, meu Criador, amo-o com todo meu coração’”, destacou o Papa.
Esta santa viveu a oração como um diálogo contínuo com Deus que iluminava também seu diálogo com os juízes e dava paz e segurança. Jesus se revela a ela como o “Rei do Céu e da Terra”, e segundo Bento XVI, a liberdade do seu povo era uma obra de justiça humana, que Joana cumpre na caridade, por amor a Jesus.
“Em Jesus, Joana contempla também a realidade da Igreja, a ‘Igreja triunfante’ do Céu, como a ‘Igreja militante’ da Terra. Segundo suas palavras, ‘é tudo uma coisa só: o Nosso Senhor e a Igreja’. E no amor de Jesus, Joana encontra a força para amar a Igreja até o fim, também no momento de sua condenação”, enfatiza o Santo Padre.
Por fim, Bento XVI disse que o luminoso testemunho de Santa Joana D’ Arc convida a um alto padrão de vida cristã: “fazer da oração o fio condutor dos nossos dias, tendo plena confiança no cumprimento da vontade de Deus, seja ele qual for; viver a caridade sem favoritismos, sem limites, e atingindo, como ela, no Amor de Jesus, um profundo amor pela Igreja”, conclui o Papa.
Texto do site Frates in Unum
Demos glória a Deus. A vitória do justo será eterna. Louvemos o Senhor.
NOTA DE ESCLARECIMENTO: Leiam o texto até o final para compreende-lo. Não é uma defesa do espiritismo e muito menos da reencarnação. Por isso é preciso ler até o final. Agradeço.
Ontem(14/01/11) assisti ao DVD "Nosso Lar", filme de temática espírita sobre a vida no além. Não vos escandalizeis. Eu já li todos os cinco livros fundamentais da doutrina Espírita de Alan Kardec. Para estar preparado frente aos que discordam ou não crêem é necessário conhecer as próprias armas primeiramente e depois o território inimigo, para não acabar atirando no próprio pé como ocorreu numa homilia em que, para criticar o filme Nosso Lar o padre disse: "Senti dor neste mundo e ainda sentir depois de morto é de lascar..." Um espírita responderia prontamente. Ora, a Igreja Católica é que prega um tormento eterno para os pecadores depois da morte e este decerto como sofrimento horrível, num fogo eterno, embora hoje não se fale ou descreva tanto os horrores do inferno." E desta forma pegar o católico em flagrante contradição. Analisando a concepção de vida depois da morte acreditada pelos espíritas, a primeira vista, esta parece mais lógica, mas conforme a justiça e a misericórdia de Deus. Não existe penas eternas, mas há punição pelos erros cometidos. No entanto, todos chegarão a um estado de felicidade completa. A vida na terra é um aprendizado que possibilita ao Espírito evoluir como ensinam. Por isso são dadas a este Espírito muitas vidas no planeta em corpos diferente. Um espírito pode estacionar ou paralisar em sua evolução, porem nunca retroceder a um um estado inferior ao que se encontra. Isto mostra o filme com a historia de um medico, que ao morrer se percebe numa espécie de purgatório e depois é conduzido a uma cidade espiritual para se recuperar. Em resumo tudo nesta cidade, com exceção de seu maior desenvolvimento é uma reprodução da vida na terra. Os espíritos possuem roupas, trabalham e ainda se alimentam. Poderia se passar em qualquer condomínio fechado e de luxo do planeta mesmo. Na verdade creio que muitos já vivam esta realidade sem precisar sair desta vida. Como uma visão tão material da vida espiritual, não se tornar atrativa para as pessoas de nosso tempo que se apegam ao que vêem e ao que os sentidos apreciam? As descrições do céu cristão são vagas, imprecisas e reduzidas a um simples espécie de bem estar mental. Já ouvi até um padre dizer que depois da morte iremos nos misturar com Deus. Isto mesmo. Parecido com o Nirvana Budista não? Mas ouvi mesmo. Não é de surpreender que a visão espíritas se presta as mentes ditas racionais de nossa época. Porem o que pude perceber é que a concepção espírita do além desta vida centraliza morte e não a vida. Como assim? Explico. O Espírito é pré-existente ao corpo e morrer no mundo espiritual ao encarnar. Esquece tudo e morre na terra quando desencarna. Volta ao mundo espiritual lembrando que morreu, passa o tempo devido e morre novamente lá, para nascer na terra. Tem que voltar na carne e deixar saudade nos espíritos que estão com ele no outro mundo. Uma cena do filme Nosso Lar mostra uma mulher voltando e um seu sobrinho, ainda por lá, chorando porque ela vai reencarnar. E olha que esta nem precisa segundo dizem, reencarnar mais. Mas ela quer adquirir experiência que só tem na terra, embora onde está seja quase tudo igual a terra. Apenas mais sofisticado, mais desenvolvido. Ela quer passar pela morte de novo sem precisar. E o espírito volta sabendo que vai esquecer tudo. Esquecer até que depois da morte há o mundo onde ele estava. Vai passar pela milionésima vez pela experiência terrível da morte. Vai deixar dor novamente naqueles com quem firmara laços de sangue e que também esqueceram o que vem depois da morte. Novo sofrimento. E este processo é eterno porque só os espíritos puros e perfeitos não precisam morrer mais para nascer na terra. Porem sempre haverá a morte. Tanto para sair de um mundo, como para voltar ao mundo. Na verdade os ciclos de reencarnação são ciclos de morte. É a morte que conduz o espírito. Morrer nascer, nascer morrer e este ciclo é eterno, porque sempre haverá espíritos morrendo (desencarnado) e espíritos encarnando, ou seja morrendo no além para morrer de novo na terra. Foi bom ter assistindo ao filme porque esta percepção eu não tivera antes, ao ler as obras espíritas. Na verdade achava até lógica a questão da reencarnação. Principalmente seria um meio para os que morrem antes de nascer ou que morrem antes de completar a idade da razão. Mas vejo que a mesma endeusa a morte. Embora sejam os primeiros a dizer que não há morte é a concepção de vida após a vida em que se morre mais. Outra coisa que não dizem ou entendem mal. Não é a pessoa que reencarna. É o espírito. Não será mais o Francisco, ou José, ou Maria. No filme diz uma personagem “É a mesma pessoa só que com outro corpo..." Mentira. O espírito reencarnando nasce falando uma outra língua, com uma visão de mundo diferente, em suma, ele volta como outra pessoa e não com um outro corpo. Se assim fosse ele lembraria pelo menos que teve algum anterior corpo antes. Afirmam que há casos em que certas pessoas lembram, mais elas lembram de um outro que não existe mais, que não tem nada em comum com ela na presente vida e alem disso lembram bem pouco. Então a reencarnação é a destruição da pessoa. A pessoa morre para sempre. E em cada encarnação surge uma outra pessoa. Isso eles não dizem. Não é um desenvolvimento pessoal. É um aniquilamento, isto sim. Da pessoa. De Seu corpo e sua personalidade. E o que nos Ensina Cristo. Digo Cristo, porque eles admiram muito Jesus e se consideram espíritas cristãos. Jesus diz categoricamente: "Os que forem considerados dignos de ter parte no outro mundo(...) não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, tendo já ressuscitado." Lc. 20,36. Não podem mais morrer. Isto afirma Jesus. É o triunfo da vida sobre a morte. O ressuscitado não pode mais morrer. Não há mias morte para quem saiu deste mundo pela cruel experiência da morte. Há vida eterna. Nós cristãos católicos celebramos a vida e não a morte. Porque se morremos é para o Senhor que morremos. Não saiamos deste mundo para voltar a morrer, a morrer, a morrer inúmeras vezes. Deixamos o mundo para a vida eterna. Eis aí a grande diferença. Não cultuamos a morte. A até a própria morte como finalização da vida humana será banida para sempre após o juízo final. E livro do Apocalipse confirmando Jesus diz sem deixar nenhuma duvida."E não HAVERÁ MAIS MORTE, nem LUTO, nem choro, nem dor, pois O MUNDO ANTIGO JÁ PASSOU. Ap 21,4. Eis a nossa grande esperança. A nossa verdadeira vitória. Para os espíritas só não haverá mais morte em mundos superiores. Mas sempre haverá morte tanto no mundo de lá, para ir a outro planeta, como do lado de um mundo para outro. Cristo Jesus nos liberta da morte. Ele que venceu a morte para sempre nos dá a vida eterna. E nos teremos preservado o nosso eu. A nossa identidade atual. O Francisco será sempre o Francisco, embora possa melhorar muito ainda neste mundo, conhecer mais ainda no outro, pois verá a Deus tal como ele é, se for digno da ressurreição e da vida terna. Contemplará face a face a glória de Deus. Dou graças a Deus por haver visto este filme não pelo filme em si. Ele não passa de uma fantasia, de uma ilusão. Mas porque foi a partir dele que percebi esta característica silenciada entre os espíritas. A celebração da morte. Da morte constante, das idas e voltas na dor da separação, no esquecimento, da volta ao medo de morrer, de não saber que se tem outra vida, da dor que deixa inúmeras vezes nos que ficam chorando a morte de um ente querido. Um culto a morte. Na verdade isto é a reencarnação. A ressurreição é o triunfo da vida. Vida eterna trazida por Cristo, aquele que venceu a morte em si e para todos nós.